Capítulo 12. Meu passado.

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Na primeira imagem antes do título tem uma foto de uma bebida alcoólica dentro da garrafa de vidro e perto tem dois copos de vidro com a bebida alcoólica e tem gelos dentro dos copos e parecem estar em cima de uma mesa preta

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Na primeira imagem antes do título tem uma foto de uma bebida alcoólica dentro da garrafa de vidro e perto tem dois copos de vidro com a bebida alcoólica e tem gelos dentro dos copos e parecem estar em cima de uma mesa preta.
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a outra imagem depois do título tem um quadrado marrom e no meio o nome Anne da cor laranja. Anne é a mãe de Gabriela, Gabriel e Ana. Ela narra alguns capítulos e o início de todos os capítulos dela vai ter esse quadrado com o nome dela. Nos próximos capítulos não irei mais descrever esse quadrado, pois fiz isso agora e sempre essa imagem estará no início dos capítulos que Anne narra. Esse capítulo é o 12. Meu passado.
Agora nos outros capítulos posso narrar a primeira imagem antes do título que será diferente da imagem que está nesse capítulo. Mas, a segunda imagem que é o quadrado com o nome da personagem, não irei mais descrever, pois vocês estão sabendo que essa imagem sempre vai está nos capítulos da Anne.

Vamos para a história!


Estou deitada de olhos fechados na cama da minha nora.
Eu estava dormindo, mas, acordei quando ouvir alguém conversando e percebi que são meus filhos e minha nora. Eles falam sobre minha filha Ana... Minha menina.

Eu sou uma péssima mãe! Eu deixei de lado os meus filhos e me envolvi com bebidas e drogas... Pior que eles nem sabem das drogas, só que eu bebo.

Abro os olhos e meus filhos não estão me olhando e nem minha nora. Só ficam conversando um com o outro.

Fecho os olhos e lembro do meu passado.

Eu era uma mulher alegre, meus vizinhos se divertiam com minhas loucuras, mas, loucuras saudáveis, divertidas. Agora sou louca agressiva.

Conheci meu esposo quando ele veio para essa cidade arranjar emprego. Ele nasceu o Brasil, mas, não nessa cidade. Ele tentou trabalhar no restaurante que eu trabalhava. Eu fazia faculdade de psicologia e trabalhava nesse restaurante.
Noah ainda não era meu marido, ele conseguiu trabalhar no restaurante e melhor ainda com o tempo ele se tornou chefe e fez faculdade pra medicina e depois saímos do restaurante e virei psicóloga.
Ele resolveu ficar comigo nessa cidade onde nos casamos e tivemos nossa família.

Noah parecia um homem cheio de fé. Então graças a ele eu me aproximei de Deus e amava ler a bíblia e ir a igreja com meu marido. Algumas vezes levava as crianças, mas, quem mais se interessou em ir foi Ana.

Ana se tornou cristã, se converteu mesmo quando fez treze anos. Antes ela vivia no mundo, mas, não tanto como os irmãos. Ela me contou que eles bebiam escondidos, mas, Ana bebia pouco. Nunca foi muito fã de bebidas alcoólicas. Depois que se tornou cristã, resolveu parar de beber de vez.

Depois eu engravidei, seria meu quarto filho. Um pouco depois de eu ter descoberto que seria um filho homem, eu acabei caindo das escadas. Meu marido tinha lavado o chão e as escadas da casa que construimos e o chão e as escadas não estavam tão molhados. Mas, eu acabei caindo e perdi o meu bebê.

Foi o pior dia da minha vida e faz anos! Mas eu... Eu não consigo esquecer. Eu colocava louvores pra meu bebê ouvir mesmo na barriga, queria que ele tivesse bastante fé como o pai dele.

