Capítulo 12

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Envio uma mensagem de texto para Thessa.

"Você não vai acreditar. Conheci meu chefe e estou indo pra casa dele, depois te conto tudo, beijos."

O trajeto todo eu fui conversando com Clara e fiquei um pouco sem graça com os olhares de Gustavo sobre mim.

Observo que o caminho pra sua casa é muito longe.
Pronto! Tô ferrada. Terei que pegar táxi ou ônibus todos os dias.

— Você mora aonde, Manu? — Clara pergunta.

— É... Eu não sei informar muito bem. — Rio.

— Por que? Você não sabe ler? — Me olha  confusa.

— Não é nada disso. —  Rio. — É que faz pouco dias que estou morando aqui.

— Ata. Você morava antes aonde?

— No Brasil. — Sorrio. — Só estou aqui por um tempo. Eu sempre quis vim conhecer Seattle, é um sonho realizado está aqui.

Não consigo passar um minuto sem sorrir para essa coisa pequena e fofa.

— Se refere a garota ou o deus grego?

Xiu. Cala a boca Marilda.

— Pela primeira vez estou falando com uma brasileira. Uma brasileira bonita e fala muito bem o inglês. — Me olha. — Espero algum dia ter a oportunidade de conhecer o Brasil.

— Obrigada Gustavo. É... Sua esposa não ficará  brava por está levando uma desconhecida pra casa? — Do nada pergunto.

— Tu é lerda mesmo em. É claro que ele não é casado, porque se fosse não levaria você, anta.

Mas isso não é um problema.

— Eu sou viúvo. Minha esposa faleceu após o parto, era uma gravidez de risco.

— Nossa! Eu sinto muito. Desculpas, eu não sabia.

— Tudo bem.

Olho para Clara e a vejo com a cabeça baixa. Eu e minha boca grande.
Pego e coloco no meu colo.

— Manu me abraça. — Pede.

— Claro princesa.

— Manu?

— Oi. — Sorrio.

— Eu te amo. — Olha nos meus olhos.

Ah gente! Que fofa! Não sei o que dizer então só fico sorrindo igual uma boba.
Já sei que vou me dá muito bem com Clara.

— Você não quer casar com meu papai, Manu? — Me assusto.

Fico totalmente sem fala. Alguém me tira daqui. Estou morrendo de vergonha.

— Clara! Minha filha, pare de falar bobagem.

— Manuela, desculpas, ela é muito tagarela e fala muitas coisas sem sentido.

— Enfim, crianças. — Sorrio.

— Prefiro Manu do quê Ysabella, aquela vaca. — Cruza os braços.

— Assunto encerrado, Clara. — Ele olha sério pra ela.

Ele estaciona o carro na garagem e eu desço acompanhada por Clara.
Que casarão, senhor!

Ao sair da garagem avisto um jardim muito lindo.
Não sou Alice, mas me sinto no país das maravilhas.

— O jardim é o meu lugar preferido, Manu. — Diz Clara e pega na minha mão.

— Ele é muito bonito. — Estou de boca aberta.

Entramos na casa e fico com os olhos arregalados. Quantos móveis chique.
A sala é muito grande e nela tem uma escada que vai pro andar de cima.

Fomos pra sala de jantar e Gustavo chama por uma mulher chamada Dona Aurora.
E logo a mulher aparece na sala.

Aquele OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora