Capítulo 13

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 Quando Michael acordou levantou a cabeça a procura de S/N a qual ele não conseguiu ver, em um pulo assustado se sentou no sofá a procurando, com medo do que poderia ter acontecido enquanto dormia, se levantando correu até a porta e no momento que a abriu se deparou com S/N levemente assustada com a porta abrindo do nada.

–Oh, obrigada por abrir a porta para mim –Respondeu S/N seus olhos arregalados de surpresa:–Você tava dormindo como uma princesa tava até roncando aí eu achei melhor não te acordar –

–Olha, eu adoraria se tivesse, não sabe o susto que levei –Comentou Michael cruzando os braços e S/N riu passando por Michael, ele notou que ela já podia caminhar melhor mesmo que ainda fizesse caretas de dor mas sabia que se precisasse bater em alguém ela faria, já estava liberada da bolsa de sangue também.

–Pedi para me liberarem, já assinei aquela papelada de "Ah se você morrer não é nossa culpa a gente disse para ficar aqui" –Disse S/N enquanto suspirava vendo suas roupas manchadas de sangue.

–S/N, se eles disseram que deveria ficar aqui você tem que ficar aqui –Disse Michael os braços ainda cruzados e uma sobrancelha arqueada esperando uma explicação a qual S/N demorou alguns minutos para formular.

–Eu só... Não gosto muito de hospitais sabe, é... Complicado, sinceramente, eu ainda não consigo me abrir sobre isso –Disse S/N de forma melancólica desistindo de pôr as roupas e determinada a roubar a do hospital que estava usando.

Michael esfregou a parte de trás do pescoço pensando sobre a teimosia de S/N e o que faria quanto a ela querendo se enfiar em todas as coisas perigosas que via pela frente, S/N caminhou até Michael segurando sua outra mão com um sorriso reconfortante.

–Tudo bem, mas eu não quero você andando pela casa e nem se metendo em confusão até se recuperar por completo, entendeu? –Disse Michael com um olhar sério e S/N sabia que ele não ia levar nada na brincadeira agora.

–Claro, tudo bem, palavra de escoteiro –Respondeu S/N e Michael não pode evitar de sorrir.

–Você nunca foi escoteira, fomos expulsos no primeiro dia –Comentou Michael e S/N sorriu bem humorada com a resposta de Michael.

–Mas temos que ir, eu to morrendo de fome –Disse S/N enquanto se segurava em Michael em sua caminhada para fora do hospital.

Durante o anoitecer S/N respirava com cuidado na cama, a dor era quase inexistente naquele momento, o que para ela chegava a ser estranho, Michael entrou no quarto deitado ao seu lado virado para ela enquanto a observava, S/N virou apenas a cabeça para olhá-lo.

–Perdeu alguma coisa? –Perguntou S/N e Michael acariciou seu rosto com um leve sorriso nos lábios.

–Me perdi no brilho dos seus olhos –Brincou Michael e S/N revirou os olhos antes de dar uma risada baixa.

Michael a observou por mais um momento antes de passar um braço por S/N e se posicionar por cima dela fazendo com que S/N ficasse com as bochechas coradas, Michael se inclinou para beijá-la enquanto acariciava com cuidado o lado do seu corpo, S/N por sua vez não fez nenhuma resistência sabendo que Michael seria delicado ainda mais com os machucados.

–Você acha que está pronta? –Sussurrou Michael em seu ouvido causando um arrepio em S/N que sorriu virando o rosto esfregando o nariz em sua bochecha.

–Se não for agora, vai ser nunca –Disse S/N e Michael beijou S/N profundamente enquanto S/N passava as mãos pelo seu pescoço o trazendo mais para perto. A noite logo fora preenchida com gemidos e diversão por parte dos dois que no final terminou com S/N dormindo com a cabeça sobre o peito nu de Michael que usou uma mão para acariciar o cabelo de S/N, Michael se sentia bem, era como se tivesse criado mais de uma conexão com S/N e agora faria de tudo para não perder isso.

