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Doze anos depois...

Pete se movimentou pela cozinha enquanto cantarolava baixinho uma canção, ele saiu da cozinha pela porta de vidro que dava no gramado e andou até a mesa colocando cuidadosamente a travessa de lasanha em cima da mesa.

—Pai—Phayu saiu da piscina empurrando Niragi e os dois vieram correndo na direção de Pete—É aquele dia do mês né?

Pete deu um sorriso triste concordando, ele procurou Macau com os olhos pelo gramado mas só encontrou Saint sentado em uma cadeira perto da areia da praia.

—Terminem de colocar a mesa para mim, já volto—Deu um sorriso bagunçando os cabelos molhados de ambos os meninos.

Já havia se passado doze anos desde daquele dia, os anos se passaram calmamente, Niragi se formou no ensino médio e passou a fazer administração de empresas de forma remota, Phayu estava no terceiro ano de arquitetura, Macau comandava os negócios da família juntamente com Kinn e Kim.

Pete havia voltado para ilha e para alegrar seus dias, o Senhor Tankhun, Arm, Pol, Vovó Mara e Baah, moravam com ele e o resto dos meninos. Macau e Saint decidiram contratar uma barriga de aluguel dois meses após o casamento, sendo assim, a pequena Angel nasceu cheia de amor, Macau também adotou um garoto que já não é tão garoto assim chamado Prapai, que estava quase terminando a faculdade de administração de empresas e também adotou o irmão de Prapai chamado Cantaloupe, apelidado amorosamente de Can, Can estava no último ano do ensino médio.

Tudo parecia caminhar perfeitamente, se não fosse aquele pequeno detalhe que assombrava a família.

Pete subiu as escadaria da casa até a parte mais alta da ilha, ele encontrou Macau sentado olhando as ondas do mar se quebrarem lá embaixo. O guarda-costa se sentou ao lado dele e o abraçou, Macau escondeu o rosto no peito de Pete e chorou.

—Quando vai passar?—A voz de Macau saiu arrastada.

—Não vai—Pete falou baixo—Não vai passar, só vai amenizar e com o tempo vai se tornar uma cicatriz que coça—Pete acariciou os cabelos de Macau—Não chora meu amor, por favor—Os olhos de Pete ficaram embaçados e ele tentou o máximo segurar as lágrimas.

—Dói muito Pete, eu vi ele morrer na minha frente—Macau soluçou alto e isso partiu o coração de Pete.

As lágrimas caíram sem permissão dos olhos de Pete, ver Macau sofrendo doía ainda mais em seu peito, era uma dor sufocante ver o seu menino chorar daquela forma. Ele o abraçou mais forte enquanto cantava baixinho uma música de ninar.

***

Pete estava deitado na cama depois do almoço e abraçou o travesseiro de Vegas, ele se encolheu na cama fechando os olhos e esperou até ouvir as ondas batendo contras as pedras e o barulho dos pássaros.

Seus pensamentos voaram longe em um sorriso que ele sentia falta, seu peito estava apertando e ele queria chorar novamente, já fazia tantos anos e porque aquilo ainda incomodava?

—Pai—Phayu bateu na porta e entrou logo em seguida—Niragi não para de encher o saco por causa da torta de chocolate—Fez careta enquanto coçava o braço.

—O que foi?

—Aquele pertubado do Nop colocou coça-coça na minha camiseta hoje de manhã—Pete gargalhou se levantando.

—Nop nunca muda—Pete andou até Phayu—Já tomou banho?—O mais novo concordou—Passa pomada e para de coçar—Bateu na mão de Phayu.

Pete saiu do quarto acompanhado de Phayu, os quadros não estavam mais na parede a muito tempo e só o quadro da mulher pintada de tinta óleo continuava ali. Pete olhou brevemente para ela antes de desviar o olhar e continuar seu caminho.

A cozinha estava cheia de pessoas, Tankhun se matava de rir com Baah, Khun havia encontrado seu amor na ilha e ironicamente foi ele quem correu atrás de Baah por cinco anos antes do moreno enfim aceitar namorar com ele. Prapai estava empenhado em terminar de trançar os cabelos de Angel enquanto conversava com Can. Arm e Pol assumiram o relacionamento fazia poucos meses e nesse momento, estavam agarrados no sofá que ficava de frente para porta da cozinha. Vovó Mara acariciava os cabelos de Niragi enquanto conversava com Saint e Macau.

—Quem quer comer torta?!—Niragi levantou o olhar e deu um sorriso animado.

Niragi ainda era a mesma criança que havia chegado na ilha e foi ganhado por uma torta de chocolate, a diferença era que ele passou a amar ainda mais caramelos macios e sempre andava com alguns nos bolsos. Caramelos macios, eram seu ponto de paz...

—O maior pedaço vai para...—Phayu bateu na mesa fazendo a música de suspense.

—Niragi!!—O garoto sorriu pegando o pedaço das mãos de Pete e dando um beijo na bochecha do pai.

—Não é justo Tio!—Angel falou fazendo um bico—Ele sempre ganha o maior, eu sou mais bonita!

—Mas eu sou o preferido!—Mostrou a língua para ele.

—Eu vou morder você!

—Cobra—Niragi sussurrou indo se sentar perto da Vovó Mara.

—Você não aguenta comer nem metade de um pedaço—Can deu um tapinha na nuca de Angel—Para de implicar com o P'Niragi!

—Você sempre fica do lado dele—Angel fez careta—Por isso eu prefiro o P'Pai e o P'Phayu—Can mostrou a língua para ela.

—Vamos comer?—Pete perguntou tentando soar animado—Quem terminar por último, lava a louça do almoço!

***

Pete correu pela areia até se encontrar com os braços quentes e reconfortantes.

—Você demorou—Falou baixo inspirando o cheiro forte amadeirado do perfume de Vegas.

—Desculpa Bunny, o mar estava horrível hoje—Deu um sorriso segurando o queixo de Pete.

—Vegas! Não minta para mim—O mafioso deu um sorriso de lado.

—Te comprei um presente e por isso demorei—Vegas colocou a mão no bolso e tirou de lá um colar—Sei que sua cor favorita é azul, demorei muito para escolher um tom que combinasse com seu gosto—A pedra do colar brilhava no escuro.

—Te comprei um presente e por isso demorei—Vegas colocou a mão no bolso e tirou de lá um colar—Sei que sua cor favorita é azul, demorei muito para escolher um tom que combinasse com seu gosto—A pedra do colar brilhava no escuro

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—Eu te amo my love—Pete sussurrou contra os lábios de Vegas.

—Eu também te amo muito!

Submissão-Romance DarkWhere stories live. Discover now