Capítulo 21

67 41 28
                                    

Uma semana depois...

A semana passou voando, coisas que dava para acontecer dentro de um mês aconteceu em uma semana.

A minha primeira semana no trabalho ocorreu bem, menos a parte que Gustavo ficava me olhando com um olhar estranho, enquanto eu contava histórias para Clara dormir.

Esse cara às vezes ele é misterioso.

Sofya e Lamar continua os mesmo, não param de ser fofos. Vivem pra lá e pra cá um grudado no outro.

Minha prima andou ficando com Josh, mas não foi uma ou duas vezes, foram cinco vezes. Isso mesmo, cinco. Eu disse que ia da rolo, num disse?

Na primeira vez ela disse que aquilo era só uma ficada. Na segunda, ela comentou que não era pra ter acontecido. Na terceira... falou a mesma coisa da segunda. E nas últimas vezes, disse que foi só um deslize.

Então é sinal que ela gostou né? Ai gente, já shippo.

Felizmente, ela conseguiu um emprego sendo garçonete num restaurante.

Bom, eu e Alex saimos no final de semana, ele me levou para a casa dele, mas não aconteceu nada demais, só assistimos série e comemos brigadeiro.

Confesso que não queria sair do lado dele, mas tive por conta do trabalho. Eu me sinto bem, perto de Alex. Mas eu tenho que tomar cuidado, porque não posso correr o risco de me apaixonar...

Aproveitei esse final de semana livre em casa para falar com a minha mãe. Minha mãe não parou de falar sobre o cara que está conversando, meu Deus!

Com certeza eu puxei o lado grudento da minha mãe. Me apego demais as pessoas, odeio isso.
Sempre acabo me iludindo no final, e a minha mãe vai acabar assim também.

Óbvio que não sou vidente, mas pessoas que se apega demais, sempre se fode. É a minha opinião em relação a esse fato.

Hoje é quarta-feira e eu ainda não arrumei minhas coisas no quarto num qual eu estou dormindo. No meu primeiro dia de trabalho, acabei esquecendo as minhas coisas e tive que ir pegá-las. O meu quarto está uma bagunça e tanto.

— Manuzinha... — Entra no meu quarto.

— Oi pequena, o que quer? — Pergunto.

— Já que não tem aula pra mim, você deveria me levar para passear. — Entorta o pescoço e sorri.

— A senhorita tá muito abusadinha em. — Ponho ela deitada na cama e faço cócegas.

— Ha, ha, ha, para Manu. — Fala rindo.

Sinto a presença de mais alguém no quarto, olho para a porta e Gustavo está ali. Com um sorriso cativante no rosto. Olha para Clara e depois para mim.

— Me desculpe pela a bagunça senhor. — Cato algumas roupas que está no chão e coloco dentro de uma caixa de papelão.

— Não me chame de sonhor, eu já te disse. Eu não me importo com a bagunça, está tudo bem.

— Papai, Manu não quer me levar para passear. — Faz carinha de cachorro abandonado.

— Por que não, Manu?

— É que... Eu pensei que... O senhor podia não concordar. — Gaguejo mas sorrio fraco.

Gustavo balança a cabeça negativamente rindo e vem em minha direção. Aí meu Deus! Acho que vou ter um infarto, meu emprego vai acabar, ah não...

— Não precisa ter medo de mim, Manuela. Jamais vou te dar uma bronca. — Parece que ele leu meus pensamentos. — Mas por que não dá um passeio? A manhã está linda. Vão se arrumar vocês duas.

— Eba. — Bate palminhas.

Acompanho Clara até seu quarto e a coloco no banheiro. Dou banho na mesma e lavo o seu belo cabelo.

Assim que acabo pego uma saia jeans e uma blusa preta que nela tem escrito:

"Dreams don’t work unless you do." (Os sonhos não funcionarão a menos que você faça.) Faço mais outras coisas e vou em direção ao meu quarto.

***

Optei por um macacão jeans e uma sapatilha branca. Prendi o cabelo num coque com alguns fios solto, e passei um batom rosa claro.

— Manu como sempre arrasando. — Rir.

— Não exagera Clara.

Entramos no carro e fomos em direção a uma lanchonete. Já melhorou o meu dia.

Aquele OlharWhere stories live. Discover now