Se houver um crime... Eu não sou o culpado!

Capítulo 57. Revelação.

Nem estou surpreso por ver Gabriela aqui na floresta, não duvido mais dela. Qualquer coisa que ela fizer, qualquer lugar que ela estiver, nada me surpreende mais.
Na verdade, não me surpreende faz tempo. Nenhum ser humano me surpreende mais. As pessoas são cheias de surpresas.

Já investiguem tanta gente que até uma criança se cometer algo ruim, não me deixará mais surpreso.
Não queria que fosse assim. Não queria pensar assim. Mas, infelizmente o mundo está complicado. Deus já nos avisou na bíblia que o mundo está complicado e ainda vai piorar.
Como meu Senhor Jesus já disse:
"A maldade aumentará de tal maneira que o amor de muitos se esfriará" (Mt 24:12).

Gabriela se aproxima do meu carro e para ao meu lado. Ela fica me encarando com os olhos azuis de lágrimas. Ela sorrir.

O vidro do meu carro já está aberto que eu abrir assim que vi  Gabriela correndo por essa floresta. 

- Quer entrar? - Eu pergunto.

Observo pra ver se ela está armada.

Gabriela então abre a porta de trás do meu carro.

Ela diz:

- Só estava esperando você permitir que eu entre.

- No banco dá frente, por favor. - Eu digo sem olhar pra ela.

Gabriela fecha a porta do banco de trás.
Então Gabriela passa pela frente do meu carro ainda me encarando sorrindo com o rosto de lágrimas.
Ela abre a porta dá frente do lado do motorista. Então ela senta no banco dá frente e fecha a porta.
Eu tranco as portas.

- Gostei do chapéu. - Gabriela diz sorrindo me olhando e com as mãos enxuga as lágrimas do rosto.

- Obrigado. - Eu digo sério a olhando e coloco a mão no meu chapéu preto. Eu digo: - Coloque o cinto.

Eu já estou com cinto é claro.
Depois eu coloco uma mão no volante e a outra mão na chave do carro. Eu ligo o carro.

Eu vejo Gabriela colocar o cinto de segurança e então eu olho para a frente dá floresta e dirijo devagar o carro. 

- Você não vai acreditar! - Gabriela diz rindo. - Ou, talvez acredite já que é cristão.

Eu olho para ela surpreso.

Sinto que Deus fez alguma coisa com ela. Talvez falou com ela. 

- O que foi? - Eu digo sério.

Eu olho para frente do carro ainda dirigindo e escuto Gabriela parar de rir. 

- Eu orei. - Gabriela diz me deixando animado e acabo sorrindo. Ela diz: - Faz tempo que não faço isso. E eu pedi para Deus me ajudar a sair dessa floresta e então você aparece. E pelo que parece você não é de vim para a floresta, ainda mais essa hora. Então foi Deus que te enviou.

Fico feliz por ela buscar a Deus. É uma pena que essa alegria dela vai durar pouco.

- Deus é muito bom mesmo. - Eu digo parando de sorrir e ainda dirigindo olhando para frente. Eu digo: - O Senhor sempre nos ajuda. Na palavra dele diz:
Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração.

- Sim, acabei de me lembrar desse versículo dá bíblia. - Gabriela diz. 

- Eu creio sim que estou aqui no momento certo para te ajudar, mas, também estou procurando João. - Eu olho para Gabriela e ela para de sorrir e olha para frente. Ela está com as mãos no colo cruzadas. Eu olho para frente e digo: - Os policiais estão procurando por ele também. Mas, ainda não vieram aqui, disseram que vai deixar por último. Eu precisei vim aqui, vai que João foi sequestrado? - Eu olho para Gabriela que ainda olha para frente. Eu digo: - Aqui tem um lugar que já foi secreto, mas, agora algumas pessoas sabem desse lugar. - Eu olho para a frente e digo: - Infelizmente eu não sei onde fica, mas, eu preciso achar.