Capítulo 35

8.1K 602 435
                                    

Como vocês estão?
Desejo que estejam bem, hidratades e lindes.
Capítulo enorme, com mais de seis mil palavras para compensar a demora.
Boa leitura!

Beijos 🖤

Elizabete

Terça-feira mal tinha começado e eu já queria me deitar e dormir até que o sentimento de tristeza e desânimo fosse embora.

Marcus estava muito atencioso. Eu via seus esforços. Ele estava desesperado para obter uma reação minha. Eu não estava tornando sua vida difícil por vontade própria eu só... Não estava no clima de fingir estar bem pra deixar a vida dele mais fácil. Não ia fingir que o que ele tinha feito, ou melhor dizendo, quase tinha feito, não me afetava.

Ele me beijou de forma terna em frente a bancada da recepção.

— vou ligar para marcar uma sessão com o psicólogo Alberto.

Assenti.

Marcus me olhou com uma expressão preocupada.

— tudo bem?

Ele quis saber. Eu não queria ser repetitiva e dizer que não.

— vai ficar. Marque sua sessão antes que a senhora Denise chegue para sua consulta.

Ele me olhou por longos segundos.

Me perguntava se ele tinha noção do quanto eu queria que a terapia resolvesse suas questões.

Deus, eu o amava tanto, como gostaria de ter conhecido sua versão antes Stefany.

De todo modo, eu não podia transferir toda a culpa para ela. Marcus era adulto, fazia suas próprias escolhas e as escolhas que ele fazia eram extremamente egoístas, todas elas. Com o ciúme ou não, ele deveria controlar seus impulsos.

— amo você, minha pequena.

— também amo você, agora vá.

Eu sabia que ele não queria me deixar, mas precisava. E eu queria ficar sozinha, longe de sua influência.

Marcus beijou minha testa e se foi entrando em seu consultório.

Tirei um tempo para organizar a copa da forma que eu gostava. Tinha escolhido a playlist de Nando Reis no YouTube. Então meu ânimo estava um pouco melhor.

A próxima paciente já estava esperando quando a anterior saiu. Eu não vi Marcus até o horário do almoço.

Estávamos em nosso restaurante favorito. Era perto da clínica, dava para ir a pé e tinha uma praça na frente. Uma vista perfeita em contraste com o vai e vem dos carros.

Marcus insistia para que eu comesse, mas eu não estava com um pingo de fome. Também senti minha garganta arder quando comi a primeira garfada de macarrão. Eu demorava a gripar, sério, raramente acontecia, mas quando acontecia...

— você não parece bem. Está sentindo alguma coisa?

— minha garganta está ardendo um pouco - antes eu pensava que era apenas por  todo o choro da noite anterior — enfim, estou achando que está inflamada então acho melhor você não ficar tão perto de mim.

Ele se inclinou trazendo sua mão a lateral do meu rosto. Não tinha como não sentir o coração aquecer com a sua preocupação.

— se force a beber pelo menos o suco, vou examinar sua garganta quando chegarmos na clínica.

— não precisa disso - eu ri — vou tomar um ibuprofeno quando chegar em casa.

— está sentindo mais alguma coisa? Dor de cabeça?

A Obsessão de MarcusOnde histórias criam vida. Descubra agora