Capítulo 50

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Estavam esperando? Não?
Por nada.

Boa leitura.
Desejo que estejam bem!

❤️

Elizabete

Passamos a lua de mel em um chalé em Guaramiranga. Um dos lugares mais encantadores e românticos.

Nossa rotina consistia em acordar naturalmente, as vezes eu era desperta por meu esposo e era maravilhoso ser acordada por ele. Às vezes, quando íamos dormir tarde demais eu conseguia acordar antes dele, e, bem, eu o acordava da melhor forma, se é que me entende...

Tomávamos café na varanda, com a vista mais impressionante. Dava para ouvir o som da cachoeira de onde estávamos e eu amava saber que poderia simplesmente caminhar alguns passos e estaria na água.

Não havia roteiro, nós apenas fazíamos o que dava vontade.

Voltamos para casa depois de duas semanas e eu confesso que não estava pronta para me despedir da nossa vida perfeita naquele paraíso.

De volta a nossa rotina...

— amor, entenda. Nossa filha estará andando daqui a alguns meses.

— ela nem nasceu ainda, tadinha, nem nome ela tem!

Eu digo enquanto estou entregando o cheiro verde que eu cortei.

— resolveremos essa questão hoje mesmo, mas por agora, você precisa raciocinar comigo. Sim?

Sim. A escadaria era bem larga mesmo. Não daria para colocar uma portinha de proteção e fazer uma estrutura de uma ponta a outra, deixaria a escadaria bem feia.

— mas você também, pra que ter uma escadaria tão larga?

Ele parou o que estava fazendo se virando para me encarar. Sua expressão de incredulidade.

— uma estudante de arquitetura me questionando sobre uma escadaria ampla dando acesso a dois corredores opostos? Vou fingir que você nunca disse as palavras.

Marcus colocou mais uma concha de caldo.
Então ele voltou a mover a colher de madeira na panela do ensopado.

— você sabe que precisaremos correr para deixar a outra casa com a nossa cara?

— basta entrar no ambiente, amor, você deixa sua marca em qualquer lugar - eu estou sorrindo, quase boba, mas ele não viu.

— você está quase me convencendo - eu digo me aproximando para pegar uma colher do ensopado. Sabia que ele não gostava que eu metesse a colher enquanto estava preparando, mas estava tão cheiroso e ele não poderia me negar nada agora.

— eu gosto dessa casa, mas eu sei que vamos precisar de um espaço seguro, uma casa plana com um jardim maior, perto do nosso trabalho. Pode apostar que quando nossa filha nascer, todo segundo perto dela vai ser importante.

Sim, ele tinha razão. Minha filha nem tinha nascido e eu já estava sofrendo por antecedência pensando no período em que eu teria que voltar as aulas, trabalhar... Eu tive a minha mãe presente, sempre. Nunca pensei que seria diferente comigo, mesmo almejando uma carreira, o pensamento de deixar minha filha aos cuidados de outra pessoa estava começava incomodar.

— apenas desenhe e planeje a decoração, você terá tudo pronto em menos de um mês.

— tudo bem, menino rico. Podemos visitar aquela casa perto da clínica.

Eu sabia que ele estava sorrindo, dava para ver sua bochecha.

— tenho vontade de bater em você, as vezes.

A Obsessão de MarcusOnde histórias criam vida. Descubra agora