É como eu sonhava, baby!

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A música eletrônica, nada além de remixes das que todo mundo conhecia e gostava fazia Layla torcer a boca, mas também rir porque fazia Luísa feliz. Ou ambas estavam bêbadas? Alteradas, diriam. O que fosse, tava bom. Pra Layla, aquele era mesmo um tipo de festa bem diferente, mas... também era boa. Foi bom não ter julgado pelas aparências.

— Sabia que você... — Luísa começou a dizer, abraçando o pescoço dela.

— Eu!

— Você, Layla Vitória...

— De Jesus Souza. — atropelou o resto do nome, fazendo a outra gargalhar. — Eu mesma. — a mais baixa, com a ajuda de um salto alto, chegava na altura da boca de Layla, o que a deixava bem feliz pra enchê-la de beijos. E conversar pertinho daquele jeito, na "privacidade pública" daquele canto iluminado por uma luz azul, onde ninguém incomodaria. — Pensei que você ia ficar discreta, já que estamos em público.

— Porra de discreta, Layla. E você não me deixou falar, cale a boca.

— Ui. Tá arisca, viu? — Luísa deu um muxoxo, rindo. — Tá bom, fale, vá.

— Sabia que você é... — acariciou o rosto dela. — A melhor coisa que aconteceu comigo esse ano até agora?

— Oxente, vei... — foi o que conseguiu dizer, completamente sem graça. Se tivesse bem iluminado o lugar, tava fodida que a Luísa ia ver ela toda sem jeito pra nada.

— É sério. — beijou o queixo, o canto da boca, e olhou nos olhos dela. Enquanto isso, deslizava as unhas por sua nuca. — Você acredita? Foi quem eu mais gostei de me aproximar em anos.

— Ô Luísa... — fala mal dos outros, mas toda besta aí ó.

— O que você acha de fechar comigo?

— Fechar com você?

— É.

— A gente não tá com álcool demais pra estar falando disso não?

— Layla, Layla... não fuja de mim, senão vai se arrepender.

— Eu não vou fugir. Tô segurando você. — e apertou levemente as mãos firmes na cintura dela. — Só fiquei... surpresa?

— Surpresa por quê? Eu sempre gostei de você. A gente só não estava próximas o suficiente.

— Não sei o que você viu em mim, mas continue vendo.

— Eu vi potencial. E vi um coração lindo. Acredita em mim?

— Sim. Claro.

— E aí? Fecha comigo ou não? — Layla sorriu de lado, apenas puxando-a mais perto.

— Tava fechada com você o tempo todo, Luísa. — e o sorriso enorme que ela deu?

— Ai, você é a coisa mais gostosa do mundo, mesmo! — toda emocionada. — Mas eu quis dizer ficar sério comigo, tá?

— Eu sei. — riu. — Tô séria, ó. — botou um bico.

— É vem você com esse seu deboche. — Layla gargalhou, e logo as duas estavam rindo juntas.

E quando pensa que não... que amasso da zorra, vei. Se pegando em altíssima ali, chega vou me sair pra pista deixa elas quietas. Mas coisa linda.

Na pista, Iara, já tinha gasto todo o seu repertório de coreografias decoradas com o tempo que passava com Isabella – que realmente aprendia todos os passos pra dançar coreografada com as amigas nas festinhas. Depois de testar ali, vendo que muita gente realmente aprendia coreografia, gostou da sensação boa que era dançar com todo mundo. Mas agora já era, não tinha mais passos novos, e nem Eva, que já tinha acabado o repertório na segunda música. Ela gostava de dançar por dançar mesmo, e estava se divertindo com Iara, além de que observá-la era um bom passatempo. Agora ela brincava de rebolar com a mão no joelho, em direção a outra.

DifudêOnde histórias criam vida. Descubra agora