| CAPÍTULO 11 - BÔNUS|

2.7K 320 90
                                    

NICOLAI ROSTILAV

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


NICOLAI ROSTILAV

              Problemas.

Os cubos de gelo escorregam de uma extremidade para outra, ainda dentro do copo de vidro que retém meu whisky. O agito para saboreá-lo em um pequeno gole na sequência. Em companhia da minha adorável pomba e sentado na poltrona luxuosa, a visão das mercadorias na minha frente preenche meus olhos, porém não satisfaz meus objetivos. Muito pelo contrário, só fico mais aborrecido ao vê-las passar por mim, uma por uma, obedecendo suas vezes na fileira em que estão alinhadas de joelhos e nuas.

Em uma única espiada rápida por seus corpos, percebo que algumas delas estão, digamos, danificadas. Não são tão jovens e nem têm o aspecto fascinante e hipnótico que imaginei outrora, quando as comprei. E esta falha estúpida é gravemente prejudicial para os meus negócios. Nada nelas chamaria a atenção permanente dos clientes: homens que além de muito poder e dinheiro, têm sua exigência e preferência aguçada como eu.

— Po… por favor, senhor! Eu lhe imploro… — A alma na minha frente me despertou do colapso silencioso em que mergulhei, gozando da sua voz fraca e lamentável. No automático, minha atenção recaiu sobre seu rosto entupido pelas lágrimas que derrama enquanto parece morder os próprios dentes para não chorar mais alto. Ela estava deplorável.

Seus olhos castanhos claros tremeram sob os longos cílios quando encontram os meus, num impulso. Pela primeira vez, me permiti analisar sua aparência com atenção. O tom da pele é tão escuro quanto o cair da noite, mas felizmente possui o brilho gritante de uma pedra preciosa. Seu nariz é pequeno e arrebitado enquanto os lábios grossos são proporcionais a cada traço que desenha os contornos da sua face. Ela é uma negra não tão pura, e pelo inglês arrastado, veio directamente de alguma imundice de país africano.

Minha observação escorregou para baixo, sendo atendida pelos seios redondos e enormes. Seu corpo é cheio de curvas e incontestavelmente convidativo, porém o mais agradável é que ela não parece ter mais de vinte anos, e ainda conserva resquícios do ar de inocência e pureza que exijo das mercadorias numa primeira fase.

Todo o processo disciplinar e comportamental delas cabe ao próprio comprador. Uns gostam das mais rebeldes e desafiadoras para quebrá-las com suas próprias mãos, e já outros, optam pelas adestradas e submissas ao limite. Logo, seria um erro moldá-las completamente logo que chegam até nós, sem uma instrução concreta dos seus futuros donos.

Ainda assim, quando venho para inspeccionar pessoalmente seu estado, lúcidas ou drogadas, elas são instruídas que não devem olhar para meu rosto ou dirigir qualquer palavra directa a mim, sem que eu autorize. No entanto, a puta aos meus pés quebrou essa regra e não preciso de muitos motivos a mais para mandar um dos meus homens estourar seus miolos agora mesmo, para servir como uma chamada de atenção ao resto. Porém, no fim das contas, só lhe daria antes a morte que ela vai implorar para receber daqui a poucas semanas. E ainda vai me dar um ligeiro prejuízo – essa ainda pode servir para alguma coisa, já que se encaixa mais nos padrões exigidos.

BRATVA - Czar da Máfia (+18)Where stories live. Discover now