Capitulo 15

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Anahí: E o que você fez?- Conversava com Alfonso, sentados no chão com as costas apoiadas no sofá, comiam feijõeszinhos de todos os sabores que ela tinha comprado nos Estados Unidos, sempre carregava na bolsa.

Alfonso: Nada.

Anahí: Duvido. Você não tem cara de corno manso.

Alfonso – riu: Que bom! Ok, eu sai no braço com o cara no final das contas, só que eu percebi que dei mancada também sabe? Nem ligava muito pra ela, ela queria sair e eu nunca tava a fim, eu estava viajando muito, me desdobrando em cinco pra dar atenção ao trabalho, família, ela...

Anahí: Sei... Eu sei que falhei com ele também, mas sempre ligava. Toma... Vê esse - Deu um de cor laranja. - Esse é bom.

Alfonso – comendo: Tem gosto de bala normal.

Anahí: Exatamente, por isso é bom! Enfim... Não o amava tanto quanto pensava.

Alfonso: Nem eu. Eu acho que me acomodei com ela, e ai não fazia diferença estar ou não acompanhado.

Anahí: É difícil namorar com nosso trabalho, a pessoa tem que ser muito compreensiva, e nós temos que tentar não deixar de lado.

Alfonso: Você já traiu?

Anahí: Nunca. E você?

Alfonso: Já...

Anahí: Como? Quem?

Alfonso: Tipo, não era namorada, mas eu tava ficando sério com a menina, eu tinha dezesseis anos. Fiquei bêbado e ai fiquei com uma menina que sempre dava em cima de mim, tava brigado com a minha ficante.

Anahí: Já tive vontade de trair. - Admitiu e tossiu - Ai esse é ruim!- Engoliu fazendo careta e ele riu. - Vômito!

Alfonso: QUE NOJO!

Anahí: Iuuu! Chega, vamos comer as jujubas normais!- Tirou o pacotinho da bolsa.

Alfonso: Você tem um supermercado ambulante de besteiras dentro da sua bolsa?

Anahí - riu: Não! Só o necessário. Aqui... - Despejou um pouco em sua mão e na dele.

Alfonso: Então... Se teve vontade, por que não traiu?

Anahí: Não era justo. Meu lema é: Tente não fazer com os outros o que não quer que façam com você.

Alfonso: É um bom lema.

Anahí: Tão bom que eu quem tomei os chifres. - Ele riu e ela bateu em seu braço. - Qual é o seu? - Deitou a cabeça no sofá o encarando.

Alfonso: Jogar bola e ser feliz?- Ergueu uma sobrancelha, sugestivo, e ela sorriu jogando a cabeça pra trás. - Que? – Se encantou com aquele simples gesto.

Anahí: Que lemas mais clichês os nossos.

Alfonso: Se serve pra você, não importa que seja não é verdade?- Ela confirmou.

Anahí: Você já amou tanto alguém que daria a vida por ela, assim incondicionalmente?- Ele hesitou um pouco.

Alfonso: Já. Muito. E você?

Anahí: Não sei se tão incondicionalmente, mas amei muito uma pessoa, muito mesmo. - Não perguntou mais porque viu que ele não queria falar, assim como ele fez com ela. - Acho que daria a vida por ele, mas não sei se por amor ou carinho. Mas às vezes eu queria ter essa pessoa do meu lado.

Alfonso: Acho que todo mundo na nossa idade já passou por isso. - Anahí assentiu e mostrou a língua.

Anahí - falando engraçado: Que cor?

Alfonso: Azul com laranja.

Anahí - fez careta: Feia! Preciso mudar. - Pegou mais jujubas. - Deixa ver a sua?

Alfonso – riu: Eu não.

Anahí: Vai, por favor. Todo mundo tem que saber a cor da língua quando come jujubas! É lei!

Alfonso: Não!

Anahí: Por favor, Alfonso!

Alfonso: Poncho!

Anahí: Ok, Poncho, por favor? Mostra a lingüinha pra tia Any mostra?- Falou como se estivesse com uma criança e ele riu abrindo a boca. - AMARELO E VERMELHO!- Riu. – Tá bonito!

Alfonso: Eu nunca comi jujubas pra saber a cor da língua.

Anahí: Papai me dizia que se eu comesse muito as marrons minha língua ia cair. - Riu. - Eu acreditava e sempre que comprava as deixava de lado.

Alfonso: Por que as marrons?

Anahí - deu ombros: E quem sabe?

Alfonso: Preconceito heim!

Anahí - rindo: Nooo! Sei lá, por que. Acho que é a preferida dele. Ai ele comia depois, e também tirava uma com a minha cara. Tá calor. - Esticou as pernas e prendeu os cabelos em um coque.

Subitamente é amor - AYA Where stories live. Discover now