Capítulo 3

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Como estão?
Espero que gostem desse capítulo.
Beijos e uma ótima leitura! 🖤

Elizabete

— meu senhor Jesus da glória! Ele não fez isso?

— sim, eu jurava que ele ia me beijar.

Contei sobre os acontecimentos da noite enquanto ela estava dormindo bêbada no banco traseiro.

— mas então ele se afastou e sua expressão de indiferença, quase ódio estava de volta.

— tu acha que ele não pode estar gostando de você, mas talvez ele seja gay e não esteja sabendo lidar?

Eu olhei para ela e ela parecia estar falando sério.
Eu ri e ela deu de ombros.

— vi isso em um livro uma vez, mas no caso o cara era aquele hétero top bem escroto, ele passou a se interessar por um cara e as reações que ele tinha eram bem parecidas, ódio e possessividade.

— pelo amor de Deus Darlene!

Eu comecei a rir incontrolavelmente e ela riu também, mas estava defendendo sua tese.

— ria o quanto quiser, mas não é um pensamento tão ilógico assim.

Concordei.

— se bem que eu acredito em tudo, mas ele não tem jeito de ser gay. Será?

Ela deu de ombros mais uma vez.

— se ele é gay eu não posso afirmar, mas de uma coisa eu sei, esse homem está gostando de você.

Eu nem rebati, não sabia o que dizer.

— Darlene, essa coisa toda está mexendo com a minha mente, nada de bom pode sair dessa situação, você entende? E é tão frustrante, eu não sei o que pensar, de verdade.

Ela estava em seu notebook e eu estava tentando não pirar com todos os valores exorbitantes dos livros. Rolei a barra e as valores só aumentavam.

— ele é muito intenso, tipo, ficou óbvio para mim e olha que estava bêbada, mas percebi que ele estava alí por você, ele estava irritado e nem deixou você se despedir do Clóvis.

Assenti fechando o notebook do tio Juca.

— eu preciso pensar em outra coisa, doutor Marcus me confunde e eu não quero pensar muito a respeito, só quero focar no trabalho e pensar em que livros priorizar, não vou conseguir comprar todos.

Ela me olhou sobre a tela do seu notebook.

— tenho um dinheiro guardado, posso te emprestar e você sabe bem.

Me deitei de costas no colchão.

— eu te amo muito Darlene, você sabe, sim?

— claro, eu sou muito foda.

Sorri.

— sim, você é.

Segunda-feira chegou e eu estava me sentindo mais nervosa que o normal ao cruzar as portas de vidro. Não havia sinal do doutor Marcus e eu pude respirar mais aliviada. O alívio durou uns quarenta minutos.

Meus olhos foram para ele assim que ele atravessou as portas. Ele estava usando óculos de sol, uma camisa social azul e calça jeans.

— bom dia doutor Marcus, sua paciente da cirurgia reparadora já chegou e foi encaminhada para a psicóloga Cíntia. Existe alguma observação?

— não, estarei saindo para a sala de preparação em dez minutos.

— tudo bem.

Ele não falou mais nada, apenas entrou e eu já estava acostumada com seu jeito, mas eu não o compreendia. Ele não falou nada quando saiu com a sua maleta.

A Obsessão de MarcusOnde histórias criam vida. Descubra agora