| Capítulo 15 |

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                Excitante

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                Excitante.

Sergey me arrastou para este cômodo sobre a menção de que nós dois precisamos ter uma conversa. E após tudo que aconteceu, de facto, precisamos. Porém a situação em volta de Dominic, meu vômito matinal e toda turbulência da noite anterior oprimem minha cabeça de modo exorbitante. Eu ainda estou meio atordoada só pela confusão e desordem das últimas vinte e quatro horas, mas sei que não poderei fugir dos resultados dela por muito tempo.

— Sente-se! — Seu timbre soou imperativo no meu tímpano. Até então, eu estava tão parada quanto uma estátua no meio do seu escritório, extraviada nos próprios pensamentos.

Meu olhar deu uma volta quase indiferente pelas paredes que compõem o cômodo. Sua pintura assenta em um cinza apagado, muito perto do branco. Os móveis de couro, vidro e madeira contrastam entre si e foram distribuídos organizadamente por todo espaço. O lugar é sem dúvidas muito elegante e luxuoso. Entretanto, não harmoniza com a personalidade do dono. Sergey tem um semblante tão rústico e selvagem que fica difícil imaginá-lo preso num escritório, trabalhando.

— Estou esperando. — Ele teve que rosnar outra vez para que eu enfim cumprisse seu comando anterior.

Ocupei um lugar na cadeira de frente para seu olhar inexpressivo e pobre de qualquer emoção. Sua mesa é uma dura barreira erguida em nosso meio enquanto o silêncio desconfortável prevalece dominante. Por horríveis e vagarosos segundos, prosseguimos apenas nos encarando, olho no olho. Gostaria de acabar com essa leve tortura, mas suas feições rígidas só me deixam ainda mais abalada do que já estou com toda situação.

— Eu já falei, menina. Agora é a sua vez!

Usando os dentes, prendi meu lábio inferior perante suas palavras tão ameaçadoras quanto pedintes. A grossa e cheia sobrancelha direita foi torcida para cima, transfigurando seu semblante em conformidade enquanto aguardava por meu pronunciamento. Ponderei o que dizer imediatamente e limpei a porção de suor que caía das minhas mãos no vestido, como um sestro nervoso.

— Sergey…
— Fale, Lana!

Um caroço desceu por minha goela. Ele parecia não tolerar mais justificativas para não falar, tampouco mentiras absurdas. Seu urro gritava que Sergey só queria a verdade e nada além ou menos disso. Uma arfada audível ultrapassou suas narinas, e num momento milagroso, ele relaxou seu semblante.

— Por que você tem dificuldade em falar abertamente comigo? Eu sou tão repugnante ao ponto de não conseguir perguntar as coisas para mim como fez com Dominic, menina?

— Não é isso… — Tratei de cortar sua paranóia, porém ele retorquiu ao me impedir de justificar.

— Porra, criança! Você tem ideia do quanto tudo que aconteceu ontem é fodido para mim também? Mas ainda assim, eu atropelei tudo e queria gentilmente me desculpar por toda a confusão. Só que você me ignorou e fugiu das conversas que tentei criar. — Ele parou de gritar e passou a mão pelo cabelo. Do ponto de vista das coisas que ele acabou de falar, ele quase parece um homem fofo. — Eu quero te entender, Lana. Juro que quero perceber como funciona sua cabeça. E nada melhor do que conversarmos como duas pessoas normais. Precisamos começar com uma explicação sobre o porquê do seu comportamento contraditório.

BRATVA - Czar da Máfia (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora