Capítulo 17. Raiva.

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Na primeira imagem antes do título, imaginei Gabriela

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Na primeira imagem antes do título, imaginei Gabriela. Ela está de costa com o cabelo ruivo, mas imagino o de Gabriela ainda mais ruivo. O cabelo está solto ondulado cheio. Não exatamente como imagino o de Gabriela, pois parece mais liso que ondulado. Mas, também o de Gabriela não imagino tão ondulado, aqueles ondulados perfeitos. Acho que é mesmo um ondulado mais solto, não sei explicar. Dá para ver que ela está usando mangas longas brancas. Não dá para saber se as mangas são de um vestido ou camiseta. Mas, como imagino ser Gabriela, então não imagino um vestido e imagino Gabriela usando mais preto.
Ao redor não dá para saber direito onde a jovem está. Parece um lugar fechado. Mas, peguei mesmo a imagem, pois é uma ruiva e gostei.

A segunda imagem depois do título é as imagens que uso para os capítulos de Gabriela. Título - Capítulo 17. Raiva.

Vamos para a história!

Estou tão magoada com a minha irmã mais nova, estava triste pela morte dela, mas, agora estou com raiva.
Ela poderia ter conversado direito comigo sobre esse amigo que ela conheceu.
Agora, minha família estão todos preocupados e discutindo por causa desse homem e dessa amizade que ele teve com minha irmã.

Minha mãe está aqui no banheiro sentada no chão chorando, com a cabeça na tampa do vaso.
Eu estou sentada ao lado dela.
Eu odeio vê-la mal.

No começo que minha mãe se viciou em álcool, eu tentei tantas vezes levar ela para uma clínica para se tratar.
Minha irmã também tentou levar nossa mãe na clínica, mas, Ana preferia orar.
Depois eu acabei deixando minha mãe fazer o que ela quisesse. Desistir da nossa família.

Minha irmã Ana sempre foi ótima com os meus pais, até falou desse amigo para meus pais que eu soube só agora. Mas, pelo que eu soube, meus pais pediram pra Ana se afastar desse amigo e ela não se afastou.
Meus pais não confiam nesse homem e com razão. O homem pelo que todos dizem era um criminoso. Talvez ainda seja.
No passado ele já deve ter feito algo ruim com ela. Não se importou por ela ter sido tão gentil com ele.

Mas, a morte de Ana acabou sendo culpa dela. Se ela evitasse o amigo, talvez não tanto, mas um pouco. Afinal, eu sei quando a gente se importa com alguém, é difícil se afastar.

Mesmo minha melhor amiga brigando comigo, achando que eu sou falsa e que peguei o namorado dela. Mesmo assim, ainda eu insisto em nossa amizade.
Só que eu eu só insisto porque ela nunca fez mal a ninguém. Nunca machucou alguém. Ela me bateu, sim, me bateu. Mas, foi na hora da raiva. E isso acontece. As vezes agimos sem pensar.

Já esse homem vivia fazendo coisas ruins o tempo todo. E mesmo assim minha irmã ficou perto dele. E agora todos estão discutindo por causa deles.

Alguem bate na porta do banheiro e eu levanto do chão.
Abro a porta e vejo meu pai. Ele diz:

- Deixa eu conversar com ela, querida. Vou tentar levá-la para o sofá pra descansar.

- Deixa ela deitar no colchão que estou dormindo. - Eu digo.

- Está bem, obrigado. - Ele diz.

Eu olho para minha mãe e digo:

- Mãe... Estou na sala qualquer coisa. Por favor, se acalme, ainda vai ter que falar com a polícia.

Eu saio do banheiro.

Apareço na sala e os pais de Beatriz estão discutindo.

- VOCÊ NÃO VAI FALAR NADA NO JORNAL! - Paulo grita.

- VOCÊ NÃO MANDA EM MIM! PARA DE DEFENDER ESSE HOMEM! - Márcia grita indo em direção a cozinha.

Ele segue ela.

Talve fosse melhor todos saberem dessa prova que os polícias encontraram.
Esse homem tem que dá uma explicação não só a polícia, mas, a minha família também.
O que ele veio fazer aqui? Que prova foi essa?

Eu sento no sofá e abaixo a cabeça colocando as mãos na cabeça.

Não imaginava que a morte da minha irmã seria dessa forma. Na verdade, não imagino a morte de ninguém.

Meus avós por parte de mãe já morreram. Eu era criança. Foi acidente de carro. Meu avô tinha bebido e dirigia.

Não sei como minha mãe teve coragem em beber depois da morte dos pais.

Só que fomos no enterro. Sofremos... Eu era muito apegada a eles. Mas, conseguimos seguir em frente.
Não teve tanta dor de cabeça como está tendo agora com a morte da minha irmã.
Não teve suspeitos, nem polícias o tempo todo por perto.

Meus avós por parte de pai ainda estão vivos. Viviam falando com minha irmã pelo celular. Eles devem vim em breve nos visitar. Moram em outra cidade. A cidade que meu pai nasceu.

Meu pai veio pra essa cidade, pois, era mais fácil em arranjar emprego. E então conheceu minha mãe em um restaurante que ela trabalhava. Ela depois fez faculdade para ser psicóloga.
Meu pai conseguiu emprego naquele restaurante. Depois se tornou chefe, mas, acabou fazendo faculdade pra medicina e agora é médico.
Ele resolveu morar aqui com ela.

Acho lindo a relação dos meus pais. Muitas vezes ele cuidava dos ferimentos de minha mãe depois que ela começou a beber. Ela aparecia da rua machucada. As vezes ela mesma se machucava e as vezes alguns homens que assaltavam ela a machucaram. E as vezes mulheres em bares a machucaram.
E então meus pais começaram a discutir algumas vezes. Mas, mesmo assim ele nunca pensou em abandoná-la. Nunca pensou em desistir dessa relação.
Minha mãe algumas vezes sim quis desistir, por achar que está dando trabalho. Mas, eles se amam. Eles fizeram um ótimo trabalho cuidando de mim e dos meus irmãos.

Já a gente, deveríamos ser filhos melhores. Até a minha irmã falecida. Ela as vezes só pensava em Deus. Ela achava que pra cuidar da nossa família é só com a fé dela.
Por um lado, eu entendo. Afinal, ela tem que confiar em Deus. Mas, por outro lado as vezes era muito incômodo.

Eu levanto do sofá.

Segunda-feira eu já volto para a faculdade de pedagogia.
Infelizmente irei com os polícias. Mas, sinto falta de estudar.
Eu e meus irmãos sempre nos dedicamos aos estudos.

O que será que os namoradinhos estão fazendo? Estou querendo sair, fazer alguma coisa antes de dormir.

Então entro no corredor.
Ainda dá pra ouvir os gritos dos pais de Beatriz na cozinha.
Por isso ela prefere ficar mais em minha casa ou saindo por aí. Os pais dela não sabem conversar direito. Tudo é gritaria. Eles dois aposto que não se suportam mais.

Eu me aproximo da porta do quarto de Beatriz.
Percebo que está trancada.

O quê? Ela nunca tranca a porta. Diz que não tem nada a esconder dos pais. Até quando faz sexo com meu irmão, eles não tracam a porta. O que é perigoso, mas, ela diz que coloca uma placa na porta do lado de fora para os pais não entrarem.

Eu bato na porta.

1167 palavras

Se houver um crime... Eu não sou o culpado!Where stories live. Discover now