Capítulo 4

125 54 54
                                    

Ela estaciona o carro em frente de uma casa super enorme e linda.
De dentro do carro com os vidros fechados podia ouvir o som alto. Muitas pessoas estavam na frente bebendo e dançando.

— Seu amigo deve ser bem rico né? Pra ter essa casarona. — Comenta Theresa.

— O pai dele é rico.

— E ele deixou fazer festa? — Pergunto indignada.

—  O pai dele nem sabe que ele faz festas, ele costuma fazer quando seu pai viaja.

— Ata. — Minha última palavra antes de descer do carro.

Assim que nós descemos percebi todos os olhares em cima da gente.

Que vergonha!

Vivo falando que minha prima é tímida, mas eu sou também. Não sou cem por cento igual ela, suponho que uns cinquenta por cento.

Quando entramos na casa muitas pessoas começaram a olhar.

Bando de curiosos.

A casa está bem lotada.

— Vocês vão beber o quê? — Sofya pergunta alto por conta do som.

— Skol beats.

— Eu vou querer uísque. — Falo alto.

— Tá, fica aqui me esperando, não vou demorar. — Sai.

Como eu não sou nada curiosa, percorri meu olhar pela casa inteira. Na sala tinha uma pista improvisada com várias cu secos dançando, tem uns zé droguinhas bêbados, umas minas com poucas roupas, quase nua e na escada só tinha gente se pegando.

— Oi linda, tá sozinha? — Um cara provavelmente bêbado pergunta para minha prima.

— Não, tô com minha namorada. — No mesmo instante ela me puxa pelo braço.

Minha vontade de rir é grande mas seguro o riso.

No momento que ela falou isso, o cara fez uma careta e saiu.

Nós não aguentamos e rimos assim que ele saiu.

— A cara dele foi a melhor. — Rio.

— Que foi hienas? — Sorri.

Entrega a skol beats pra Thessa e um copo de uísque para mim.

— Você não vai beber? — Vejo que ela não pegou bebida para si.

— Vou agora buscar.

Sai e nos deixa ali paradas.

— Vamos dançar? — Concorda.

Enquanto nós dança só recebemos vários olhares de garotos e algumas recalcadas.
Paro de dançar no momento que sinto um líquido na minha roupa.
Olho pra trás e vejo dois caras brigando, um ruivo sóbrio e um moreno descamisado totalmente bêbado.

— Mexe com minha namorada de novo pra tu ver aonde tu vai parar, seu mané. — O ruivo fala e sai deixando o outro caido no chão.

— Olha o estado da minha roupa. — Falo indignada. — Preciso ir ao banheiro.

— Mas você não sabe onde é.

— Eu procuro ué.

Saio no meio da multidão a procura de um banheiro, coisa que não vai ser fácil. Vou para o andar de cima e tem cinco portas.

Aff! Que porta é o banheiro?

Abro a primeira e vejo um casal se pegando na cama. Faço uma careta mas eles não me vêem ali.

Não sabe trancar a porta.

Abro a segunda e fico impressionada com o que eu vejo. É uma biblioteca grande e linda, tem muitas prateleiras cheia de livros. Vou até uma e fico sorrindo olhando os livros.

Se essa biblioteca fosse na minha casa eu nunca sairia dela.

Dentre os livros que os meus dedos percorrem, avisto O Morro dos Ventos Uivantes e Como Eu Era Antes de Você.

Uns dos meus favoritos.

— Quem é você? E o que está fazendo aqui? — Um garoto entra.

Aquele OlharWhere stories live. Discover now