Capítulo 29

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Quinze dias depois...

Sinto um peso em cima de mim e abro os olhos rapidamente. Sorrio quando escuto aquela risada doce.

— Bom dia, Manu! Eu estou muito feliz! — Exclama Clara toda contente.

— Bom dia, princesa.

Desde o início da semana ela ta assim, empolgada. Amanhã é sexta-feira e ela está muito feliz porque é seu aniversário de 7 anos. Gustavo me deixou responsável por toda organização da festa, nada pode dá errado.

Começarei hoje à arrumar toda decoração da festa. Para que amanhã dê tempo de deixar a mini Elsa prontíssima para sua festa à fantasia.

Ela implorou ao pai para fazer uma festa à fantasia, pois ela quer muito se transformar e ser a Elsa, do filme frozen. Isso é demais! Esse filme é lindo. Eu gosto muito.

Só ainda não decidir que fantasia vou usar. Tenho várias opções, mas só preciso de uma. Odeio ser indecisa.

Falei com Gustavo e ele permitiu que eu convidasse meus amigos, afinal, o que pode dá errado?

Me direciono a mesa para tomar o café da manhã e Gustavo já está na mesa. Bebendo o café e concentrado na tela do notebook a sua frente.

— Bom dia, Gustavo. — Puxo a cadeira para Clara sentar.

— Bom dia, Manuela. — Fecha o notebook. — Como está? Dormiu bem? — Me olha.

— Estou bem e você? Eu dormir muito bem, obrigada. — Sorrio.

— Tirando alguns assuntos chato da empresa, estou perfeitamente bem. Preparada pra hoje? — Respondo com a cabeça acenando. — Eu decidir não ir à empresa hoje. Ficarei aqui para lhe ajudar, caso precise.

— Nossa! Sim. Claro. Toda ajuda é bem vinda. — Sorrio.

Gustavo se levanta e vai em direção ao escritório. Após eu e Clara terminarmos nossa refeição, dona Aurora tira a mesa.

Quando chamei o motorista para nos levar à confeitaria, Gustavo aparece e o dispensa. Com um look muito diferente do que ele costuma usar. Primeira vez vendo ele vestido assim. Com uma bermuda jeans, uma camisa e um par de tênis.
Até que ele fica mais bonito assim. Afasto esses pensamentos e entro no carro.

Durante o trajeto eu fui vendo e conhecendo mais Seattle. Gustavo dirigiu bem devagar para que pudesse me mostrar mais de Seattle.

Quando chegamos na confeitaria, eu fui encomendar os doces e o bolo de oito andares que a aniversariante pediu.

Seguinte, fomos encomendar os salgados e comprar os balões e os convites. E por fim, compramos a decoração e Gustavo contratou por algumas horas, dois homens que trabalham na loja, para colocar cada enfeite em seu devido lugar. Assim, tenho menos trabalho.

***

A tarde eu fui junto com Gustavo e Clara entregar todos os convites. Saimos de casa às 13:40 e voltamos às 17:28. Sim, demoramos muito. A cada casa que a gente passava, os donos chamavam para beber algo. Como um chá, um café, um suco ou água.

Estou feliz pela minha prima está tentando algo com Josh, mas uma coisa que não sai da minha cabeça, é o que eu ouvir naquele dia, a conversa dele com Laura.
Eu preferir, por enquanto, não contar nada a Thessa. Não até eu ter certeza do que se trata.

Agora estou me arrumando para sair com Alex. A gente conversamos e decidimos nos conhecer melhor. Só espero que eu não saia dessa machucada.
Recebo uma mensagem dele e saio.

"Cheguei, gata."

Entro no carro e já posso sentir o cheiro dele. Ele vem pra cima de mim e a gente se beija. Um beijo cheio de desejos, eu o quero e posso sentir que ele me quer.

— Você está linda, não vejo a hora de poder tirar esse vestido, fica mais linda sem. — Mordisca minha orelha.

Ele volta pro banco e começa a dirigir.

— Pra onde você ta me levando?

— Quando chegar lá, você vai ver.

O caminho todo a gente foi compartilhando fatos sobre si mesmo. Fico feliz por ter conhecido mais sobre ele.
Depois de quase uma hora, chegamos a um restaurante.

Ele desce e abre a porta para mim. Entramos e a primeira coisa que percebo é que o ambiente é muito chique, estou me sentindo um ser muito pobre ao redor de muita gente rica. Eu mato Alex!

— Tem certeza que aqui é o lugar? Pelo amor de Deus Alex, vamos para outro.

— Vamos ficar aqui mesmo, esse restaurante é muito difícil de conseguir uma reserva e agora que consegui, não vou desperdiçar. — Bufo.

Sentamos na mesa que ele reservou e de entrada pedimos uma garrafa de champanhe. Continuamos conversando e depois disso esqueci completamente a vergonha que estava setindo no início, sinto que com ele eu posso ser eu mesma.

Alex pediu por ele e por mim, pois eu não sabia o que pedir, não fazia a menor ideia.
De repente começo a tossir e ficar vermelha. Alex levanta rapidamente e me dar um copo d'água.

Mal consigo beber a água, não paro de tossir, mas quando paro, não hesito em beber.
Minha pele está avermelhada e com alguns caroços. Não sei qual é o motivo.

— Vem, vou lhe levar pro hospital.

***

— O que ela tem, doutor?

— A senhorita Manuela Martins tem alergia a escargot. Recomendo ela usar na pele, essa pomada. — Me entrega a receita.

No caminho de volta para casa, um silêncio tomou conta da gente, não sei o que dizer, estou morrendo de vergonha. Passo numa farmácia e compro a pomada.

— Olha, é, desculpa por isso, eu não sabia que eu era alérgica, nunca tinha comido isso antes. Estraguei a noite, né? — Sorrio fraco.

— Tá tudo bem, relaxa. — Me tranquiliza. — A noite está só começando, linda. — Pisca o olho.

Aquele OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora