| Capítulo 22 |

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Capítulo dedicado para minha querida apropriafilhadele . Obrigada por abraçar Sergey e Lana com tanto amor.

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As pontas dos meus dedos beijam as pétalas de rosas brancas enquanto aconchego–as cada vez mais no meu colo. Foi impossível não esticar os lábios para sorrir de forma genuína com a sensação narcótica. Afinal, eu nunca havia recebido flores em toda minha vida antes. E talvez por isto, nem mesmo o facto de elas terem vindo de Boris fez com que eu as rejeitasse. São lindas e encantadoras!

Mais cedo, Mariya bateu a porta do meu quarto para me entregar um buquê junto com caixa de veludo sob o argumento de que um entregador havia deixado para mim na porta de casa. Não nego que nos primeiros segundos, cheguei a pensar que pudesse ser um presente de Sergey, porém a cogitação logo faleceu no espaço por falta de coerência. Meu noivo, além de não ser um homem com estes costumes, optaria sempre por fazê-lo pessoalmente e no sigilo.

Apressada e afundando em entusiasmo para saber do que se tratava - quem oferecia algo dessa magnitude tão romântica para mim - fui rápida em abrir e encerrar toda curiosidade. A pequena caixinha retangular continha um lindo colar de ouro com pingente de resquícios de diamantes em formato de coração, cujo meu nome está escrito no meio, atravessando–o como uma flecha. Lana. Mas sem pensar em usá-lo logo, deixo-o de lado para caçar o buquê. Era a simplicidade delas o que mais me hipnotizou. No meio das flores perfumadas, assentava um bilhete assinado com o nome e a caligrafia de Boris.

Os escritos fizeram o convite para ir até sua casa ver o resultado do teste de DNA, acrescentado de um "Me desculpe por tudo, filha. Eu te amo, não vou desistir de você novamente". Instintivamente, quis revirar os olhos, porém me contive. Não valia nada me estressar com sua falácia. O importante é que a parte de mim que sempre desejou um pai amoroso já está morta e não poderá ressurgir para perdoá-lo como a estúpida que é.

Faz exatos três dias desde que Boris saiu daqui, mas somente hoje tive uma notícia vinda dele e isto diz muito sobre suas reais intenções. O que ele sente por mim não passa de remorso ou culpa. E talvez o peso da alma de Ava tenha atormentado suas noites por seus erros e pecados. Todavia, não é um amor paterno genuíno. Está muito longe disso.

Afastei tudo para um lado na cama, sentindo a agressão do meu próprio subconsciente fazer cada pedaço de mim doer com a verdade. Eu era órfã de mãe morta e pai quase no mesmo estado.

Balancei a cabeça com força suficiente para ela palpitar, e me ergui do leito. Precisava falar com Sergey e segui exactamente para onde cogitei encontrá-lo, saindo do quarto e descendo as escadas até ao primeiro andar na velocidade da luz. Me limitei em não bater a porta, invadindo o seu escritório na primeira oportunidade.

Uma golfada de ar saiu do meu corpo como se fosse minha própria alma no instante em que toda visão dele preencheu meu campo periférico. O rubor habitual tingiu minhas bochechas e quase dei meia volta para regressar onde vim. Sergey me analisa com cuidado enquanto ainda dança os dedos sobre o teclado do seu computador. Um copo de vodka lhe faz companhia enquanto trabalha em casa.

BRATVA - Czar da Máfia (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora