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Uma semana depois...

No primeiro dia que Pete acordou depois do que Vegas fez, ele encontrou uma tulipa vermelha ao seu lado na cama. Os dias foram se passando e a única a pessoa que Pete via, era o médico que o vinha visitar três vezes ao dia e sempre que Pete acordava, outra tulipa fresca recém-colhida ainda com gotas de orvalho nas pétalas estava ao seu lado.

Ele tinha um vaso ao lado da cama e já havia sete tulipas vermelhas que ele ficava observando durante horas. Pete se sentia estranho, seu peito estava pesado e um incômodo chato o deixava desconfortável—Ele se sentia sozinho—Mas não admitiria para si mesmo, nunca.

Pete observou o quadro que tinha na parede—Vegas sorria grande enquanto puxava Macau pela cintura, ele estava queimado do sol e com os cabelos espetados, já Macau estava queimado do sol e seus cabelos estavam todos para baixo, a sunga que ele usava estava meio caída e mostrava parte de sua bunda—Era fofo e engraçado. Pete sorriu imaginando que Vegas parecia realmente e genuinamente feliz.

A porta do quarto se abriu e Pete olhou para ela rapidamente com o coração acelerado, mas suspirou entediado ao ver Sky ali com uma maleta e uma vasilha na mão. Sky era marido de Sun, o segurança da casa, o médico até que era legal e levava coisas gostosas para Pete comer, mas não era a mesma coisa.
Não era ele.

Ainda sim, era solitário ficar ali sem ninguém. Pete dormia e acordava sozinho. Sky cuidou dos machucados de Pete e deixou dois pedaços de bolo antes de ir embora.

Pete se apoiou no criado com a mão boa e mancou até a frente do espelho. Ele parou em frente ao espelho e se olhou—Pete estava com as bochechas coradas devido ao calor que fazia, seus lábios tinham dois cortes. Seu ombro tinha um curativo grande e sua coxa também—Pete não sentia dor, os medicamentos eram fortes demais para que ele não tivesse uma infecção grave. E por não sentir dor, ele não conseguia sentir raiva de Vegas.

Pete sentia raiva de si próprio. Ele sabia que a sua tentativa de fuga foi apenas um surto, porque ele não queria fugir, ele nunca quis fugir.

O garoto suspirou e mancou até a cama se deitando, ele fechou os olhos e deixou o sono o levar.

***

A madrugada estava fria, muito fria e a janela do quarto estava aberta. A porta do quarto foi aberta e Vegas entrou por ela com um livro na mão, ele caminhou até a poltrona que ficava do lado esquerdo do quarto e se sentou lá abrindo o livro na página que havia parado na noite anterior.

Vegas não tinha dormido muito bem nos últimos dias, ele passava a madrugada inteira acordado lendo, digitando no celular ou notebook, falando com Macau ou observando Pete. Observar Pete havia se tornado rotina nos últimos dias, ele gostava de observar o garoto.

Um vento frio entrou pela janela fazendo Pete se mexer na cama e se encolher pelo frio. Vegas fechou o livro e se levantou caminhando até a janela, ele fechou as portas de vidro e foi até a cama puxando a coberta para cobrir Pete. Vegas se sentou ao lado do garoto arrumando a coberta nos ombros de Pete, o mafioso suspirou tirando os fios negros do rosto alheio.

Era bonito, muito bonito. A pele macia e leitosa mesmo depois de sofrer tanto.  Os lábios, mesmos apresentando cortes continuavam vermelhos e chamativos. As bochechas coradas, eram fofas e bonitas. Pete era bonito, infelizmente para Vegas, ele era o mais bonito.

Vegas acariciou a bochecha de Pete e se inclinou deixando um selar leve na testa descoberta dele. Vegas se afastou sorrindo de lado ao sentir o cheiro do seu shampoo nos cabelos de Pete. O mafioso se levantou e sentiu seu pulso ser segurado de forma firme. Pete ronronou feito um gatinho abraçando a mão de Vegas. O garoto ainda dormia e  em seus lábios um biquinho estava formado. Vegas voltou a sentar ao lado de Pete.

Submissão-Romance Darkحيث تعيش القصص. اكتشف الآن