Submissão-Romance Dark

8

Era a primeira vez que Pete realmente sentia medo de Vegas, o mafioso estava com os olhos vermelhos e uma expressão séria no rosto, Pete via os músculos de Vegas se tensionando e as veias em seu pescoço saltadas quase se rompendo. Vegas tinha um copo de whisky na mão esquerda e segurava uma arma na direita, ele olhava para Pete com tanto ódio, cerrava os dentes com força e bufava feito um touro raivoso.

—Eu não posso te dar um voto de confiança—Falou com a voz rouca—You fucking bastard!—Vegas colocou o copo na mesa entre um monte de facas de todos os tipos e tamanhos—I will hurt you, I will make you beg—Apontou a arma para Pete.

Pete não entendia muito inglês, mas ele sabia que nenhuma daquelas palavras eram boas. Ele estremeceu quando Vegas destravou a arma e mirou diretamente no seu coração. Pete fechou os olhos sentindo seu coração acelerar—Ele ouviu a risada debochada de Vegas—Ele abriu os olhos e viu o mafioso bem perto de seu rosto, ele quase gritou pelo susto e seu corpo se impulsionou para trás pelo susto e ele bateu a cabeça na parede.

—Because? Why Pete?—O queixo de Vegas tremeu, era como se ele tivesse tentando não chorar—Eu até pensei em confiar em você—Umedeceu os lábios—Seu desgraçado—Vegas bateu com o cano da arma no rosto de Pete.

O garoto sentiu sua bochecha cortar e o gosto metálico inundar sua boca. Vegas segurou o queixo dele o obrigando a olhá-lo, Pete olhou nos olhos de Vegas e se arrependeu logo em seguida—Aquele olhar transbordava raiva, rancor e decepção—O garoto sentiu seu queixo doer pela força que Vegas colocava.

—Eu vou te fazer sofrer Pete, eu quero ver você chorar e implorar!—Pete gritou de dor quando sentiu a lâmina da faca entrar sua coxa.

Ele não viu quando Vegas havia pegado o objeto, mas agora ele sentia e sentia muito. O líquido quente escorreu por sua perna e ele gritou mais ainda quando Vegas girou a faca cortando sua carne mais ainda. O mafioso puxou o objeto e Pete não conseguiu raciocinar corretamente, doía muito, mas do que qualquer treinamento e dos choques que havia levado.

—Vegas—Pete sussurrou o nome dele—Para—O mafioso riu indo até a mesa.

—Estamos apenas começando, não me peça para parar, não agora bunny—Debochou passando o dedo pelos objetos na mesa e parou em um.

Pete negou sentindo seu coração palpitar, Vegas segurava em sua mão um soco inglês, mas não era qualquer um—Ele tinha pontas que simulavam pregos—Pete sentiu seus olhos umedecerem pelo medo antecipado.

—Vegas—Pete o chamou, vendo ele se preparar—Por favor não faz isso—Vegas sorriu negando—Por favor—As lágrimas rolaram pelo rosto de Pete—Por favor!

Vegas socou sem colocar muita força o ombro de Pete, mas o suficiente para que as pontas afiadas entrassem em sua pele. Pete gritou de dor enquanto Vegas afundava ainda mais as pontas em seu ombro. O garoto segurou firme o braço de Vegas e deixou um soluço escapar por seus lábios.

Vegas parecia não estar ali, sua visão estava desfocada e todo ódio explodia em seu peito, ele se sentia traído, nem mesmo sua família havia despertado tanto ódio dentro de si—Era como se Pete tivesse arrancado uma parte de si—Parecia doer, mas ele não se permitiria sentir aquela dor, não mesmo.

—Por favor—Implorou e Vegas girou o punho.

Vegas ouviu seu celular tocar e era como se a realidade tivesse o engolido novamente. O sangue manchava suas mãos e ele podia agora sentir o aperto de Pete em seu braço, mas o que o quebrou totalmente foi quando ele ouviu o choro de Pete. Vegas ofegou e puxou a mão tirando as pontas da pele de Pete, o sangue escorreu pelo peitoral se misturando com o sangue que corria das outras feridas de Pete.

Vegas pegou o telefone em seu bolso e atendeu.

"Vegas, como foi a reunião? Você me mandou mensagem, mas eu fui para escola" Macau perguntou.

"Macau, eu te ligo depois!"

"Vegas? Vegas!"

Vegas desligou o telefone sentindo a poça de sangue chegar em seus joelhos, Pete estava pálido e seu rosto manchado por lágrimas. O mafioso passou a mão nos cabelos nervoso e pegou Pete no colo saindo do porão. Vegas correu pelo gramado até a casa.

—SUN!—Ele gritou pelo segurança e logo o homem alto estava atrás dele—Chame o Sky ou Tan AGORA!—Vegas colocou Pete no sofá e pressionou o ferimento—Não dorme, Pete—Vegas sentiu seu coração se apertar—Por favor...