𝕲𝐎𝐃𝐒 𝐒𝐀𝐕𝐄 𝐓𝐇𝐄 𝐊𝐈𝐍𝐆

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       𝕬 𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄 𝐐𝐔𝐄 𝐀𝐍𝐓𝐄𝐂𝐄𝐃𝐄𝐔 𝐨 𝐭𝐫𝐢𝐛𝐮𝐧𝐚𝐥 𝐟𝐨𝐫𝐚 𝐛𝐚𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐟𝐫𝐢𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨𝐬 𝐩𝐚𝐝𝐫𝐨̃𝐞𝐬 𝐝𝐚 𝐜𝐚𝐩𝐢𝐭𝐚𝐥, e com o frio, vinha a melancolia

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𝕬 𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄 𝐐𝐔𝐄 𝐀𝐍𝐓𝐄𝐂𝐄𝐃𝐄𝐔 𝐨 𝐭𝐫𝐢𝐛𝐮𝐧𝐚𝐥 𝐟𝐨𝐫𝐚 𝐛𝐚𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐟𝐫𝐢𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨𝐬 𝐩𝐚𝐝𝐫𝐨̃𝐞𝐬 𝐝𝐚 𝐜𝐚𝐩𝐢𝐭𝐚𝐥, e com o frio, vinha a melancolia.

A princesa Visenya estava assentada sobre a poltrona de seu antigo quarto, que ainda, depois de três anos que esteve por ali, não havia mudado em absolutamente nada. Apenas algumas poucas velas queimavam no recinto, gerando uma breve luz pálida localizada ao redor dela. Pela janela, a vista de Porto Real se fazia iluminada em meio ao breu de quase meia noite, e ela observava a cidade com certa ternura, que ficava linda sob a forte chuva que caía. Era engraçado, pensou, morara por quase toda a vida na fortaleza vermelha, mas jamais andou pelas ruas da cidade a pé, como fazia em Pedra do Dragão. A vista, mesmo que visualizada milhões de vezes, era de um local completamente desconhecido para ela. Não conhecia as pessoas, os estabelecimentos, a vida por ali, e julgou que nem sua mãe e muito menos seus tios... talvez nem seu avô, o próprio rei, tenha jamais pisado seus pés em rua alguma. Aquilo era muito estranho de pensar.
Um trovão rugiu, fazendo-a cair em si e dar-se conta da extensão de seus pensamentos, notando que já passara da hora de se deitar e dormir, ou pelo menos de tentar fazer isto, uma vez que não estava em nada com sono. Afinal, um dia agitado como o que tivera gerava certa dificuldade de se desconectar, e hoje fora um longo dia para a menina.

Após o episódio com seu avô, que lhe sugou emocionalmente, bem como o treino com seu tio, que quase lhe arrancou a cabeça por diversas vezes, ela ainda foi usada por sua mãe, juntamente de Rhaena, como um apelo emocional para com sua avó Rhaenys. Anya não julgava Rhaenyra por isso, afinal, não era justo o que estavam fazendo com ela e com Luke, e para tanto, ela faria o possível para reverter aquilo. Ela precisava do apoio de Rhaenys para com a legitimidade de seu filho, e uma vez que tanto Rhaena como Anya eram, para a avó, filhas legitimas de seus dois falecidos filhos, sor Laenor e lady Laena, eram então para ela sangue de seu sangue, membros da família e para tanto, pessoas no qual valia a pena a defesa. Ela não soube se aquele apelo funcionou, de fato, pois deixou que as duas conversassem sozinhas, e não viu mais sua mãe depois destas coisas. Passou então a tarde na companhia de suas amadas primas, filhas de Daemon, finalmente podendo ver Baela depois de muito tempo, e como estava bela e crescida! Anya e Rhaena fizeram diversos penteados em suas madeixas alvas e cacheadas, e as três aproveitaram a estadia para fazerem coisas de garotas.

Mas agora, já solitária, encontrou-se enfim deixando os problemas embaçarem sua mente. Não sabia o que ocorreria amanhã, e vindo da rainha e da mão, não esperava uma decisão muito favorável à sua família. Se ao menos seu avô pudesse se assentar ao trono... ela rolou os olhos com aquele pensamento. Era impossível. Os dias de trono do bondoso Viserys haviam terminado, isso era fato. O bom homem mal se aguentava sentado em sua cama sem sucumbir em dor agonizante, quem dirá em um assento feito de espadas. Aquilo estava por cortar o coração de Anya mais do que uma lamina de aço valíriano.

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐃𝐑𝐀𝐆𝐎𝐍 - 𝘁𝗵𝗲 𝗵𝗼𝘂𝘀𝗲 𝗼𝗳 𝘁𝗵𝗲 𝗱𝗿𝗮𝗴𝗼𝗻Where stories live. Discover now