𝕿𝐇𝐄 𝐖𝐈𝐍𝐓𝐄𝐑 𝐈𝐒 𝐂𝐎𝐌𝐈𝐍𝐆

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       𝕺 𝐈𝐍𝐕𝐄𝐑𝐍𝐎 𝐄𝐒𝐓𝐀́ 𝐂𝐇𝐄𝐆𝐀𝐍𝐃𝐎

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𝕺 𝐈𝐍𝐕𝐄𝐑𝐍𝐎 𝐄𝐒𝐓𝐀́ 𝐂𝐇𝐄𝐆𝐀𝐍𝐃𝐎. Ao menos, era isso que os nortenhos diziam a cada noite fria que os envolvia.

Anya não entendia plenamente aquele ditado. Como poderia uma estação que já estava sobre eles, estar ainda por chegar? Era comum recitarem isto quando o verão estava vigorando, pois como bem sabia, um longo verão sempre era sinal se um longo inverno. Mas o inverno já chegara, tanto no norte como em todo o continente. Ela não fazia ideia por que continuavam a dizer, mas achava muito misterioso a forma no qual recitavam aquilo, como se lhes dessem um aviso.

Como se soubesse algum segredo oculto e tentassem por alarmar a todos por enigmas.
De toda forma, a princesa gostava da neve e do gelado vento cortante que embainhavam Winterfell naquela época. Diferentemente de sua mãe, que detestava geada, ela se agraciava com a visita a cidade, e apenas um grosso casaco de pele de urso lhe era suficiente para que conseguisse trilhar por entre a densa branquidão sem tremer. Nem o frio nem o fogo pareciam incomodar a prole do dragão.

Anya já estava no norte faziam alguns dias, e esta mesma tarde já iria embora, encerrando enfim sua jornada que vinha fazendo por várias cidades de toda Westeros ao longo dos últimos meses, conhecendo todos os sete reinos. Havia decido fazer aquilo não muito tempo atrás, isto é, realizar o sonho de sua vida que era conhecer todo o continente, indo nas principais cidades de cada região. Ideia essa que fora endossada por Daemon, com leve relutância de sua mãe, é claro, que temia uma atividade daquele porte sendo realizada sozinha por uma jovem. Mas até mesmo Rhaenyra sabia por experiência própria que se sua filha esperasse muito, logo as ocupações e ofícios da vida adulta lhe roubariam todo o tempo que possuía para conhecer o mundo, algo que também sempre fora de seu almejo. Para tanto, permitiu, e Visenya partiu sobre seu fiel dragão Canibal, deixando as Terras da Coroa e voando primeiramente para as Terras da Tempestade dos Baratheons, onde fora recebida pelo orgulhoso Lorde Boros. Depois seguiu para VilaVelha, cidade dos Hightowers, encontrando seu tio, o príncipe Daeron Targaryen. Foi então para a As Campinas, dos Tyrell, seguindo depois para as Terras Ocidentais, pertencente a casa Lannisters, depois para As Terras Fluviais, sede da casa Tully, para o Vale de Arryn, da casa Arryn, As Gêmeas dos Frey, e finalmente o reino do Norte, dos Starks. Conhecera uma dezena de cidades, diversos nobres de casas grandes e vassalas, que a receberam muito bem e mostraram muito de suas cidades e cultura, mas de longe, a que mais estava apreciando era sua última estadia. Anya gostava do jeito nortista de ser e viver, e pensou consigo mesma que teria sido muito feliz ali, caso tivesse se casado com Lorde Cregan.

Mas a vida seguia da forma que deveria.

Com seu arco ainda em mãos e aljava nas costas, a princesa Visenya Velaryon, agora com dezesseis dias de seu nome e já não mais portando traços excessivos de menina, mas sim de moça madura, seguia o lorde protetor, sor Cregan Stark, e seus vassalos por entre as florestas geladas do norte. O homem, belo e robusto, de cabelos negros e olhos claros, embainhava na mão dominante a espada lendária de sua casa, Gelo, feita de aço valiriano, que se encontrava completamente suja de sangue fresco, que pingava gotas vermelhas pela neve alva. Em sua mão esquerda, segurava as rédeas de seu cavalo, que estava a carregar um veado morto atado a diversas cordas. Era o animal que encontraram em sua caça, esporte que ambos descobriram ter o gosto em comum. O animal tivera o peito golpeado por Gelo, mas em seu olho direito, estava cravada a fiel flecha de Anya, a Caçadora de Sangue. Lorde Cregan parecia muito satisfeito, calmamente fazendo seu retorno ao castelo ao lado da convidada, alguns homens de sua confiança e de seu grande lobo cinzento que o acompanhava chamado Longnight, no qual já estava muitíssimo acostumado com a presença de Visenya, dado ao tempo que menina estava ali. Entretanto, assim como Cregan, a princesa de Pedra do Dragão também possuía companhia: em seu ombro, um pequeno bebê dragão, com tons vermelhos carmim e detalhes dourados como ouro, se ancorava silenciosamente, alçando voo por algumas vezes, mas sempre retornando ao mesmo local, como se ali fosse seu ninho.

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐃𝐑𝐀𝐆𝐎𝐍 - 𝘁𝗵𝗲 𝗵𝗼𝘂𝘀𝗲 𝗼𝗳 𝘁𝗵𝗲 𝗱𝗿𝗮𝗴𝗼𝗻Where stories live. Discover now