há alguma possibilidade da Ariana ter uma irmã gêmea?

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Oi gente!
Me recuperei um pouco então voltei.
Tenham todos uma excelente leitura.
Espero que gostem. Fiz com muito carinho para vocês.🤗

Está um pouquinho extenso, mas foi necessário.

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Callie povs:

A raíz do ciúme está no medo. Medo da perda, do engano, da traição e do desrespeito. Nos tornando inseguros e desconfiados.

Assim sou eu atualmente em relação a Ariana. Mesmo que agora ela se mostre uma nova mulher, e, meu coração sinta verdade em seu olhar, em suas atitudes e em suas palavras, mesmo assim, eu desconfio dela o tempo inteiro. É mais forte que eu.

Tanto que, quando seu celular tocou e ela informou tratar-se da Leah, um incômodo gigante gritou dentro de mim. Um turbilhão de memórias contendo mentiras e traições realizadas por ela e encobertas por sua amiga Leah, inundaram minha mente.

Então, para não explodir na frente da Sof, nem acordar os menores com meus talvez gritos, corri para a cozinha me refugiar lá.

Logo pego um copo, encho d'água e bebo rapidamente, tanto para acalmar meus nervos, quanto para hidratar minha boca que ficou seca devido o mal-estar sentido.

Porém, quando estou na metade do segundo copo, noto a presença da Ariana atrás de mim.

De imediato minha vontade é de virar-me, segurá-la firme e saculejá-la dizendo: "já vai começar tudo de novo né sua vadia? Você não tem jeito mesmo".

Mas, ao invés disso, antes mesmo de me virar para ela, sua voz doce e calma se faz presente me desarmando inteira com a frase: "Tudo bem para você se eu for ao salão da Lexie? Você cuida dos pequenos e eu levo a Sofia comigo caso ela queira me acompanhar".

Como um ativador de consciência, suas palavras me atingem em cheio. Pois querer, tentar e até fazer por onde gradativamente tornar-se uma pessoa melhor, é válido e admirável até. Mas, mudar dá água para o vinho, de uma hora para outra como num passe de mágica, melhor dizendo, mudar totalmente em dois meses longe de casa, sem dúvida alguma isso não é possível. É impossível!

E a Ariana com quem sou casada e com quem convivo há nove anos, nunca dialogou sobre qualquer assunto, tão pouco pediria permissão para alguma coisa. Ela é egoísta demais, decidida, altiva e dona de si. Também, nunca se prontificaria de sair com a Sof pelo simples fato de não gostar da companhia dos filhos. Minha mente borbulha em confusão...

Deposito o copo na bancada e fecho meus olhos para reviver em memória os últimos quinze dias dessa nova Ariana conosco.

Analiso minuciosamente suas ações. Cada palavra dita por ela, cada gesto de carinho e amor demonstrado, sua delicadeza, seu olhar angelical e puro, seu beijo, seu toque, nosso sexo, seu corpo, ela de biquíni, suas costas... Suas costas...

A imagem nítida da pinta surge em minha mente como flashes... Não existia! Ou existia e eu nunca percebi? Não! Não! Não! Definitivamente não! Eu nunca fui cega ou desligada ou demente ou desinteressada ao ponto de deixar um sinal tão evidente passar em branco por nove anos. Constato com total certeza.

De repente um vento frio repleto de medo e receosidade percorre minha espinha e se aloja em meu coração. Um clarão de que estou diante de uma completa desconhecida ilumina meus pensamentos. Nesse momento tomo um choque de realidade.

Abro os olhos que queimam em fúria. Viro-me de sopetão para encará-la. Entretanto, seu olhar amoroso me desconcerta mais uma vez. Alivia um pouco a raiva que estou sentindo por estar sendo talvez ludibriada novamente, de um forma talvez grave, inclusive.

A UsurpadoraWhere stories live. Discover now