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Na manhã seguinte, o casal teve uma manhã quente e gostosa com direito a três rodadas de muito sexo violento. Depois de um banho nada rápido, eles desceram para o café da manhã. Os dois reluziam de felicidade e seus sorrisos eram de cumplicidade.

O humor de Vegas se esvaiu rapidamente ao ver Arisu sentado na mesa do café, o mafioso suspirou segurando firme a mão de Pete. Vegas beijou a testa de Macau e puxou a cadeira para o namorado se sentar, Pete agradeceu com um sorriso e cumprimentou a todos na mesa. Vegas se sentou entre Macau e Pete e uma mulher veio servi-los.

—Dormiram bem?—Vegas perguntou por educação.

—Muito bem—Arisu respondeu apoiando as mãos na mesa—Seu pescoço está avermelhado, aconteceu algo Senhor Suthanyn?—Pete quase se engasgou com o suco que tomava.

—Estou com alergia, logo passa—Respondeu dando um sorriso falso.

—Seus pulsos estão machucados?—Perguntou fazendo Pete abaixar as mãos e escondê-las debaixo da mesa.

—Não seja desconfortável—Yoshida interferiu—Quando vamos ver as terras?

—Logo após o café—Vegas respondeu.

Macau e Pete se embrenharam em uma conversa agradável ignorando os mais velhos. Vegas tentava segurar a sua raiva—Arisu encarava descaradamente o mafioso e tinha um sorriso malvado nos lábios—Arisu coçou o queixo e passou a língua na parte de dentro da bochecha e sorriu para Vegas.
Depois do café todos se dirigiram para os seus respectivos carros, Macau decidiu ficar na vila resolvendo algumas coisas do Natal que seria daqui dois dias. Pete foi o caminho inteiro em silêncio deixando Vegas desconfortável, ele gostava de ouvir o garoto falar.
Vegas estacionou o carro em frente a um vasto terreno de terra batida.

Pete observou o lugar e desceu do carro depois que Vegas abriu a porta para ele. O garoto olhou ao redor sentindo o cheiro de terra, ele fechou os olhos inspirando fundo e deu um sorriso—Sua avó adoraria aquele lugar—Vegas abriu o guarda-chuva protegendo Pete do sol.

—Eu vou mostrar o terreno, Sky mora naquela casa—Apontou para uma cabana de madeira no final da estrada—Ele deve estar lá preparando doces para as crianças da aldeia, quer ir lá ajudar?—Pete concordou—Eu te levo lá.

—Posso ir andando?—Vegas franziu o cenho—Por favor, o sol não está quente—Fez um biquinho.

—Tudo bem, cuidado para não cair—Deu um selinho demorado em Pete.

Pete olhou Vegas se afastar e sorriu olhando diretamente para a bunda redondinha marcada na calça. Ele balançou a cabeça e começou a andar em direção a casa de Sky, um vento suave balança os cabelos de Pete e algumas flores de Ypê caíam na estrada deixando ela em uma mistura bonita de amarelo e roxo. Pete sorriu estendendo a mão para pegar uma das pétalas de flor.

Pete andou pela estrada coberta de flores até a cabana de madeira, ele bateu na porta e inspirou fundo sentindo o cheiro gostoso de doce que emanava da chaminé da casa. Sky abriu a porta e sorriu revelando seus dentes avantajados.

—Pete, faz tempo que não te vejo—Sky deu espaço para ele entrar—Seus machucados estão bem cicatrizados?

—Sim, eu cuido bem das cicatrizes e elas estão bem clarinhas—Respondeu baixo—Sky, me desculpa por sempre te tratar de forma fria, é que eu vivia de mau humor e acabava descontando em você—Falou envergonhado.

—Que isso! Até eu ficaria mal humorado se alguém fizesse aquilo comigo. Esquece isso—Deu dois tapinhas nas costas de Pete.

—Posso te ajudar?—Apontou para a massa branca que cheirava muito bem.

Sky sorriu concordando. Pete arregassou as mangas e as dobrou acima do cotovelo, ele lavou as mãos e começou a ajudar Sky. Pete gostava de cozinhar, isso o lembrava sua avó—Ele sorriu leve moldando o doce.

—Vegas me contou que vocês estão juntos—As bochechas de Pete coraram—Fico muito feliz por vocês—Sky falou sincero.

—Obrigado.

—Eu e Vegas crescemos juntos, então sempre contamos um com o outro. Acho que eu nunca vi alguém que fizesse ele se sentir tão confortável, ele já sofreu muito—Falou dando um sorriso triste—A competição entre famílias acabou com a essência dele, ele cresceu tendo que se mostrar melhor que seus primos e sempre que ele conseguia ser melhor, o Senhor Korn dava um jeito de rebaixá-lo. Todos acham que Vegas é o vilão por tentar criar seu próprio império...

—Eu não acho—Pete falou baixo.

—Por que?

—Porque eu sempre estivesse cuidando da Família Principal e não acho o Senhor Kinn superior a Vegas, eles tem suas diferenças e não acho justo o que fazem com eles. O Senhor Kinn cresceu assim e é impulsionado a sempre tentar ser melhor por causa dos costumes, Vegas não é diferente, os costumes de rivalidade entre famílias que deveriam se unir, acabaram criando todo o conflito—Sky soltou uma risada leve.

—Você é bom demais para estar no meio de pessoas como nós—Sky olhou nos olhos de Pete—Os costumes corrompem famílias. Por causa de costumes, eu estou aqui e Vegas está aqui. Na ilha só existe três regras:
1°–Esqueça sua origem e seus costumes.2°–Aqui, você não é ninguém, não tem identidade.

3°–Nunca conte a ninguém sobre a ilha.
—Ninguém sabe quem você é, se seus costumes interferirem na sua conduta, não venha para ilha—Sky voltou a atenção para os doces—Eu estou aqui no meio do nada sendo ninguém, mas sou feliz. Vegas se sente assim, aqui ele não é ninguém, não precisa competir com ninguém e ele pode ser ele mesmo.

—O que você quer dizer com tudo isso?—Pete perguntou engolindo em seco.

—Você estaria disposto a esquecer quem você é para ficar com o Vegas?



















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Gente da terra, eu fico um dia sem entrar no wattpad e 2K de visu.
Sou cardíaca e quase tive um infarto.

Obrigado, vocês são incríveis 💜

Submissão-Romance DarkWhere stories live. Discover now