Capítulo 17

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— Cadê aquele Alexandre rude? — Pergunto do nada.

— Talvez ele tenha cansado de ser assim. — Fico calada.

Duvido! Depois ele vai tá aí surtando comigo e eu fazendo a mesma coisa. Às vezes a gente se parece com o fogo e a água.

Ele estaciona o carro no meio do nada, olho em volta e só tem árvores. Aí Deus! Será que ele vai me matar?

— Fica calma Manu. Eu não vou lhe matar. — Só pode ter poder de ler pensamentos.

— Viemos fazer o quê aqui?

— Vou te mostrar, vem. — Começa a andar e eu lhe sigo.

Depois de uns dois minutos, eu acho, chegamos numa cachoeira.

— Uma cachoeira? — Pergunto com ironia.

— Aqui é meu lugar favorito. Venho aqui sempre quando quero ficar sozinho, esse lugar me trás paz. — Se senta no chão.

Olhando bem é um lugar simples mas ao mesmo tempo é bonito e com os sons dos pássaros dá pra relaxar.

Ele começa a tirar seu tênis, sua calça jeans e depois a camiseta preta e fica só de cueca. Fico de olhos arregalados ao ver o volume de seu amiguinho e tampo meu rosto com as mãos.

— Vamos nadar Manu. — Ouço o barulho da água. — Tire as mãos do rosto sua boba.

— Não, obrigada. — Olho a redor do local.

Olho para a água e não avisto ele, me levanto já desesperada. E agora o quê que eu vou fazer? Não posso entrar na água, não sei nadar.

— Alex. Alex, cadê você? — Grito mas não ouço respostas.

É o jeito, tenho que fazer isso.
Tiro minha roupa e fico de sutiã e calcinha. Que vergonha.

Pulo na água e vou pro mesmo lugar que ele estava.
Me arrependo na hora de ter entrado nessa bendita água.

O lugar é fundo e começo a engolir bastante água, fico batendo os braços e quando ia desmaiar ou morrer, talvez, esse idiota surge de baixo d'água.

Ele me pega nos braços e me tira da água. Me coloca deitada no chão.  Começo a tossir bastante e por alguns minutos, eu me recupero e estou mais que pronta pra falar várias coisas para esse... esse... Há, não importa.

— Mano, tu é doente? Eu podia ter morrido afogada. — Grito.

— Não vem dá uma de doida. Você por acaso me falou que não sabia nadar? Não. — Bufo.

Pego minha blusa, meu short, minha sandália e começo a sair daquela cachoeira.
Ele me puxa pelo braço e me leva de volta.

— Será que dá pra me deixar em paz? Que saco! — Bufo.

— E será que você dá pra parar de bufar? Tá parecendo um cavalo bufando. — Mando o dedo do meio pra ele.

Tento me manter séria, mas sem sucesso. Começo a rir descontroladamente.

Aquele OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora