Capítulo 25

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Demorei não foi?
Meus amores, não se preocupem, nunca vou deixar uma obra inacabada. Se não posto na frequência que desejo e vocês merecem é porque não posso mesmo, tá? Infelizmente e felizmente tenho um trabalho que toma muito do meu tempo, isso, e é claro, minha família que amo e merecem minha atenção, enfim... a vida ainda não me permitiu viver apenas das minhas obras, talvez um dia...
Me demorei demais apenas para me desculpar pela demora, haha.
Boa leitura.

Aviso de spoiler: estamos chegando no ponto de ruptura para que Marcus comece a sentir a síndrome em suas primeiras potências. Existe todo um preparo para que o indivíduo adquira a síndrome, enfim, estamos indo para a ladeira e a partir daí, é só ladeira abaixo.

RÉVEILLON

Elizabete

Eleonor, a mãe de Marcus era uma senhora muito simpática, engraçada e muito, mas muito bonita. Geraldo, o pai de Marcus era mais conservador, mais contido e um homem clássico na forma de agir e se vestir. Ele me lembrava Reymond Reddington e talvez por isso tenha me sentido estranhamente inibida diante dele.

Minha mãe sorriu para Eleonor, depois olhou para mim e para meus irmãos.
Elas juntamente com tia Marlene, tinham engatado uma conversa longa sobre seus filhos.

— os meus eram enlouquecedores também, eles viviam implicando um com o outro - mamãe falou e eu estreito as sobrancelhas lembrando que eu era o alvo dos meus irmãos, mas me contive.

Marcus tinha alugado uma casa de praia e estávamos todos reunidos ao redor de uma mesa enorme e farta.

Tínhamos passado o Natal juntos, tinha sido tão bom que todos decidimos nos reunir novamente para a virada de ano.

Darlene estava enchendo sua terceira taça de vinho e Muriel seguia seu exemplo. Eu estava na minha primeira taça, não queria correr o risco de passar vergonha na frente dos meus sogros.

Marcus estava ao meu lado, vez ou outra eu sentia seu olhar sobre mim, então me virava em sua direção apenas para encontrar seu olhar orgulhoso e amoroso. Era difícil respirar ou voltar a interagir com o restante das pessoas quando ele me olhava dessa forma.

— meu Deus! Vocês são tão lindos juntos, meu filho, estou tão feliz - a mãe dele olhou ao redor para cada um, então sorriu e ergueu sua taça — preciso fazer um brinde.

Ela se levantou e eu não conseguia parar de olhar os desenhos delicados da sua túnica de seda.

— um brinde ao amor, um brinde a essa família que cresceu e um brinde a mais para vocês, meu filho, minha nora - ela piscou e sorriu — você já é uma filha pra mim, precisamos apenas de uma boa desculpa para uma festa de casamento - sem pressão, pensei me lembrando da conversa no dia anterior, ela tinha perdido o brilho quando Marcus falou que estaríamos esperando eu concluir a faculdade até nos casarmos — Liz, você não tem noção do quanto esperei por você, meu filho não acreditava mais ser capaz de amar e eu sabia, eu sentia que a mulher certa estava por aí - ela riu como se estivesse pensando em algo, mas ignorou — obrigada por aparecer e colocar esse sorriso lindo no rosto do meu filho.

Eu estava emocionada, lhe devolvi o sorriso caloroso erguendo minha taça.

A noite seguia seu fluxo em meio a risadas, Geovana estava dormindo nos braços da minha mãe enquanto ela conversava com tia Marlene e Eleonor. Maurício tomou a dianteira falando sobre as várias situações engraçadas no ramo de construção o que aparentemente só chamava a atenção dos homens. Por isso eu estava dançando forró com Muriel enquanto Darlene e Joana preparavam um drink que Darlene tinha visto em um vídeo no Instagram.

— preciso te alertar para uma coisa muito importante.

Muriel falou aproximando seu rosto do meu ouvido. Não tinha ninguém perto de nós, mas ela estava levemente alterada pelo álcool.

A Obsessão de MarcusWhere stories live. Discover now