CAPÍTULO · 4

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Passadas as introduções e o fogaréu inicial 🔥 agora nós vamos mergulhar aí para o meio do mistério da trama. Simbora que temos um assassino para pegar e muita treta adiante.

Boa leitura!

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4
Humanos · Reino de Alynthia
Estado de Halston, Capital Athelon

⚜️

   Em uma ideia de mundinho perfeito, Averly realmente achou que as coisas seriam diferentes depois daquela noite nos aposentos da rainha. Não estava esperando nenhum tipo de favoritismo, é claro, sabia que isso Dhalia reservava às suas Acompanhantes; mas achou que teria alguma prioridade, visto que havia feito a desgraçada gemer e gozar a noite inteira e passara um dia inteiro quase caindo de sono pelas curvas dos corredores do castelo, graças a ela.

   E mesmo assim, nas duas semanas que se seguiram, foi tratada com toda a indiferença possível e a rainha nunca mais a chamou no meio da noite. Foi um pouco frustrante, se fosse menos orgulhosa para admitir. Mas deveria saber – era uma serva e nada além disso, e não havia feito nada além de servir sua Rainha naquela noite.

   Seu humor ficou um pouco sombrio com tudo isso, mas ela obviamente evitou falar a respeito tanto com Juno quanto Portia ou Saryn. Nas terças-feira que ela e Juno folgavam juntas, as duas passavam boa parte do dia nas cozinhas acompanhando Portia e Saryn em suas atividades, jogando conversa fora e levando esporro de Thorin pela falação e a distração.

   Juno era muito extrovertida e fez amizade com as duas muito rapidamente, de forma que agora elas eram mais um quarteto. Infelizmente as folgas não batiam para que pudessem programar algo juntas, visto que a outra folga de Juno era às sextas, mas elas se divertiam no tempo que conseguiam passar juntas.

   A quarta semana após a fatídica noite para Averly chegou e passou enquanto seguia com sua rotina. Para sua surpresa, Yeva a abordou em um dos corredores no final de um dos dias passados, mas mesmo se sentindo um pouco carente de atenção, a rejeitou e não se importou com as consequências – consequências que nem vieram, na verdade.

   Para aquela manhã, Averly estava instruída a seguir com as Acompanhantes em uma das caravanas por várias cidades pelo estado inteiro em sete dias de viagem entre ida e volta, do castelo até os limites da fronteira com o estado de Garland à oeste. As quatro carruagens reais deixaram o pátio do castelo bem cedo.

   Para essas caravanas, quatro criadas acompanhavam em cada uma das carruagens para atender às necessidades das Acompanhantes – Juno estava em uma delas, assim como uma garota chamada Aysel que às vezes conversava com elas, e outra criada que Averly não tinha qualquer afinidade e nem sabia o nome. Felizmente não ficara na mesma carruagem que Yeva.

   Aqueles passeios pela cidade aconteciam duas vezes ao ano até onde Averly sabia, e não tinham apenas a intenção de resgatar os órfãos das ruas, mas também um tipo de missão de solidariedade, onde as Acompanhantes distribuem algumas moedas de prata aos cidadãos e deixam sacos de grãos e sementes para os fazendeiros, para enriquecer as lavouras e acelerar o comércio.

   Elas viajaram pelas primeiras cinco horas através das ruas serpentinas e às vezes estreitas de Athelon, Averly apenas ficava de prontidão para qualquer coisa enquanto as Acompanhantes recebiam toda a atenção e os agrados do povo ao distribuir as moedas em locais específicos.

A Rainha de Sangueprata ✤ Fantasia SáficaOnde histórias criam vida. Descubra agora