Capítulo 11

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Affs! A fome me acompanha sempre.
Vou na barraquinha que tem ali peço um hot dog e uma latinha de refrigerante.
Confesso que nenhum hot dog de outro país, substitui o do Brasil.
Com o calor que está fazendo nada melhor que um belo sorvete.

Assim que pago o moço vou sentar num banco da praça, que tem a vista em direção a vários brinquedos para crianças.
Ah gente! Cada criança linda que dá vontade até de ter uma.

Ué, falta de homem não é.

Ignoro meu subconsciente.

Tão rápido esbarro em alguém e acabo caindo.
Affs! Perdi meu sorvete, droga!

— Me desculpas eu não a vi. — Escuto uma voz grossa perto de mim.

Olho para o indivíduo e é um homem forte, alto, de olhos castanhos e bem atraente.
O quê que um homem de terno e gravata faz no parque de diversão?

— Desculpas também pelo o sorvete, se quiser eu compro outro. — Estende a mão para me levantar.

— Não tudo bem, não precisa. — Por fim falo.

— Você se machucou? — Balanço a cabeça negativamente.

— Papai! — Uma garota vem e o abraça. — Quem é papai?

Que princesa linda! Ela tem olhos castanho igual o do pai e cabelo cacheado. Acho que deve ter uns cinco anos.

— Eu não sei filha. — A pega no colo.

— É... Eu sou Manuela e você pequena?

— Oi eu sou Clara. — Sorri. — Não vai perguntar o do meu papai?

Fico totalmente sem graça.

— Como o senhor se chama? — Solto uma risadinha fraca.

— Meu nome é Gustavo, Gustavo Diniz. E não precisa me chamar de senhor, não sou tão velho assim. — Rir.

Que sorriso!

— Tudo bem. — Sorrio.

— Papai eu vou brincar, convide a moça para sentar. — Desce do colo e ponha as mãos na cintura.

— Quer sentar? — Concordo. — Desculpas pela minha filha.

— Tudo bem, ela é uma graça. — Sorrio.

— O que faz aqui no parque sozinha?

— Eu não estou sozinha. Eu estava a procura de um emprego mas não achei então decidi vim.

— Seu namorado deve está a sua procura. Que coincidência, eu estou a procura de uma babá para Clara, trabalho demais e acabo sem tempo para ela.

— Não, não é namorado, eu não tenho, vim com minhas amigas. —  Sorrio. — Nossa! — Ponho as mãos na boca.

— Aceita o emprego? — Estende a mão.

— Claro! Preciso muito. — Damos um aperto de mão.

— Ótimo! Amanhã vá nesse endereço e acertamos tudo. — Me dá um cartão.

Nossa senhora! Que sorte!
Pela primeira vez vou trabalhar, e ainda melhor, como babá. Eu amo crianças.
Clara aparece novamente pedindo para ir pra casa.

Sou pega de surpresa quando recebo o convite por ele para almoçar em sua residência. Nem penso duas vezes e aceito.

Aquele OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora