BÔNUS

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Sentiram minha falta?

Vim aqui a pedidos. Espero que gostem.

Boa leitura.
♥️

Elizabete

E lá estava ela. Toda linda vestindo um vestido branco.
Minha menina estava se casando.
O quê? Não, não essa menina. Minha princesa estava dormindo no colo da minha mãe.

Darlene estava se casando com Victor. Eu era a madrinha orgulhosa e chorona segurando a mão de Marcus.

— está chorando de emoção ou o trauma do nosso casamento foi muito grande.

Marcus sussurra perto do meu ouvido.

Eu olho pra ele rapidamente. Lindo demais de terno e gravata azul marinho.

— nosso casamento foi perfeito do jeito que foi.

Eu digo sustentando um sorriso.

— mentirosa. Um dia vou te dar o casamento digno do nosso amor.

Sorri verdadeiramente pra ele tocando seu rosto.

— tenho tanta sorte - digo orgulhosa — amo você, Marcus, amo tanto.

Mais tarde durante a festa eu tinha entrado na casa de praia para amamentar minha princesa. Maitê estava com oito meses. Sim, ela era a coisinha mais linda do mundo. Ao longo dos dias fomos percebendo que ela tinha nascido com heterocromia.
Maitê tinha heterocromia central. Seus olhos eram azuis e tinha um círculo castanho ao redor da íris. Era lindo demais.

Marcus veio ao nosso encontro. Sentou do nosso lado afrouxando a gravata. Seu sorriso terno sempre enchia meu peito de sentimentos intensos. Eu não conseguia distinguir todos então resumia em amor e orgulho.

— as vezes eu fico com receio de entrar na bolha de vocês, quando vejo vocês assim. Tão conectadas em um momento puro, angelical. Me sinto indigno.

— eu já acho que tudo fica ainda mais perfeito quando você está.

Sorri contemplando o momento em que Maitê soltou o bico do meu seio. Ela estava dormindo agora.

— quer me dar ela?

Ele pergunta e eu entrego Maitê para ele que encaixou ela em seu peito, na vertical. Deu umas batidinhas leves nas costas dela que arrotou quase que imediatamente.

— achei vocês, meus amores — ela foi diminuindo o volume da voz ao perceber que Maitê estava dormindo — Alan disse que deve um carro pra você. Qual foi a aposta da vez?

Sim, meu esposo realmente tinha se aberto para a amizade de Alan. Victor também tinha entrado para o clube do bolinha e a vida era muito boa. Eu amava ver ele tão leve, confiando nas pessoas.

Marcus sorri e pisca pra mim. Eu já sabia—embora não concordasse com esse lance de apostas.

— ontem, no seu chá revelação. Eu sempre soube que você seria mãe de um menino.

Sim, Muriel estava grávida, linda e radiante. Estávamos todos muito felizes. Como eu disse. A vida era realmente boa.

— vocês precisam parar com essa coisa de apostas. Os prêmios estão ficando altos demais.

Ela diz se aproximando. Cheirou os cabelos da minha princesa.

— cheiro de bebês. Deus, não existe coisa melhor.

Sorri concordando.

Me levantei para me olhar no espelho.

— eu realmente espero voltar ao meu corpo tão rápido quanto você voltou para o seu.

Muriel diz se aproximando do meu lado. Sua barriguinha era minúscula e ela quase não teve alteração no corpo.

Sim. Eu tinha voltado ao meu peso já no segundo mês, mas eu estava diferente. Tinha adquirido traços mais maduros, eu tinha adquirido cara de mãe e era inexplicável, mas eu estava me achando mais bonita.

— você pretende amamentar, então pode ter certeza que voltará.

Eu disse e ela assentiu tirando o batom da bolsa.

— Geovana está tão ansiosa, quase todos os dias me pergunta se já está perto da pessoinha nascer.

— pessoinha. Ela assistiu Eu, a patroa e as crianças?

Muriel sorri assentindo e volta a retocar o batom. Trocamos mais algumas palavras, estava sendo ótimo, mas eu também queria ficar com a minha prima no dia especial dela.

Estávamos ali dentro por tempo demais.

— vamos?

Me viro para encontrar Marcus olhando para a minha bunda.

Eu encolhi as sobrancelhas sorrindo e ele dá de ombros.

O casamento foi perfeito. Lindo mesmo. A festa ainda estava rolando quando eu decidi ir para o quarto.

Abracei minha prima.

— estou um caco, vou entrar com Maitê, tudo bem?

Ela já estava pra lá de bêbada e me abraçou mais forte. Meus seios estavam cheios e foi desconfortável. Por isso me afastei um pouco.

— se me espremer mais um pouco vai receber um jato de leite na cara.

Eu disse e ela sorri largamente.

— aí meu Deus! Me desculpa - ela ri se afastando mais.

Aperto suas mãos nas minhas.

— foi tudo muito lindo, estou tão feliz por você. Sua felicidade é a minha. Sempre foi assim e sempre será.

Eu digo ficando emocionada. Darlene solta uma mão e toca meu rosto.

— é assim do lado de cá também, minha irmã. Amo você, obrigada por tudo.

Nos abraçamos novamente. Dessa vez foi perfeito.

Darlene e Victor partiriam pela manhã para curtir a lua de mel em Paris.

Todos os convidados próximos ficariam na casa de praia. Basicamente a família.

Marcus

Lizzie já tinha dormido a um tempo. Eu tinha ela completamente aninhada em meu corpo. Cheiro seus cabelos sentindo aquele familiar sentimento de paz e completude.

A vida era boa. Não, a vida era perfeita.

Olho para o berço onde nossa princesa dorme tranquila. Nem sempre foi assim.

Maitê nos deu um trabalho e tanto nas duas primeiras semanas. Não queria ficar no berço, queria dormir nos braços de Lizzie, mas fomos fortes e hoje vejo que valeu a pena não ceder ao cansaço.

Não importa o quanto ame minha filha, ela não pode dormir entre nós. Os vários livros que li e até mesmo meu terapeuta indicou esse ponto.

Lizzie se move trazendo sua perna para cima da minha coxa, sua mão em meu abdômen. Quase que imediatamente meu corpo reage por instinto enquanto meus pensamentos correm soltos com todas as possibilidades de tomar seu corpo.

Mas eu tinha adquirido a sensibilidade necessária para saber que ela estava além de cansada, estava exausta. Por isso e pelo fato óbvio de ter nossa filha no mesmo quarto. Me contento em apertar sua bunda sentindo seu corpo se moldar ainda mais ao meu.

Estava ansioso para voltar para nossa casa, nosso templo.

Amava nossa rotina. Amava nossa vida.


A Obsessão de MarcusOnde histórias criam vida. Descubra agora