surpresa!! kkkkkkk xero pra vc espero q gostem
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— Oxe, hoje ainda tem, viu?
— Ah, que nada, não guento nada hoje mais não, Iara. Me deixe. — disse Layla, jogada no sofá. Depois do aniversário de Iara, todo mundo acordou 100% lenhada, mesmo depois de tomar banho e comer.
— Eu sinto como se precisasse beber vinte litros de água, essa sede não passa de jeito nenhum! Sem falar nessa merda dessa dor de cabeça irritante.
— Melhoras, Eva. — beijou a testa dela, que levou a mão ao peito.
— Aff..
— O que foi? Tá doendo?
— Meu coração tá acelerando, essa merda.
— Você tem arritmia ou algo assim? — perguntou Luísa.
— Não. É ansiedade. — falou mais baixo a última parte, só pra Iara.
— Você se sente bem agora?
— Mais ou menos.
— Quer ir pra casa?
— Não!
— Não? Certeza? – ela assentiu. – Tem alguma coisa que eu possa fazer pra te ajudar? Eu não sei o que você tá sentindo. Além da ressaca, alguma coisa dói?
— Não, não dói. Lu, tem um chá pra mim?
— Tenho, no armário.
— Um cházinho de camomila vai me ajudar e depois eu vejo o que faço.
— Ok. Fica lá que eu preparo o chá pra você. — bem nessa hora, da cozinha as duas viram Luísa e Layla completamente entretidas em algo que a historiadora mostrava em seu computador. Conversavam baixinho, num mundo só delas.
Eva até foi, mas voltou assim que reparou nisso, dando-lhes a privacidade que pareciam querer.
— Prefiro ficar perto de você, não quero atrapalhar muito elas. — Iara deu uma risadinha, colocando a caneca em cima da pequena bancada que separava as duas, a água já no fogo.
— Açúcar?
— Não. — um breve silêncio se fez no qual Iara enxugou os pratos lavados, e Eva apenas olhou. — Como se sente?
— Meus pés doem, só. — disse, terminando de guardar um copo.
— Os meus também. Mas valeu muito a pena ver você tão feliz quanto estava ontem.
— É, eu ainda tô muito feliz. Tudo o que aconteceu ontem foi perfeito! — nem tudo, pensou Eva.
— Foi foda. — ela disse, debruçando-se ali.
— Demais! Eu gravei entrevista pra televisão, vídeo pra internet, encontrei minhas amigas preferidas e várias outras pessoas que amo, Ivete falou comigo... tô bem, né? — riu, desligando a água e despejando na caneca.
— Zerou a vida. E você merece muito mais, neguinha. — Iara sorriu enorme, terminando de fazer o chá dela.
— E ainda fiquei com você. — debruçou-se na bancada assim como a outra, ficando perto. — Acho que já agradeci, mas... obrigada, Eva. — disse, baixinho. Agora estavam trocando sussurros particulares como Layla e Luísa. — Acho que eu tenho muita sorte.
— Se você está se sentindo sortuda... — sorriu e se inclinou, beijando a ponta do nariz de Iara, que riu. Ao se afastar, Eva estendeu a mão para pegar a caneca, mas Iara apoiou os cotovelos na bancada, levando-a para perto dos lábios e segurando-a com as duas mãos. A fumacinha do calor fez uma pequena névoa entre o contato visual das duas, e Iara soprou levemente o líquido.
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Difudê
RomanceSalvador, Bahia, terra oficial do sagrado, do profano e da farofa com dendê; é um grande palco pros sonhos de Iara, que vê uma oportunidade de fazer arte a cada canto. Quando, numa situação inusitada, conhece a jovem Eva, as duas descobrem um sentim...