Acabei culpando a Deus. Estava já preparada para essa criança chegar e Deus tirou de mim.
Então me afastei da igreja, da bíblia, dos louvores.
Enquanto minha filha Ana se tornou cristã. Ela tentou fazer com que eu voltasse a seguir a Deus, queria que eu entendesse que é tudo de Deus, até o meu filho. Deus quis me entregar, mas, talvez teve motivo maior pra não fazer isso.
Só que eu não quis entender. E comecei a sair para festas, as vezes meu esposo me acompanhava mesmo não gostando. E eu comecei a beber, e beber e só beber.
Noah também tinha se afastado de Deus, mas, não por raiva de Deus, só não teve mais tempo para ir a igreja e andava muito ocupado no hospital.

Quando eu não bebia, eu estava chorando no meu quarto, sonhava, as vezes tinha pesadelos com meu filho. Nunca conseguia ver o rosto dele o que me deixava pior.
Nunca saberia se iria ter meu rosto ou o rosto do meu marido. Mas, provavelmente seria ruivo já que eu, meu esposo e meus filhos somos ruivos.

E nossa como meu esposo sofreu! Eu dei bastante trabalho, vivia brigando com as pessoas. Até com meus pacientes, pois, eu era psicóloga.
Sempre gostei de ajudar as pessoas, Deus tinha me ajudado ainda mais nisso em ser uma boa pessoa. Então por isso escolhi a profissão psicóloga. Mas, eu não estava conseguindo nem me ajudar, piorou ajudar meus pacientes. Então meu chefe pediu um tempo, até eu melhorar.

As vezes eu não conseguia comer, nem dormir, e ficava fingindo conversar com meu filho no meu quarto. Não conseguir tirar tudo que preparei pra ele no meu quarto e do meu esposo.

Com o tempo meu esposo pediu pra eu ir ao psiquiatra. Eu dizia que não precisava, eu mesmo me ajudava, afinal sou profissional. Mas, era mentira, eu nem queria me ajudar. Eu só queria o meu filho.
Fiquei tão louca que as vezes esquecia de valorizar os filhos que já tinha, que Deus me deu.
Tentei me divorciar, dei trabalho demais para o Noah. Mas, ele não desistiu de nós.

Então me tornei alcoólatra e drogada. Quando usei drogas pela primeira vez, eu passei muito mal. Mas, ainda assim eu queria. Eu queria tudo de ruim na minha vida, pois, também me culpava por ter pisado em um chão molhado que fez eu cair das escadas e perder meu menino. Meu filho ainda não tinha um nome. Mas, quando ele morreu, meu esposo o chamou de anjo e o chama assim até hoje. Diz que um dia iremos encontrá-lo ao lado de Deus.
Teve algumas vezes que culpei meu esposo também pela morte do nosso filho e mesmo assim meu esposo continuou do meu lado.

Um dia, meus filhos e meu esposo pediram tanto, que eu acabei indo ao psiquiatra. E vou até hoje. Mas, eu não escuto muito ele, ainda não larguei os vícios.
Só sei que sou uma péssima esposa e uma péssima mãe.

Já fui uma ótima mãe, sempre saíamos juntos passeios saudáveis. Éramos bastante unidos. Eles me contavam tudo.
Mas, tudo desmoronou quando perdi minha criança, meu menino.

Eu não sinto vontade de morrer, ainda não. Eu só queria meus filhos de volta. Sempre sonhei com uma casa cheio de filhos. Mas, parece que Deus tem outros planos para mim e para eles.

Noah voltou para a igreja, dizendo que está orando por mim já que o psiquiatra disse que estou com depressão. E também Noah fazia companhia a Ana na igreja.

Escuto a porta do quarto bater. Então abro os olhos e vejo que meus filhos e minha nora saíram do quarto.

Então eu sento a cama e quando olho em direção a porta eu vejo Ana. Minha menina. Está com a mesma roupa que a vi pela última vez.

- Você é uma péssima mãe. - Ana diz me olhando. 

1216 palavras

Se houver um crime... Eu não sou o culpado!Onde histórias criam vida. Descubra agora