Capítulo 8

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— O que você tá fazendo aqui? — Pergunto.

Jesus! Que pergunta mais besta.

— Se você não percebeu aqui é o banheiro masculino. — Sua fala soa como ironia.

— Tenho problema de visão. — Falo com ironia.

— E será que minha imagem melhora sua visão? — Se aproxima de mim.

Melhora e muito.

Odeio Marilda.

— Eu preciso voltar para a mesa. — Tento sair mas ele me prensa na parede, impedindo que eu saia.

— Ninguém tá sentindo tua falta. — Fala no meu ouvido me causando um arrepio.

Por que sempre que estou perto desse homem meu estômago parece que vai revirar? Um frio toma conta de mim e sempre que meus olhos encontram o dele, meu olhar fica preso no seu.

Argh! Odeio isso.

Esse cara deve ter algum poder sobre mim, só pode.
Ele é tão lindo! Esses olhos dele, Essa boquinha, aí meu Deus!

Quê isso? Eu não estou me reconhecendo.

Uma vontade enorme de beijar essa boca me surge, mas preciso me controlar, não quero roubar beijo de ninguém, principalmente dele.
Excluo esses pensamentos da minha cabeça e colo sua boca na minha.

Ele aperta minha cintura e me puxa para mais perto de si.
Uma mão vai para o braço dele e outra para o cabelo.

Esse beijo tá sendo igual ferro elétrico, liga em cima e esquenta em baixo.

Safadinha.

Já disse que eu odeio Marilda?

Volto a realidade e olho a burrada que estou fazendo.
Empurro ele com força e começo a surtar.

— Por que você fez isso?

— Começa a surtar não porque foi você que me beijou.

— E por que tu retribuiu, hum? — Ponho as mãos na cintura.

— Não sou gay.

— Idiota. — Caminho em direção da saída.

— E tu é uma doida. — Passa por mim e me empurra de lado.

Argh! Odeio esse garoto. Não quero vê-lo nunca mais.
Volto a mesa e todos olham para mim.

— Perderam alguma coisa aqui?

— Seu batom tá borrado.

Puts! Alguém precisa ser mais cuidadosa.

Pronto! Era só o que estava faltando para acabar com minha noite.

Aquele OlharWhere stories live. Discover now