Capitulo 32

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Recepcionista: Boa noite. Mesa reservada em nome de quem?- A recepcionista o olhava com cara de débil mental.

Alfonso: Alfonso Herrera.

Recepcionista: Por aqui, por favor. - Falou e não andou, muito menos apontou a direção.

Anahí - segurando o riso: É, se você andar talvez nós possamos te seguir, ou então me dá um GPS, sou loira, mas sei usar um. - Alfonso virou o rosto e riu de leve.

Recepcionista – acordando: Desculpa. - Se recompôs. - Por aqui senhor. - Estavam no melhor restaurante japonês da cidade, ficava lotado, mas os dois sempre conseguiam mesa quando queriam.- Bom jantar.- Agradeceram e ela saiu, quase trombando com um garçom, Anahí gargalhou.

Anahí: Que doida! - Se sentaram, lado a lado, eram aquelas mesas que você sentava no chão.

Alfonso: Você foi ruim com ela.

Anahí: Essa é uma que assiste os jogos só pra te ver. Falando nisso, assisti você dando entrevista na quarta, esqueci de comentar.

Alfonso: Foi coletiva de imprensa. O que quer pedir?- Pediram as bebidas e depois o garçom ia trazendo os pratos com várias opções pra eles, que comiam conversando.

Anahí: Mas ai deu tudo certo, minha mãe a achou.

Alfonso: Quantos anos tem sua irmã?

Anahí: Agora ta com dezesseis. E tenho uma meia irmã de cinco. Meus pais são separados, ele teve uma filha com a outra mulher dele.

Alfonso: E você aceitou bem?

Anahí - fez careta: Aceitei por respeito a ele e por ser meu pai, não merecia, enfim... Eu sei que ela é uma pessoa boa, mas... Às vezes eu a sinto resistente em relação a mim e minha irmã e ele traiu minha mãe, só uma vez com ela. Não achei legal da parte dela querer ficar com o cara sabendo que ele era casado, e cidade de interior, todos ficam sabendo rápido das coisas. Não sei os motivos, se amor ou desejo. Agora não faz diferença pra nós.

Alfonso: Nasceu lá?

Anahí: Aqui, mas meus pais mudaram pra lá quando eu tinha cinco anos. Eu ficava com minhas tias aqui, mãe da Dul e a mãe da Mai também, e agora moramos sozinhas.

Alfonso: Meus pais nunca tiveram esses problemas, só briguinhas bobas mesmo.

Anahí: Sorte sua. Eu me lembro que tinha que ir pra lá buscar minha irmã, ela tinha uns dez anos e eles brigavam muito. Eu tinha só dezoito, já trabalhava feito doida, uma vez eu estava de férias lá e foi quando minha mãe descobriu.

Alfonso: O que houve?

Anahí: Começaram a discutir, minha mãe ficou magoada, tacou coisas nele, minha irmã chorava e eu não sabia o que fazer. Me tranquei no quarto com ela. Eu acho que nunca vou esquecer ela me abraçando e pedindo pra fazer parar. Foi horrível. Parecia casa de doido, eles não pensaram nela um instante se quer. Por isso aceitei a separação, porque eu sei que foi o melhor pra Mari. Foi mais complicado quando eu fiquei doente, mas ai é outra história.

Alfonso - acariciou sua bochecha: Pelo menos agora eu sei de quem você herdou a mania de tacar vasos nas pessoas. - Mudou o rumo da conversa a vendo desconfortável.

Anahí - conseguiu rir: Não sei por que to te contando isso, é triste né?

Alfonso: É bonito o que você faz por sua irmã.

Anahí: Agora ela me liga todos os dias, ou eu pra ela, e quanto à pequenininha é uma tchuquinha, quando me vê a gente faz a festa juntas. É linda, parece uma boneca.

Alfonso: Puxou a irmã mais velha então.

Anahí: Brigada.

Alfonso: Por falar nisso... Você está linda.

Anahí: Brigada mais uma vez Alfonso. - Estavam com os ombros encostados.

Alfonso: Você sempre me chama de Alfonso, é raro usar o Poncho.

Anahí: Porque eu sou diferente de todos. Óbvio!

Alfonso - riu da carinha dela: Convencida.

Anahí: Ok, eu acho sexy. - Admitiu.

Alfonso: Eu acho estranho. Acho sexy quando você me chama de capitão. - Ela riu e deu um gole no suco.

Anahí: É muito bom aqui né? A luz baixinha, a música... Adoro. Acertou em cheio.

Alfonso: Que bom. Tava na duvida aonde te levar, ai você comentou que tava com vontade quarta, e foi mais fácil.

Anahí: Ia gostar de qualquer lugar, não se preocupe.

Alfonso: Vou te levar ao estádio então.

Anahí: Se você for comigo, eu vou sem problemas. - Ele sorriu.

Alfonso: Sabia que eu tava com saudade de você?- Se ajeitou de lado, ficando um pouco mais de frente pra ela.

Anahí: Eu também estava com saudades de você. - Ela virou o rosto e uma mecha do cabelo caiu em seu rosto.

Alfonso: Saudades de ficar te abraçando... - Colocou o cabelo dela atrás da orelha.

Anahí: Muita saudade? - Ele aproximou a boca do ouvido dela, que fechou os olhos sentindo a respiração quente.

Alfonso: Muita. - Beijou aquela região, e a viu se arrepiar.

Anahí: Eu também. - Encostou sua bochecha na dele.

Alfonso: A gente tem companhia. - Beijou a testa dela, que encostou a cabeça em seu ombro. Se referia ao fotógrafo do lado de fora do restaurante.

Anahí – suspirou: Eu sei. Mas o que podemos fazer, nunca vamos ficar sem alguém atrás de nós. - Mantinham os carinhos, como a quase uma semana atrás, um tanto mais contidos pelo ambiente. – Vamos só tentar esquecê-los por hoje.

Alfonso: Eu faço isso todo dia. - Beijou sua bochecha carinhosamente.

Anahí – sorrindo: Vou tentar fazer como você. - Passou o nariz na bochecha dele e voltaram a comer conversando, as palhaçadas haviam começado.

Subitamente é amor - AYA Where stories live. Discover now