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Vegas estacionou sua moto em frente à casa dos Keerapati e ajudou Macau a descer, ele sorriu ladino vendo todos os  cinco homens apontar armas para ele. Três carros pararam atrás dele e desceram quinze homens armados até os dentes.

Good Night, o Senhor Tharn está?—Perguntou calmo mexendo no Rolex no pulso.

—Senhor Vegas, não faça nada que possa prejudicá-lo! Se entregue sem resistência—Vegas gargalhou.

Os cinco seguranças foram alvejados de tiros e Vegas passou por eles sujando seus sapatos caros de sangue. A mansão Keerapati tinha tons de branco, bege e ouro, era até que bonita, mas não tinha graça nenhuma comparado a beleza que ela tinha por fora. Vegas andou pela casa até o escritório em que todos os Keerapati's gostavam de se reunir pela noite.

Todos foram surpreendidos e Vegas quis rir ao ver a cara de Tharn para si. Tharn no passado, foi o primeiro submisso de Vegas, eles haviam se conhecido em Chicago em um cassino, Vegas achou o mais novo interessante, mas infelizmente Tharn se apaixonou e Vegas se afastou dele. Tharn era como Tawan e todos os outros, se apaixonaram por Vegas e caíram na manipulação digna de Oscar que o mafioso fazia.

Tharn se casou, mas ainda sim, amava Vegas e o marido dele estava ciente disso, pois no momento, encarava furiosamente Vegas.

Oh my gosh! what a splendid family!—Vegas debochou com um sorriso no rosto—Quem foi, Macau?—Perguntou ficando sério e Macau se aproximou dele.

—Foi o Tharn, irmão—Falou com um bico—Achei que ele nunca ia fazer nada contra nós, mas ele nos traiu!

—Eu não fiz nada Vegas!—Tharn falou nervoso—Eu falei para eles não mexeram com o Macau, mas ninguém me ouviu...

—THARN!—O marido do moreno gritou com ele—O que deu em você?

—Vem até mim—Vegas ordenou e como um bom cachorrinho, Tharn se arrastou até ele engatinhando—Good boy—Se agachou e coçou o queixo dele como se ele fosse um cachorro—Eu saio por um tempo e você faz um algazarra—Estalou a língua.

—Me perdoa, eu não queria fazer nada—Murmurou choroso.

—Calma, não precisa chorar—Encostou a cabeça de Tharn em seu peito—Não vai doer, eu prometo.

Tharn fechou os olhos. Vegas tirou a arma da cintura e apontou para o sogro de Tharn que se encontrava chocado com a cena, Vegas atirou na família toda sem que eles tivessem tempo de reagir, deixando apenas o marido de Tharn—Era ele quem comandava a família—Tharn apertou Vegas.

—Não mata ele, por favor Vegas!

—Você escolhe, querido. Me or him?—Um tiro soou e pegou de raspão no braço de Vegas—Ele escolheu ele, Sorry!—Vegas se levantou deixando Tharn no chão ao seus pés—Joe, você é tão inocente—Estalou a língua vendo seus homens segurarem ele—Eu vou te deixar vivo, mas com uma pequena condição.

—Só aceita amor, por favor—Vegas chutou o rosto de Tharn e ele caiu desacordado.

—Ele é muito inteligente, tem sorte que eu não quero ele para mim—Vegas andou pela sala até a garrafa de whisky—Que barato—Fez cara de nojo—O Conselho vai se reunir, quero que anuncie que seu território pertence a mim ou...—Sorriu malicioso—Sua irmã que está no Havaí, pode acabar no meio do mar.

—Você não ousaria!

—Ou seu amante? Fiquei sabendo que ele é um modelo famoso, imagina ele cai e machuca aquele belo rostinho—Vegas mordeu o lábio inferior—Ele tem uma boca tão bonita, deve fazer milagres—Sorriu.

—Eu faço o que você quer!—Vegas andou até ele e fechou a cara batendo com toda a força a arma no rosto de Joe.

—Tharn não merece ser traído, por ninguém, se você continuar traindo ele, eu vou destruir você. Motherfucker!—Vegas bateu com a arma na cabeça dele e ele bateu a cabeça na mesa desacordado—Vamos?

—Vamos—Macau concordou arrumando Tharn no chão—Tadinho, você machucou a boca dele!

—Sério?—Vegas perguntou preocupado.

—Tinha que ver sua cara—O mafioso revirou os olhos puxando Macau pela camisa.

***

Em algum lugar no meio do mar perto de Camboja...

Vegas saiu do barco, o sol começava a querer acordar. Ele inspirou o ar salgado que vinha do mar e andou até sua casa, parou no jardim e colheu com cuidado uma tulipa vermelha e entrou em casa. Macau foi para sua própria casa que ficava na parte subterrânea da casa de seu irmão, então Vegas não precisava se preocupar com seu irmão.

O mafioso entrou no quarto e deixou a tulipa vermelha ao lado de Pete, ele sentou perto do garoto e acariciou o rosto dele—Pete tinha os lábios entre abertos que fazia ele roncar levemente—Vegas sorriu apertando levemente a bochecha dele.

Vegas se levantou e foi para o banheiro, ele abriu o armário e pegou a caixa de primeiros-socorros, ele tirou a blusa e fez careta desgrudando o sangue seco com água. Vegas tomou banho e lavou o braço na pia novamente, tinha começado a sangrar, e suspirou vendo a pia ficar vermelha com alguns pontos alaranjados. Ele ouviu passos e logo um Pete sonolento entrar no banheiro.

—Dói?—Perguntou com a voz rouca de sono coçando os olhinhos feito um bebê. Vegas negou limpando a pia com a toalha—Deixa que eu faço—O mafioso concordou colocando Pete em cima da pia.

O garoto abriu a maleta e começou a limpar o ferimento com antisséptico iodado, Vegas o observava com atenção, vendo sua expressão séria e sonolenta. Pete passou um anestésico e pegou a agulha e o fio de sutura, com cuidado começou a suturar o ferimento de Vegas. Depois de terminar, fez um curativo limpo e seco e afastou suas mãos de Vegas.

Ele levantou o olhar e encontrou o rosto de Vegas a centímetros do seu, o mafioso segurou a nuca dele e o beijou. Não era aquele beijo quente, mas sim um beijo calmo e gostoso. Pete passou seus dedos pelos cabelos de Vegas e os prendeu entre os dedos longos, o beijo transbordava todos os sentimentos dos dois. Pete pôde sentir toda tristeza e raiva que brigava no peito de Vegas. E o mafioso pôde sentir, toda confusão que brincava no coração do garoto.

Eles se completavam e se conheciam tão bem. Vegas finalizou o beijo e encostou sua cabeça no peito de Pete, o garoto acariciou os cabelos do mafioso com carinho e sentiu as lágrimas de Vegas molharem seu peito.

Pete suspirou apertando os olhos, ele não gostava de ver Vegas chorando. Doía.

Submissão-Romance DarkWhere stories live. Discover now