A Obsessão de Marcus

Capítulo 24

Bom dia!
Desculpa a demora. Mesma justificativa de sempre... Trabalho.
Desejo que estejam bem, vocês estão?

Pois bem, vamos ao que interessa pra vocês. Boa leitura. 🖤

Elizabete

Marcus voltou para o quarto depois de longos e intermináveis quarenta minutos. Sim, eu estive olhando no celular.

Ele deitou e para a minha surpresa me puxou para seus braços. Beijou meus cabelos e me apertou contra seu corpo.

— você me ama - não era uma pergunta, então ele continuou — você disse que deseja ter uma vida inteira ao meu lado, só não está preparada para casar no momento.

Concordei movendo minha cabeça em uma afirmativa.

— eu não posso dizer que entendo seus motivos para adiar nosso casamento...

— todos os motivos que eu citei anteriormente - falei me afastando um pouco para tentar olhar em seu rosto.

— para cada empecilho eu te dei uma solução - ele respirou fundo — não quero brigar. Não quero transformar algo bonito em um grande problema. Você não deseja se casar até concluir a faculdade. Posso esperar esse tempo, estou ansioso para ter você carregando meu sobrenome, estou ansioso para colocar uma aliança na sua mão esquerda e mostrar para todo mundo que você é minha - ele segurou minha mão sobre o seu peito — mas posso esperar.

Sua fala me parecia tão possessiva. Apenas mais um dos motivos para que eu esteja adiando me casar com Marcus. Me perguntava se ele só estava querendo se casar para ter mais controle sobre mim. Os medos de Muriel fazendo ainda mais sentido.

— talvez eu só esteja com medo - decidi ir com a verdade — às vezes - eu queria dizer, quase sempre — você age de uma forma que me assusta. Você tem algumas inseguranças e elas ditam seu comportamento para comigo.

— eu não tenho argumentos contra isso, gostaria de ser diferente, Lizzie. Sinto muito.

Assenti.

— eu sei que você nem sempre foi assim, eu queria ter conhecido esse homem. O homem que não fica irritado ou chateado com coisas tão simples.

— você está anulando seus erros - ele começou e eu estalei a língua.

— o que você enxerga como erro eu chamo de liberdade.

— você é uma mulher comprometida, você é minha mulher, existem comportamentos que não condizem com o seu status.

Eu já estava me estressando. Me afastei me apoiando no cotovelo. Ele me olhou com seus olhos tempestuosos.

— Marcus, quase tudo que eu faço te desagrada e todas elas envolvem o fato de ser vista e ter contato com outros homens. Sou sua namorada...

— você é minha noiva.

Ele me corrigiu com uma expressão severa.

— sim, sou sua noiva e sinto muito por ainda não ter me acostumado com o novo status. Sou sua noiva, mas sou livre para interagir socialmente com quem eu quiser, sou livre para absolutamente tudo que não envolva uma traição.

Ele ficou calado e eu continuei.

— veja, você usa o controle como um mecanismo de proteção, eu tento entender seus motivos de ser assim, juro que eu tento, mas todo o seu comportamento é uma agressão a minha liberdade de ser eu mesma, eu não posso me anular mais do que eu tenho feito. Você entende isso?

— não quero que se anule, eu não quero que se perca.

Marcus me segurou e me puxou novamente para seus braços. Recostei minha cabeça em seu peito, ele beijou meus cabelos então continuou.