boa noite meus amores!! olha a meta!
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Sozinha no quarto outra vez, Iara dedilhava Volf, ainda retada com o acontecido com o número de Eva.
— Be near me, darling. I miss you, darling. Oh bring me, darling, your sweet kiss darling... — batucou no violão o refrão, e Isabella entrou bem na hora, sorriu e a ajudou a batucar. — Oh Lord, I'd like to know where she's know, if she thinks about me or not...
Sabendo o que cantava, Iara suspirou e parou de tocar. Bem que Eva podia bring um sweet kiss bem agora.
E por que Olodum tem essa música tão triste que fica tocando no carnaval? Se no meio do circuito tocasse essa esse ano só ia dar Iara chorando.
— Clara, cê ta bem?
— Eu tô, só fiquei com saudade dela.
— Tô preocupada com você, vei. Foi só uma ficada, não é pra tanto...
— Pra você, né? Eu sei o que eu senti, ela também.
— Tem certeza? — com o passar dos dias, já tava ficando difícil manter a certeza.
— Sei lá. Mas queria muito abraçar ela agora.
— Você sabe onde ela estuda, por que não procura ela?
— Você tem alguma ideia do tamanho da UFBA? A cidade inteira é a UFBA, ao mesmo tempo que não é.
— É?
— Não, mas ela realmente existe em muito mais lugares do que você acha, eu não tenho como saber onde ela fica e onde ela vai. Eu sei também que Eva mora na Pituba, mas isso não me ajuda em nada, porque lá é enorme e eu não sei andar. É impossível achar a Eva nessa porra de cidade enorme.
E bem quando Iara terminou de falar, a porta foi aberta com tudo novamente.
Layla, claro.
— Barra, eu e você, agora. Bora, vai tomar banho.
— Oi Layla, eu não quero sair. Tô te dizendo desde anteontem que não vou, chega me estressei vei.
— Chega se estressou o que, rapaz? Eu que me estresso com você. E mais, imaginei que você ia ficar com sua putaria de "não vou não vou" e achei outra pra te tirar de casa.
Só se ela achou a Eva, né?
— Chegueeeeeei!!! — disse Didinha gritando.
— Afemaria, que zuada... — Isabella reclamou baixinho.
— Didinha, é mentira né?! — correu e pulou na amiga, que fez o favor de segurar ela no colo. — O que você veio fazer aqui em casa?! Meu Deus, tava morrendo de saudade, bora fazer um som!
— Layla me achou, e me disse que você tava toda murchinha, e essa não é minha Iara!
— Nossa Iara. — disse Layla, levemente ciumenta sim, mesmo sabendo que entre Iara e Didinha já teve um negócio a mais que amizade. Da parte de Iara, claro.
— Sim aí eu chamei as duas pro Furdunço, e falei pra Lay te ligar pra você aparecer. E ela me contou que você não queria sair de jeito nenhum, nem com pressão dela.
— Você queria a prova e você teve, né.
— Foi mesmo, Lay. Eu fiquei logo chateada, né? E vim buscar Iara ligero! Ligero, ligero, ligero...
— Amo!!!! — abraçou mais forte a amiga antes de descer do colo dela.
— Eu vim te buscar, bora!
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Difudê
RomanceSalvador, Bahia, terra oficial do sagrado, do profano e da farofa com dendê; é um grande palco pros sonhos de Iara, que vê uma oportunidade de fazer arte a cada canto. Quando, numa situação inusitada, conhece a jovem Eva, as duas descobrem um sentim...