Você quer ou não, Nandinha?

248 27 17
                                    

ai gente tava tao doidinha da cabeça mas voltei ne


Iara e Eva viram o tal filme entre cafuné e risadinhas, no mundinho delas. Quando a mãe chegou, ciente da visita, quis fazer comida por hospitalidade mas não teve paciência e pediu pizza pra todo mundo, que teve que comer na mesa por causa da visita. A mando da mãe é claro, a única sem nem imaginar que a tal visita já tinha comido até demais em sua casa.

Rosa, a mãe, assim como os irmãos, também gostou muito da simpatia de Iara, mas como não gostar?

Tentou até sondar a vida da menina, mas Eva fez o favor de cortar a tentativa e levar Iara de volta ao quarto. Enquanto isso, Rodrigo lembrava a Rafaela dos cinquenta reais que ele tinha agora mais certeza de que ganharia.

— Vei, comi pra porra. — disse Iara, fazendo um carinho na barriga e arrotando. De boca fechada, claro. Educação na casa dos outros. — Desculpa.

Em resposta, Eva deu de ombros.

— Ainda bem que a gente não tem nada pra fazer, pode comer e ficar deitada. — disse, deitando bem feliz em seguida.

— Eu gostei muito de passar o dia com você. Não foi o dia todo, mas... as horas que a gente tá juntas. — Iara sentou na cama, olhando pra Eva que sorria enorme. — Bora ver uma série, sei lá.

— Essa relação acabou de ficar um pouco mais séria.

— Foi? — riu.

— Claro. Você quer ver série comigo, significa que vamos ver uma série juntas. Toda, a menos que algo bem grave aconteça. Por exemplo, você morrer. — as duas riram.

— Calma, meu bem, é só uma série, de boa...

— Nunca é de boa, eu levo séries a sério! — disse, séria, mas tentando não rir.

— Ver uma série, sem compromisso, relaxar... que mal tem?

— Iara, você está tentando me iludir, é isso?

— Iludir? Eu só converso com você! — disse rindo, falando arrastado e com uma careta. — Eu não tô querendo compromisso agora, até porque eu já namoro, mas a gente tá se curtindo, né gata? Tu é muito gata... pra que rótulos? Tá tão bom assim, gata... — Eva gargalhou.

— Ivana Clara, você vai me iludir, não acredito... — quase chorava de rir.

— Você realmente acha que eu faria isso? — ainda levava um sorriso no rosto quando perguntou, mas a pergunta foi séria.

— Espero que não, porque... a gente vai ver série. — selou seus lábios. — Não vamos estragar ela.

— Não vamos. Fechado.

— Isso foi um suspiro?

— Cale a boca, Sabrina.

— Eu deixei você com Lu, aí você chega em casa suspirando? O que ela fez?

— A gente foi tomar sorvete.

— O que ela fez?

— Me beijou aqui na porta.

— Mentira! Pra rua toda ver?

— Você acha que eu ligo, é?

— Não menina, no sentido de que vai que você tem frete com alguém aqui da rua? Luísa não sabia. Agora todo mundo vai inventar que você tá traindo Iara. — gargalhou. — Eu amo, dou o maior suporte pras fofoca crescendo desde que não prejudique ninguém.

DifudêOnde histórias criam vida. Descubra agora