A Rainha de Sangueprata ✤ Fantasia Sáfica

CAPÍTULO · 7

Adivinha quem acordou de bom humor e vai soltar dois capítulos hoje? EU MESMA 🤠

E vou usar esse cantinho também para agradecer a todes vocês que estão acompanhando essa estória comigo e dando uma moral incrível aqui para esse projeto. VOCÊS SÃO DEMAIS! 💚

Simbora que o encontro do século está chegando...
Boa leitura!

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7
Castelo de Mármore · Reino de Alynthia
Estado de Halston, Capital Athelon

⚜️

   Não muito diferente de qualquer criado do castelo, Averly queria ter o luxo de poder passar o dia inteiro confinada em seu quarto para assim não correr qualquer risco de cruzar o caminho das Bruxas de Sangue que já estavam acomodadas ali desde o dia anterior. Por sorte, a maioria delas estava hospedada na torre oeste – mais de duzentas bruxas, que os deuses tivessem piedade.

   As meninas ficaram assustadas quando Zion contou a elas sobre o tamanho da marcha da Rainha das Bruxas que se aproximava de Athelon. O rapaz havia basicamente se tornado um tipo de informante secreto, visto que ele transitava com mais liberdade pelas dependências do castelo e ouvia com facilidade a conversa entre os guardas pelos corredores e pátios externos.

   A única coisa que acalmava os ânimos de quem servia na torre principal do castelo era o fato de noventa e nove por cento das bruxa estarem do outro lado – porém, do outro lado dessa moeda, havia a própria Rainha das Bruxas e suas cinco comandantes de guerra hospedadas ali.

   Ainda que houvessem criados na torre oeste do complexo, a Rainha Dhalia precisou mover uma turma de criados da torre principal para lá, já que não era nem de longe o suficiente para atender às necessidades das mais de duzentas bruxas. No meio dessa empreitada, Saryn acabou sendo enviada para a torre oeste e Averly ficou sabendo disso através de Portia, que escapuliu durante seu horário de descanso e arrumou um jeito de se enfiar na ala oeste para encontrar a amiga e despejar suas lamúrias. Averly também não ficou nada contente com a notícia, mas como não havia nada que nenhuma das duas pudesse fazer para reverter isso, tudo o que lhes restava era pedir aos deuses que não deixassem nada acontecer com Saryn.

   Na noite do quarto dia da estadia das bruxas, no entanto, tudo mudou para Averly.

   Obviamente não estava se vangloriando nem nada por ter conseguido evitar a Rainha das Bruxas e suas comandantes, mas estava feliz com as pequenas conquistas cada vez que os dias terminavam e sequer via a sombra delas pelo castelo. Os criados estavam eufóricos na ala leste, quando passou por lá em sua terça-feira de folga todos aqueles que já haviam colocado os olhos sobre a Rainha e suas comandantes não conseguiam manter a língua dentro da boca e tagarelavam sem parar sobre elas.

   Os criados que haviam servido o jantar no dia da chegada delas eram os que mais falavam, Averly ficou sabendo até que uma das moças havia derrubado uma jarra cheia de vinho temperado aos pés da Rainha das Bruxas, de tanto que tremia e não conseguiu sequer segurar o objeto nas mãos para servir as taças.

   — Não tem problema. — Uma das criadas falou, encostada ao lado da moça infeliz que havia realizado a proeza naquela noite. — Vocês estão entendendo? — ela dizia perplexa. — A rainha ficou furiosa com Amalia. Assim que a jarra se estilhaçou no chão e espalhou vinho e pau de canela e cacos de vidro por todo o traje da Rainha das Bruxas, a Rainha Dhalia deu um pulo da cadeira e começou a gritar. Mas a Rainha das Bruxas ficou de pé e ergueu a mão e disse: "Não tem problema. Não é necessário gritar com ela". Quero dizer, puta que pariu!