Capítulo 17

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Capítulo surpresa pra vocês! Aposto que estavam pensando que eu ia demorar a atualizar, sim?

Espero que gostem, boa leitura! 🖤

Elizabete

— e você perdoou assim, fácil, fácil?

Parei de dobrar a toalha e olhei feio pra Darlene.

— eu compreendi o que o motivou a mentir, sei que você não entende, mas me coloquei no lugar dele.

Ela revirou os olhos.

— imagina Darlene, do nada você recebe a notícia de que pode ter um filho seu por aí, uma criança de sete anos? Ele não estava pensando direito, estava com medo de me preocupar a toa, não que eu fosse ser contra o fato de ser pai, isso não nos afetaria, mas ele pensou que sim, eu vi o jeito que ele ficou, eu não sabia no dia por que ele estava agindo estranho, me fazendo perguntas relacionadas a crianças - lembrei de como ele parecia temeroso e ansioso por minha resposta — enfim, eu resolvi perdoar e seguir em frente.

Ela ficou me olhando por longos, intermináveis segundos.

— você quem sabe, só acho que se fosse o contrário, se você tivesse mentido como ele fez, se você tivesse escondido coisas tão sérias como essas, possivelmente ele teria agido diferente, aliás, bem capaz dele não ter nem deixado você viajar sozinha.

Me sentei e logo depois me joguei de costas em seu colchão.

— eu sei, você tem razão é só que - eu tinha perdoado e pronto, não tinha gostado de saber que ele tinha mentido tão facilmente, mas eu compreendia seus motivos.

Darlene se deitou ao meu lado e eu me virei para ficar de frente pra ela.

— você relevou esse deslize, tudo bem, entendo seus motivos, só, pelo amor de Deus, não deixe esse relacionamento ser uma via de mão única onde apenas você cede, apenas você perdoa, apenas você releva as coisas.

— não é assim.

Tentei e ela deu um peteleco na minha testa.

— acorda mulher, é exatamente isso que está acontecendo. Amo você, amo muito, sinto que sou eu a pessoa que deve te alertar, você está se submetendo demais a tudo que o doutor gostoso, fonte de orgasmos múltiplos te empurra, não seja essa mulher, não estou te incentivando a terminar, mas você deve se impor mais, se algo não te agrada você abre essa boca e fala, se ele pedir demais você diz não.

— eu sei, você tem razão. Nós estamos tão bem, sabe? Ele tem os momentos de ciúmes dele, odeia minha interação com Clóvis, mas acho que ele está se acostumando, acho que estamos evoluindo, entende?

Ela trouxe sua mão para a minha bochecha livre.

— vocês estão evoluindo ou você está se moldando a todas as vontades dele?

— eu vou ficar mais atenta, prometo.

— ta bom, não fica chateada comigo, sério. Não quero que você pense que sou contra o seu relacionamento, só quero ter certeza que você está bem, que tem total controle da sua vida.

Sorri levando minha mão para a sua bochecha livre, imitando seu gesto.

— jamais ficaria chateada com você, sei que está cuidando de mim e por isso eu te agradeço.

Horas depois estamos terminando com a arrumação do seu quarto quando tia Marlene entra segurando uma taça de vinho.

— minha filha sabe que não precisa ajudar essa daí com a faxina do quarto, não sabe?

A Obsessão de MarcusWhere stories live. Discover now