No próximo dia a mesma coisa aconteceu e ela achou que quem sabe agora teria a vida que sempre quis com Michael, era o que ela achava, foi quando no suposto último dia de trabalho de Michael ele não apareceu, S/N o esperou até não conseguir manter seus olhos abertos e ao acordar na outra manhã ainda não havia sinal de Michael.

Ele não atendia nem o celular, S/N tentou procurar soluções para isso quem sabe tivesse desmaiado no trabalho mas alguém teria avisado nesse tempo e ela saberia, quanto mais o tempo passava mais ela se preocupava, perguntava a todos se o haviam visto mas ninguém parecia ter ideia de onde ele estava.

Apavorada com as possibilidades S/N se manteve na casa esperando, esperou por um dia, uma semana, um mês, presenciou pela TV o fechamento da pizzaria Freddy's para uma versão menor e mais simplificada com apenas quatro animatronics e ainda sim S/N não sabia onde Michael estava.

Uma semana após a nova abertura da pizzaria S/N recebeu uma ligação, ela atendeu sem mais esperanças de ser Michael, a voz do outro lado da linha a aterrorizava.

–Bom dia senhorita S/N –Disse William do outro lado da linha e ela sabia que ele estava sorrindo:–Sabe, preciso de um favor seu –

–E o que seria senhor William –Disse S/N sem ânimo, William pareceu andar por onde estava.

–Sabe, eu estou tendo que lidar com a pizzaria sozinho desde o desaparecimento de Henry, claro você está lidando com seu próprio problema com... Michael mas, a vida não para –Disse William tendo um momento para respirar fundo:–Tenho um emprego de guarda noturno na nova pizzaria para você –

–Um emprego? –Perguntou S/N desconfiada, seu corpo chegava a tremer de medo ao escutar a voz de William mas não havia nada que pudesse fazer para impedir isso.

–Sim! Vai ser ótimo! Sabe a gente tinha outro guarda mas, infelizmente ele não pode mais vir e estamos com uma vaga e, não sabemos se alguém pode tentar roubar algo –Mentiu William:–E também, pizza grátis tá na lista de pagamento... Você sabe S/N... você não pode... Recusar –

S/N teve um calafrio com a voz de William, ela parecia próxima o suficiente para estar com o queixo em seu ombro, ela teve que olhar para trás para ter certeza que ele não estava logo atrás dela.

–Eu aceito o emprego –Disse S/N ainda olhando para trás, estava desanimada com a vida, não sentia que havia muito pelo que viver –Não tenho porque não aceitar –

–ótimo! Você começa amanhã! Te espero meia noite para te explicar tudo! –Disse William prestes a desligar mas antes falou sussurrando pelo telefone:–Fico feliz que tenha decidido ser obediente –

Quando William desligou S/N não pode deixar de segurar o próprio rosto e gritar enquanto lágrimas caiam de seus olhos, todas as pessoas que podia confiar não estavam mais a sua volta, não havia quem protege-la e nem quem ajuda-la, estava sozinha, não havia porque não ouvir William porque apesar de tudo ele ainda estava ali certo? Ele ainda estava vigiando, parecia até dócil e gentil, mas isso assustava S/N, sabia o que ele escondia por trás daquele sorriso gentil e palavras calmas.

S/N caminhou até a cozinha pegando uma lata de cerveja a qual tomou inteira em poucos goles, culpava Henry e Michael por tê-la deixado, se sentia sozinha, e quando a cerveja não era o suficiente fumava uma caixa inteira de cigarro, teve vezes que William fora até sua casa, ela sabia que era pelo prazer de vê-la sozinha e humilhada e ela não tinha porque esconder.

Porque apesar de ainda estar de pé, S/N sabia que ele havia ganhado.

Fnaf:Um amor roxeado (Michael Afton x reader)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang