Olha o bafafá, olha o bafafá

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passando só pra mandar um xero!


— Como pode eu ter encontrado você assim do nada, Eva?

— Eu que te achei do nada!

— É?

— Sim, eu que estava num lugar onde normalmente não estou. Perdi literalmente nada aqui, só dei um perdido em mainha e me saí antes que ela me enchesse mais o saco. Sabe, é carnaval já, eu não quero aperto na minha mente não.

Iara assentiu, engolindo no seco essa, crente que estava relacionado ao fato de Eva ser uma mulher solteira e pretender seguir assim. Mas respirou fundo.

Fé no Pai, dá pra conquistar a tirada a gringa, pensou confiante. Qualquer coisa, a gente só se beija.

— Concordo com você. Ontem mesmo quase apanhei de mainha. — deu de ombros. — Mas normal também chegar no quase. — Eva riu, encostando o joelho no de Iara.

Ah, elas estavam dentro do ônibus.

— Como a galera é na sua casa em relação a você ser LGBT? — perguntou a atriz.

— Eu sempre fui sapatão, não foi nenhuma novidade. Mainha que de vez em quando briga comigo porque eu gosto de ter uma namorada e já faz um bom tempo que não tenho, então eu sempre acho que se eu saí de casa, não faz mal olhar em volta. Daí ela acha que eu tô sempre atrás de rabo de saia. Mas é muito muito raro eu realmente fazer alguma coisa.

— Então você tá sempre... procurando o amor nessa cidade. — disse a de olhos verdes, se identificando.

— Tu me traduziu bem aí eu acho. — Eva riu, Iara era adorável demais.

Será que achou?

— Já tentou usar algum aplicativo pra isso?

— Se meu celular tivesse espaço pra esses luxos eu realmente ia lá treinar minhas habilidades de frete.

— Mesmo não podendo treinar, até onde pude ver, você é boa nisso.

— E é? Sempre me saio como otária. Mas acho que aplicativo também não ia dar certo pra mim não, Layla diz que me apaixono muito fácil.

Mesmo assim, Eva não se abalou com a "revelação" porque queria muito beijar aquela boca. Decidiu deixar os assuntos de paixão para quando precisasse lidar com eles, ainda era cedo pra saber. E pra partir a mil tamém.

— Mas e você, e sua vida amorosa?

— Já tive uns namorados, o mais longo quase um ano, mas nunca namorei uma menina.

Pronto, vamos começar agora.

— Jura? Então, você é bi, né?

— Aham. — sorriu por a garota ali já considerar de primeira a possibilidade, aquilo era meio que muito raro em sua vida. — Só que agora tô gostando mais de fazer amizades coloridas.

— Hm... olha só, amiga, eu sou gay, então já sou coloridíssima, e se você quiser, eu tenho voz de viado. Falta o que, queridinha? — isso fez Eva rir bastante. — Brincadeira. Mas se você quiser eu quero.

— Não te falta nada, mesmo. Só não quero te beijar no ônibus porque né, é sujo.

— Se for parar pra pensar, a cidade toda é. — disse, se aproximando. — Mas tudo bem, espero seu tempo. — e roubou um beijo no canto da boca. — Só te lembrando do que você perde.

— Não perco. — pôs a mão na coxa dela, que sorriu. — Você é sensacional, Iara.

— Agradecida. E, já que você perguntou, como é a sua mãe e sua família com você e as garotas que beija?

DifudêHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin