𝖁𝐈𝐎𝐋𝐄𝐍𝐓 𝐃𝐄𝐋𝐈𝐆𝐇𝐓𝐒

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𝗩𝗶𝗼𝗹𝗲𝗻𝘁 𝗗𝗲𝗹𝗶𝗴𝗵𝘁𝘀
𝖯𝗋𝖺𝗓𝖾𝗋𝖾𝗌 𝖵𝗂𝗈𝗅𝖾𝗇𝗍𝗈𝗌

𓊝

𝑰𝒏 𝒂 𝒅𝒂𝒓𝒌 𝒓𝒐𝒐𝒎 𝒘𝒆 𝒇𝒊𝒈𝒉𝒕
𝒎𝒂𝒌𝒆 𝒖𝒑 𝒇𝒐𝒓 𝒐𝒖𝒓 𝒍𝒐𝒗𝒆
𝑰'𝒗𝒆 𝒃𝒆𝒆𝒏 𝒅𝒓𝒆𝒂𝒎𝒊𝒏𝒈 '𝒃𝒐𝒖𝒕 𝒖𝒔
𝒎𝒚 𝒉𝒆𝒂𝒅 𝒊𝒔 𝒂 𝒋𝒖𝒏𝒈𝒍𝒆

𝑰𝒏 𝒂 𝒅𝒂𝒓𝒌 𝒓𝒐𝒐𝒎 𝒘𝒆 𝒇𝒊𝒈𝒉𝒕 𝒎𝒂𝒌𝒆 𝒖𝒑 𝒇𝒐𝒓 𝒐𝒖𝒓 𝒍𝒐𝒗𝒆 𝑰'𝒗𝒆 𝒃𝒆𝒆𝒏 𝒅𝒓𝒆𝒂𝒎𝒊𝒏𝒈 '𝒃𝒐𝒖𝒕 𝒖𝒔 𝒎𝒚 𝒉𝒆𝒂𝒅 𝒊𝒔 𝒂 𝒋𝒖𝒏𝒈𝒍𝒆

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       𝕬emond daria o mundo em troca de não precisar atender ao conselho naquele dia.

       Passara toda a madrugada mantendo a segurança de sua esposa no hostil aposento da Torre da Mão, bem como boa parte da manhã, e teria ficado ainda por toda a tarde, não fosse a reunião diária que precisava participar, uma vez que era o Mestre da Guerra do novo rei. Para tanto, limpou-se enfim de todo o sangue seco que sujava seu corpo, vestindo sua negra capa e seguindo para o dever.

       Sua mãe estava colocada ao lado de Aegon, e seu olhar era vago, opaco, traumatizado. Ainda não havia se recuperado do que ocorrera, e tentava de todas as formas manter-se atenta ao que era dito, mas sem muito sucesso.

       E dentre os homens, não se falava de outra coisa.

       — O outro assassino não foi encontrado. A patrulha da cidade acredita que ele não deve ter ido longe, e que está escondido em algum canto escuro da Baixada das Pulgas. Eles estão vasculhando o local enquanto conversamos — dizia ser Criston, capitão da guarda real.

       Ali estava um dos homens mais atormentados com a situação, dentre todos. Era ele o responsável pela guarda do rei e de seu sangue, portanto, a tentativa de assassinado quase bem sucedida, o rapto de Jaehaera e o ferimento de Visenya caíam sobre suas costas como um fardo difícil de carregar.

       — Mas também soube por fontes confiáveis que um exterminador de rato foi visto entregando uma criança de cabelos alvos e olhos violeta a um marinheiro de Pedra do Dragão, em um veleiro de pescaria — a Mão disse, sério, observando a todos com olhos vagos, quase incrédulo.

       Aegon parecia miserável, e nervoso — Em qual dos dois devo acreditar?

       Meu avô, Aemond pensou. Nunca viu sua fonte errar uma informação antes, e aparentemente a rainha e o resto do conselho chegaram a mesma conclusão.

       — Como um pai, é sempre bom que espere pelo melhor, Vossa Graça — disse a Mão — Mas como rei, é seu dever presumir o pior e se preparar para ele.

       Aegon observou sua própria mão, comprimindo-a como quem tentava conter o ódio. Aemond nunca o viu se importar com Helaena, tampouco seus filhos, mas nada como uma tragédia para despertar o melhor e o pior do ser humano. Nesta noite sua irmã dormiu nos aposentos do Rei, depois de muito tempo, e foi consolada com amor por ele, pelo que escutou.

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐃𝐑𝐀𝐆𝐎𝐍 - 𝘁𝗵𝗲 𝗵𝗼𝘂𝘀𝗲 𝗼𝗳 𝘁𝗵𝗲 𝗱𝗿𝗮𝗴𝗼𝗻Where stories live. Discover now