Desejo, culpa e descoberta dos podres da irmã

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Arizona pov's:

___ Calliope?! Consigo achar a voz perdida em algum lugar do meu assombro, sentando-me na cama com os dedos castigando o lençol que seguro cobrindo-me até a cintura.

Meu coração, que havia falhado miseravelmente com a entrada da morena no quarto, volta a bater num ritmo descompassado contra as costelas quando a vejo desfazer o nó do seu roupão exibindo seu corpo nú. E ela continua vindo em minha direção, agora completamente nua e excitada.

___ Eu não deveria estar aqui, mas quero. Ela fala num tom rouco que me fascina.

Deus do céu! Mal consigo respirar quando ela finalmente se aproxima o suficiente para sentar na cama de frente para mim, tão perto, tão errado. Sei que devo fugir. Levantar e correr. Mas não consigo me mover. Só fico ali, com minha respiração presa na garganta. Tremendo de um anseio que vem tão forte, tão arrebatador que atropela qualquer senso de preservação que ainda exista em mim.

___ Calliope, por favor. Falo ainda lutando comigo mesma. Consigo virar meu rosto, desprender meus olhos de sua figura que me atrai como um ímã. Há um resquício de sobriedade em minha mente, que começa a entrar em colapso com a proximidade inebriante dela.

___ Por favor, o que, Ari? Ela sussurra mencionando meu apelido. Meu coração aquece ao ouvir.

Ela levanta a mão e toca meu rosto, me obrigando a fitá-la. E o que vejo em seu olhar é um reflexo do meu. O mesmo anseio. O mesmo desejo. O que faz um arrepio de medo e antecipação me percorrer inteira.

___ Venho tentando ignorar meus sentimentos, sua presença, seu olhar. Este mesmo olhar que está suplicando para mim agora, pedindo que eu fique, que eu te toque, como se realmente quisesse e precisasse disso. Diz me olhando profundamente.

___ Não... Ela me interrompe.

___ Sim! Afirma com sua outra mão enquadrando meu rosto, me forçando a ficar quieta.

___ Ari, você passa o tempo inteiro me seguindo e me desejando com o olhar, como eu a você. Não negue. De repente sua voz suaviza e as mãos escorregam para meus cabelos, seguem por meus ombros.

Fecho os olhos, incapaz de segurar um suspiro. Ela sussurra em meu ouvido:

___ Desde que te vi naquele aeroporto algo mudou dentro de mim... Passei a te querer a cada segundo. Seus lábios tocam a pele atrás da minha orelha e suas mãos adentram o lençol passando em minha cintura e deslizando para minhas coxas.

Oh, Deus! Clamo em silêncio.

Seus lábios deslizam por meu rosto, com pequenos beijos que são suaves como plumas. Suas mãos em mim são como brasa, queimando por onde passam.

Arquejo, quando os lábios tocam meu queixo, descendo pro meu pescoço.

Suas mãos sobem para retirar alguns fios de cabelo do meu rosto e abro os olhos enevoados para vê-la me encarando.

Nossos olhares se cruzam. Sorrimos uma para outra. Seus dedos tocam meus lábios que se entreabrem.

___ Eu te quero tanto Ari. Sussurra aproximando sua boca da minha.

Um segundo depois seus lábios estão nos meus e nós duas suspiramos juntas. Sua língua acariciando a minha. Sua boca dominando a minha enquanto suas mãos passeiam por meu corpo. Sua mão esquerda aperta minha cintura enquanto sua mão direita desfaz o laço do meu baby Doll o abrindo frontal fazendo as alças escorregarem por meus braços. Ela o joga pra longe de nós ainda me beijando. Me arrepio ao sentir suas mãos apalparem meus seios. Seus dedos brincam com meus mamilos. Gemo em sua boca ao mesmo tempo que entrelaço meus braços em seu pescoço, arranhando de leve sua nuca com minhas unhas.

A UsurpadoraWhere stories live. Discover now