Samael Imortal

Capítulo Bônus: Degustação Caedes Imortal pt.2

Nunca mais me toque quando eu estiver fora do controle, Caedes.

Ela murmura em meio a respiração irregular, sinto o corpo dela ainda tremendo sobre mim, mas não é frio.

- Como sabe meu nome? - Desconfio.
- Você é da Inquisição?

Uma risada irônica sai de seus lábios.

- Não, seu idiota! Acabei de ver toda a merda da tua vida em um segundo!

Se afasta, cruza os braços sobre o peito e dirige o olhar para outra direção.

-  E não ficou com medo? Você é uma bruxa?

Jamais soube de alguém como ela, o que estava fazendo antes com aquele corpo deformado?

O que aconteceu aqui?

Muitas perguntas e poucas respostas.

- Não mesmo!

Percebo o corpo tenso, parece irritada.

- Não pense que eu vá ser sua amiga só por que me viu em um momento vulnerável, preciso ir agora.

Começa a andar, me movo antes de perceber, me coloco na sua frente, impeço que vá embora.

- Me diga seu nome?

Ela encara o vazio ao meu lado, se passa longos segundos, observa o nada, até que fala algo.

- Caedes, precisa saber de algo, se eu não te contar ele vai me perseguir até o fim do mundo! - Solta um suspiro cansado. - Já tenho muitos aqui... - Ela aponta para trás de suas costas, olho, mas não vejo ninguém atrás dela.

Abro a boca para perguntar, mas ela se adianta, coloca um dedo em minha face, me silenciando, meus lábios formigam com o toque.

Merda! Que porra tá acontecendo?

- Eles não vão reencarnar, você deve seguir sua vida, ela já está bem longe, ele ainda te segue para ficar perto, você precisar deixar ele ir, caminhar para a luz ou para a escuridão.

Congelo mais uma vez, ela está falando de Iki e Samael? Então é verdade que ela pôde ver minha vida quando a toquei.

- Você sabe de quem estou falando, agora fica a teu critério, Demônio Lobo. - Um sorriso de canto ilumina o rosto dela. - Agora preciso ir, baby.

Ela move o dedo ainda na minha boca ate o meu queixo, preparo o corpo para um ataque, os dedos dela são macios e não hesita quando acaricia de leve minha bochecha.

- Espere! - Seguro o braço dela.

- Estou falando sério, Caedes, preciso ir agora.

- Você ainda não me disse seu nome.

Suplico, a vontade de saber tudo sobre essa mulher misteriosa na minha frente não me deixa pensar direito.

- Se souber o meu nome, vai acabar se tornando meu escravo, Caedes, ainda não entendeu? Eu sou uma Necromante, e você... Bem... Não está tão vivo assim... Sabia que poderia mandar você fazer tudo para mim?

O olhar ousado dela percorre meu corpo, demora um pouco na região da virilha e sei que estou duro.

Solto um sorriso malicioso.

- Você não precisaria me obrigar a fazer nada, eu faria tudo com prazer, eu sou um Demônio, precisaria de muito poder para me obrigar a fazer algo que não queira.

Vejo as bochechas dela corar um pouco.

- Solte-me, Caedes, preciso ir antes que a gente faça algo que nos arrependeremos mais tarde. - O olhar safado retorna.