Capítulo 20

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Vou direto para o quarto e procuro por uma roupa rapidamente. Vou para o banheiro faço minhas higienes, tomo banho, me visto, penteio meu ninho de pássaro e estou pronta.

Na sala avisto Alex, Thessa e Sofya sentados no sofá conversando, pensei que ele já tivesse ido.

— Vou te levar. — Diz Alex ao me ver.

— Ah... Tá bom. — Concordo.

Passo pelas meninas e sussurro um "Depois eu conto tudo". No meio do trajeto estávamos sem trocar uma palavra, mas depois ele quebra aquele silêncio entediante.

— Vai trabalhar fazendo o quê? — Me olha.

— Vou ser babá. — Olho para ele.

— Sério? Minha nossa! Boa sorte. É muito chato cuidar de crianças.

— Eu discordo. As crianças são adoráveis. — Sorrio.

— Acho que você vai ser uma boa mãe. — Comenta do nada.

— Por que? — Interrogo confusa e dou uma risadinha.

— Quando você toca no assunto nasce um brilho nos seus olhos. — Alex responde e eu sorrio.

***

Conseguir chegar a tempo de acordar Clara, mas por pouco não me atrasei. Como maioria das crianças, Clara foi muito difícil de querer sair da cama cedo, mas nada que eu não pudi resolver.

Falei que a tarde a gente iria passear e tomar sorvete, golpe baixo, mas funcionou perfeitamente. Criança sendo criança.

Arrumei ela e levei até o carro para o motorista levá-la para a escola.  Em seguida fui até a cozinha atrás de algo para comer.

— Hum, que cheiro bom dona Aurora. — Digo após entrar na cozinha.

— É bolo, acabei de fazer. Quer experimentar?

— Claro, estou com muita fome. — Dou uma risada fraca.

Comi três fatias acompanhado por um copo de suco de limão. O bolo é de cenoura com cobertura de chocolate e está uma delícia, mas não é melhor do quê o da minha tia Cláudia.

Minha tia é boleira uma das melhores. Até ela abrir a loja tia Cláudia vendia bolos em casa, e eu junto com Thessa a ajudava com as entregas.

Saio dos meus pensamentos com a voz de Gustavo chamando pelo meu nome. Ele está com um paletó preto e uma mala na mão direita.

— Oi Gustavo, desculpas estava perdida com os meus pensamentos. Quer alguma coisa?

— Não Manuela, só vim verificar se você veio mesmo.

— Ué, eu disse que vinha, aceitei o emprego e aqui estou. Por que acha que eu não iria vim?

— Muito difícil alguém aceitar ser babá. Demorei muito tempo para achar alguém que aceitasse cuidar de Clara.

Sussurro um "Ah" e ele sai a caminho da empresa como o mesmo disse.
Limpo o que sujei e fico conversando com dona Aurora a espera de Clara.

Aquele OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora