Capítulo 18

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Como estão? Desejo que bem.

Mais um capítulo, espero que gostem! 🖤

Elizabete

Julho

A sexta-feira estava se arrastando como uma tartaruga velha ou talvez fosse minha ansiedade me deixando inquieta com o tempo que ainda me restava no trabalho.

Estaríamos viajando na manhã seguinte para ver minha família, eu estava ansiosa, feliz e um pouco nervosa pensando em como seria a dinâmica de Marcus com meus pais e irmãos.

— você não vai acelerar o tempo se ficar olhando o relógio a cada vinte segundos.

Muriel trouxe os arquivos dos pacientes que tinham recebido alta.

— não posso evitar, estou muito ansiosa.

— te entendo, vamos sentir falta de vocês durante essa semana, mas estou feliz que você vai poder matar um pouco da saudade da sua família.

Resisto a tentação de olhar o relógio mais uma vez, estava ficando ridículo já que eu realmente não poderia acelerar o tempo, pelo contrário, parecia que a agonia só aumentava e eu ainda teria mais quatro horas na faculdade.

— ei - Luciana estava se aproximando de Muriel trazendo um envelope pardo — aqui está o currículo da psicóloga que te falei.

Ela entregou o envelope para Muriel.

— tudo bem, vou analisar e dependendo de qualquer coisa entro em contato com ela.

Luciana destinou um sorriso verdadeiro para ela e diminuiu a intensidade quando voltou a olhar para mim.

— boas férias, Elizabete.

Estreitei os olhos percebendo uma nota estranha que me deixou desconfortável. Não sabia dizer o quê, mas sabia que havia mais em seu comentário.

— obrigada - foi tudo que eu disse, se ela ia fingir simpatia por mim só porque estávamos na frente da sua chefe, bom, adivinha? Eu era cunhada dela e não ia ser hipócrita, afinal de contas Muriel já sabia o que eu pensava sobre Luciana.

Segundos depois ela se afasta e eu mal me contenho.

— bicha falsa! Não acredito na cara de pau que ela tem.

Muriel ri e descansa os antebraços sobre o balcão se aproximando de mim.

— sim, mas não se preocupa com isso, melhor uma falsa simpatia do que vocês ficarem trocando farpas desnecessárias.

— sim, isso é.

— eu tenho até um pouco de pena dela, sabe que ela é caidinha pelo meu irmão desde que ela começou a trabalhar aqui? Sempre lambendo o sapato do meu irmão, ele sabe que basta estalar os dedos, mas ele nunca fez porque ela nunca chamou a atenção dele, daí você chega e adivinha?

Sorri timidamente quando ela veio pegar no meu queixo.

— meu irmão fica caidinho por você, tão rápido e forte, isso deve ser uma merda pra ela que se acha a porra da última bolacha no pacote.

— você é um amor, mas eu continuo na minha empreitada em não gostar dessa mulher, não sinto pena dela não.

Muriel sorri abertamente.

— não tenho a pretensão de te fazer gostar dela, só... evite pular nos cabelos dela, fico com medo do olhar odioso que você não consegue esconder.

Minha vez de sorrir e foi assim que Marcus me encontrou quando voltou de uma cirurgia.

Ele abriu um sorriso bonito e veio direto pra mim, eu amava que ele não tinha reservas no trabalho, amava suas demonstrações de carinho.

A Obsessão de MarcusWhere stories live. Discover now