Capítulo 14

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Não acredito que estou aqui postando mais um capítulo em menos de dois dias! Sim, estou muito feliz. 
Minha mente está descansada e estou tendo sensibilidade para coisas que estavam passando desapercebidas, há tanto que se explorar nos meus personagens e eu estava dando apenas trinta por cento de tudo que eles são. Vou corrigindo gradativamente no decorrer da trama para não ser impactante e não mudar tanto as perspectivas que vocês já tem de cada um.
No mais, espero que gostem e obrigada por estarem aqui. ❤️
Boa leitura!

Elizabete

Pouco mais de duas semanas haviam se passado desde o acontecimento fatídico na feira de debutantes.

A paz estranhamente havia reinado e Marcus estava realmente se esforçando para ser um homem mais tolerante, mantendo o monstro do ciúmes(como ele mesmo dizia) sob controle.
Nós estávamos de volta ao trabalho e eu o via engolir sua aspereza sempre que me via conversando com Clóvis. Eu não estava cortando minha amizade com ele e Marcus teria que se acostumar com isso.

Muriel parecia cética quanto a promessa de mudanças do seu irmão, mas eu via a esperança criando raízes a cada dia. Darlene também não estava nada convencida, mas eu via as mudanças sutis e estava feliz com a nova rotina pacífica então ela apenas ficava ao meu lado me apoiando e torcendo para que essa mudança fosse duradoura.

Marcus tinha acabado de seguir para a sala de cirurgia para uma harmonização facial em uma de suas clientes regulares e eu estava organizando as fichas antigas, encerrando o atendimento do dia para me concentrar nas disciplinas mais urgentes do curso.
Era difícil conciliar trabalho, estudos, família e namorado. Eu já começava a ficar preocupada com a aproximação das avaliações.

— ei, você pode se trancar na minha sala e estudar um pouco, eu cuido das últimas ligações de confirmação.

Muriel falou me entregando uma xícara de café.

— obrigada, mas eu dou conta, vou tirar o final de semana para estudar.

Ela balançou a cabeça em negativa.

— não tenho mais nada pra fazer, deixe isso comigo e vá se preparar para as avaliações, não esqueça o desenho que você precisará entregar, sei que isso leva um bom tempo.

E era verdade. Amava desenhar plantas de casas, mas odiava desenhar plantas de edifícios porque demorava uma eternidade e tinha que encaixar tudo milímetro por milímetro, era um saco.

Fechei as agendas sentindo alívio por ter uma pessoa tão incrível como chefe.

— eu te amo tanto, sabia?

Falei pegando a xícara com o café quentinho.

Muriel mostrou suas covinhas bonitas e veio para ficar ao meu lado atrás do balcão.

— vai lá bicha babona, se apresse e você terá quarenta minutos inteiros para estudar.

Sorri me apressando em pegar minha bolsa pesada.

— obrigada, de verdade.

Amava trabalhar na clínica, estava tão acostumada com as pessoas e com o ambiente que já me sentia em casa, totalmente a vontade. Apenas uma pessoa me deixava levemente desconfortável e ela estava vindo em minha direção. Passei por Luciana e ela não me direcionou um olhar, geralmente ela fingia uma simpatia quando eu estava com Marcus ou Muriel, mas quando eu estava sozinha ela me ignorava, eu já estava acostumada. Sabia que ela se doía por nunca ter conseguido um segundo olhar de Marcus e estava mais que feliz em ficar longe dela.

A sala de Muriel tinha seu cheiro, cheiro de gente rica.

Trivialidades a parte, comecei a leitura pelo conteúdo que Regiane tinha me cedido, tinha que assumir que ela era muito mais organizada que eu em relação as anotações.

A Obsessão de MarcusOnde histórias criam vida. Descubra agora