Teria eu futuro como DJ?

230 31 29
                                    

para a alegria... a minha própria, voltei!

boa leitura!


— Foi difudê, vei!!!

— Sim Clara, eu tô perguntando porque eu quero detalhes. Mas se você achar que e sou muito nova pra ouvir, não quero saber não porque que nojo também, minha irmã fazendo essas coisas. — Iara gargalhou, deitando na cama toda jogada, e suspirando.

Isabella revirou os olhos. Lá vai ela se apaixonar de novo...

— Que nada, Bella. Ela foi um amor comigo... tô apaixonada.

— Me conte aí, vá! — Iara olhou nos olhos da irmã e suspirou outra vez. Levantou pra ir fechar a porta do quarto, e contar tudo.

— Peraê que eu também quero ouvir o babado! — disse Layla empurrando a porta de vez, Iara quase caiu, mas apenas se bateu no guarda-roupa. — Foi mal, Ivana. Trouxe seu violão.

— Doeu, mas tudo bem, né. E obrigada, meu cheiro. — disse, batendo a porta. Layla deitou na cama bem onde ela tava e Iara encostou o violão. — Sim, e eu fico aonde?

— Nós duas sabemos que você vai encenar tudo. — Iara gargalhou. — Bora, começa.

— Então tudo bem, vocês querem que eu encene? Vamo lá.

Se preparou e respirou fundo, é vem uma peça de teatro pronta.

— Lá estava eu, linda e louca, batucando na Praça Municipal e cantando Araketu quando eu vi essa morena...

— Ai Iara, cala a boca. Essa parte eu mesma conto que eu tava lá.

— Obrigada, Layla.

— De nada, Isabella, me pague uma banana real.

— Lhe pagar uma porra. — elas riram, ignorando a artista completamente. Rendida, Iara sentou-se no chão com as pernas cruzadas e deixou que Layla contasse.

— Tava eu lá mandando Iara se lenhar e parar de espantar a clientela...

— Nem tinha clientela, vei.

— Cale a boca, cão. Aí a branquela totalmente gringa começou a bater palma pra ela.

— Tsc, freteira.

— Pois é. A mulher era uma rameira da porra, e Iara como é igual, foi logo pra cima. Ela pegou e enganou a lerda, fingindo que era gringa e Iara ficou lá tentando jogar papo em inglês com a mulher!!

— Ela falou inglês comigo e gostou de mim, ué. Se eu sou bilíngue.

— Você é bilíngue é? — riu Isabella, e Iara assentiu. — Ah tá bom, darling. E como ela era, Layla?

— Toda linda. — disse Iara.

— Branca que chega doía de olhar.

— Nada a ver, ela é linda.

— E eu não disse que era feia, só disse que tava precisando tomar um sol. Ela é bonita sim, tem um cabelão ondulado assim, bunda grande...

— É do tipo que mainha reclamaria, o cabelo? — Dona Sônia odiava quando chegava gente de cabelo grande no salão dela, primeira pergunta era "veio cortar?"

Dizia ter vontade de morrer quando a pessoa dizia que veio pra fazer escova e prancha.

— Sim, mainha ia odiar ter que cuidar do cabelo dela. É lindão. E tem um tererê. Sabia que é ela a menina que eu te falei que vi na Lavagem e achei linda, Lay? Que mundo pequeno, né?

DifudêWhere stories live. Discover now