Submissão-Romance Dark

36-Capítulo final

Macau olhou as ondas se quebrarem e sentiu braços macios rodearem sua cintura. O cheiro floral emanou da pele quente chegando até suas narinas e ele deu um sorriso leve sentindo um beijo carinhoso em sua nuca.

—Amor—Saint o chamou amorosamente—Já está na hora de deixar essa culpa de lado...

—Eu sei—Macau puxou o colar de seu pescoço, era a única coisa que restava de seu pai—Acho que deveríamos adotar outra criança—Saint deu risada negando.

Macau jogou o colar no mar e segurou a mão de Saint dando as costas para o seu  o seu passado e contemplou o seu presente que continha um lindo sorriso no rosto enquanto negava a ideia maluca dele. Macau segurou o rosto de Saint e o beijou com amor, ele sorveu o sabor doce dos lábios do marido e sorriu contra os lábios dele.

—Só mais dois?—Pediu manhoso mordendo o lábio inferior de Saint.

—Não—Saint segurou a nuca de Macau—Quem chegar por último vai limpar a casa o resto da semana!

Saint saiu correndo e Macau gargalhou indo atrás dele. Macau amava Saint, o jeito reservado e calado que escondia uma pessoa maravilhosa e incrível que enchia seu coração todos os dias, Saint podia não ser ninguém aos olhos do mundo, mas para Macau, Saint era seu mundo e o oxigênio de sua vida.

—Papai!!—Angel pulou animada e foi carregada nos braços por Saint.

—Vamos se esconder!—Saint entrou dentro da casa e correu com uma Angel sorridente em seu colo.

Cantaloupe que estava sentado no sofá da sala não entendeu nada quando viu o pai e a irmã mais nova correndo com sorrisos sapecas no rosto. Alguns segundos depois Macau passou por ele e logo ele entendeu.

—O jogo vai começar—Prapai tirou a camisa e se jogou no sofá—Coloca no canal!

—Não!

Os dois se olharam ferozmente antes de Prapai avançar em cima de Can tentando pegar o controle.

***

Niragi gargalhou do rosto cheio de pintinhas vermelhas de Phayu. Ele riu tanto que sua barriga doía muito e ele estava deitado no chão enquanto suava muito.

—Oh pai! Olha esse rindo de mim—Phayu falou manhoso se jogando no colo de Vegas.

—Quantos anos vocês tem?

—22!

—21!

—Duas crianças no corpo de dois adultos—Pete colocou a bacia de pipoca na mesinha de centro da sala—Está na hora dos bonitos irem deitar, amanhã é segunda-feira e ambos tem que pegar o barco para ir para faculdade.

—Daddy! Stop please!—Phayu fez careta dando um tapinha na testa de Niragi e levou um chute na barriga—Cavalo!

Pete sorriu vendo os dois se cutucando enquanto sumiam no corredor, ele ainda pôde ouvir um grito minutos depois. Vegas puxou a cintura de Pete e o beijou com amor arrancando o fôlego do atualmente marido.

—Vegas, os meninos ainda estão acordados—Pete advertiu enquanto beijos quentes eram deixados em seu pescoço.

—Obrigado—Pete o olhou confuso—Por me amar e me dar uma família maravilhosa como a nossa, me sinto privilegiado por te ter ao meu lado, o mundo sentiria inveja se soubessem o espetáculo de homem que eu tenho ao meu lado—As bochechas de Pete coraram e Vegas as beijou com carinho—Mesmo que você tenha visto meu pior lado, você amou todos os meus demônios e me trouxe de volta para a realidade, Pete, já fazem doze anos e sete meses que estamos juntos e eu espero envelhecer e morrer ao seu lado.

—My love...

—Bunny, eu não sei descrever o quanto eu amo você e te quero ainda mais todos os dias, sempre que eu acordo e te vejo ao meu lado, eu te amo ainda mais—Vegas beijou a bochecha de Pete quando as lágrimas caíram pelo rosto macio do garoto nem tão garoto assim—As pessoas nunca entenderiam nosso amor, eu me tornei submisso ao seu amor, eu não tenho vergonha de dizer que eu beijaria seus pés se me pedisse—Vegas fez careta e Pete riu—Amar você e nossa família, é a única coisa que me faz feliz.

—Eu te amo tanto Vegas, amo mais do que tudo—Pete abraçou Vegas escondendo seu rosto no pescoço dele—Te amo muito, e quero morrer ao seu lado, não importa como chegamos até aqui—Pete tocou a cicatriz no peito de Vegas por cima da camisa—O que importa é que estamos juntos e nos amamos!

—I Love you my Bunny—Beijou Pete.

—Agora, beija meu pé—Vegas gargalhou deitando Pete no sofá.

Pete gargalhou enquanto Vegas distribuía beijos pelo corpo dele enquanto fazia cócegas na barriga de Pete, até que os beijos chegaram ao pé de Pete, Vegas fez um careta e deu um beijinho fingindo nojo. Pete empurrou ele com o pé e o mafioso riu dele.

—PAI! OLHA ESSE PERTUBADO DO NIRAGI!!—Phayu gritou no corredor.

—PAI! ELE ME BATEU!!

Vegas revirou os olhos e Pete gargalhou.

A família deles era assim, maluca, improvável, cheia de marcas, cheia de histórias e com um passado marcante, mas ainda sim, todos se amavam incondicionalmente e o mais importante de tudo, estavam ali um para o outro nos dias difíceis e tristes.

Só o amor bastava para eles e nada mais.

Vegas se encostou no batente da porta observando Pete conversar com os filhos enquanto colocavam dois marmanjos na cama, Niragi abraçou o travesseiro e fechou os olhos quando recebeu um beijo de seu pai na testa. Pete arrumou os cabelos longos de Phayu para que ele ficasse confortável para dormir e deu um beijo na testa do garoto.

Ambos os garotos dormiram rapidamente e Pete saiu do quarto com cuidado e foi abraçado por Vegas.

—Eles só crescem de tamanho—O mafioso falou aspirando o cheiro gostoso do shampoo dos cabelos do amado.

—Ainda são nossos bebês—Pete sorriu acariciando o rosto de Vegas—Essa é a hora que você me pega no colo e vamos para o quarto transar feito loucos.

—Ata, Sorry!

FIM...