Só... me dê uma chance.

463 43 21
                                    


Arizona Robbins pov's

            Quando criança eu costumava sonhar me perguntando como minha mãe me olharia se estivesse viva? Ou, o que falaria para mim se Deus a deixasse me ver por milésimo de segundos que fosse?

            No entanto, em todos os meus sonhos de criança nunca imaginei que quando olhasse para mim, na verdade, ela estaria olhando para outra pessoa.

            Ela é exatamente como na fotografia do celular.

___ Ariana! Pronuncia o nome num misto de exasperação e surpresa. Quando voltou filha?... Como... Onde... Caralho! Solta um palavrão irritada e escuto um arfar abalado.

           Nós duas olhamos para as criança ao nosso redor que nos olha de uma para a outra com uma expressão assustada.

___ Vem cá meu amor. Falo carinhosamente pegando o Noah e o ajeitando em meu braço o deixando posicionado do lado direito, já que o Cauã estava aconchegado no meu lado esquerdo desde que acordou ainda sonolento. Beijo seu rostinho do mesmo jeito que fiz com o irmão. Ele se aninha em meu corpo deitando a cabecinha em meu ombro. Mamãe sentiu muitas saudades dos meninninhos dela. Digo os abraçando forte. Os dois ao mesmo tempo em meus braços.

           Mas, logo percebo olhares de perplexidade sendo direcionados a mim. De imediato concluo que a verdadeira Ariana nunca fez tal ato. Respiro fundo.

___ Oi, Sof, filha. Consigo dizer o mais calma possível e até esboço um sorriso, ainda com os gêmeos deitados em mim, cada um em um ombro. E, pelo ressonar profundo de Cauã, percebo que adormeceu de novo. Sofia não retribui meu sorriso.

___ Oi. Sua voz é fria, como nunca imaginei que a voz de uma criança poderia ser. E isso, acrescido da rejeição em seu olhar antes de ela arrastar os pés para fora da cozinha desaparecendo do meu campo de visão, corta meu coração.

             É óbvio que Sofia está magoada. Volto a encarar minha mãe.

___ Onde diabos estava, Ariana? Perguta-me com irritação na voz e eu engulo em seco.

            Não é sobre aquilo que eu queria falar. Queria falar sobre 25 anos atrás. E de repente tenho vontade de despejar toda a verdade. E gritar. E perguntar por que ela nunca me procurou.

            Um resmungo de Cauã faz eu me acalmar e suspiro, o ajeitando novamente em meu braço.

___ Preciso colocá-lo na cama. Digo me referindo ao Cauã, não só porque é preciso já que ele está adormecido, mas também porque quero fugir um minutinho daquilo tudo.

             Coloco Noah no chão deixando-o sob os cuidados dela e ao passar pela sala, noto que Mel continua brincando tranquila com um mordedor. Sorrio a admirando.

           Chego ao corredor e paro indecisa. Há três portas e me pergunto: onde fica o quarto dos meninos?

           Caminho receosa e, ao passar pela primeira porta do lado direito, vejo Sofia lá. Paro por um momento. O quarto é simples, ao mesmo tempo bonito e decorado em tons de rosa e branco⤵️

 O quarto é simples, ao mesmo tempo bonito e decorado em tons de rosa e branco⤵️

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A UsurpadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora