𝕱𝐈𝐑𝐄 𝐈𝐍 𝐅𝐋𝐄𝐒𝐇

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𝒔𝒉𝒆'𝒔 𝒕𝒉𝒆 𝒇𝒊𝒓𝒆 𝒊𝒏 𝒕𝒉𝒆 𝒔𝒊𝒏
𝒂𝒏𝒅 𝑰 𝒃𝒖𝒓𝒏 𝒃𝒓𝒆𝒂𝒕𝒉𝒊𝒏𝒈 𝒉𝒆𝒓 𝒊𝒏

                               𝒔𝒉𝒆'𝒔 𝒕𝒉𝒆 𝒇𝒊𝒓𝒆 𝒊𝒏 𝒕𝒉𝒆 𝒔𝒊𝒏                               𝒂𝒏𝒅 𝑰 𝒃𝒖𝒓𝒏 𝒃𝒓𝒆𝒂𝒕𝒉𝒊𝒏𝒈 𝒉𝒆𝒓 𝒊𝒏

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      𝕬emond não temia a morte.

       Mas, pelos deuses, além de não a teme-la, Visenya ainda por cima ria perante sua face.

       Sua fala provocou mais murmuros perante a corte, e Aegon não mais estava achando a situação engraçada — Eu sou o rei legítimo de Westeros.

       Quem precisa constantemente afirmar sua posição, não deve ser mui digno dela, era o que passava na cabeça dele. E seu irmão era tudo, menos um rei digno. Eu sou digno, pensou. Se alguém algum dia desafiasse sua autoridade, não receberia resposta, tampouco veria mais a luz do dia.

       Isso não se aplicava a Anya, é claro, sua tormenta, a mulher que deixava seus dias um pouco mais interessantes. Não, desacato, quando nos lábios dela, soavam extremamente sedutores.

       E ela não parou por ai. Uma risada breve lhe escapou — Você? Legítimo? De acordo com quem? O desonrado do seu avô, ou a interesseira da sua mãe?

       Agora foram suspiros de surpresa que foram esboçados por todos no local. A rainha Alicent olhava-a com os olhos arregalados, como quem a implorava para que a menina presasse por sua própria vida, e então voltou-os a ele, Aemond, pedindo para que fizesse algo. Infernos, ele pensou, fora mais fácil domar o maior dragão da terra do que controlar aquela maldita mulher que tomara como esposa. Ele mirou-a com intensidade, tentando lembra-la da promessa que fizera na noite passado, onde ela dissera que iria cumprir seu papel, que iria colaborar.

       Eram tudo mentiras, foi o que os olhos dela lhe responderam de volta, com bastante diversão, ainda por cima. Raiva de urgiu, e mais tarde ele a faria pagar por isso, oh, como faria.

       Entretanto, o insulto direcionado a rainha fora recebido com ódio por ser Criston, que puxou sua espada, pronto para agir. Aemond nem pestanejou. Desembainhou a sua também, mirando o homem com o aviso claro de que ninguém tocaria em Anya.

       Só ele.

       A repreensão viria dele, de mais ninguém. O capitão da guarda real o encarou com surpresa, assim como sua mãe. Ele não se importou. Mataria qualquer um que a encostasse.

       E fora a Mão quem respondeu — Aegon é Rei! Ele se assenta ao trono de ferro, possui o nome do Conquistador, usa sua coroa e segura a espada lendária de sua casa — disse com paciência, tentando fazê-la entender — todos os símbolos de legitimidade pertecem a ele.

       — Todos nós podemos brincar de faz de conta, sor Otto — disse ela, em tom zombeteiro — façam tranças em meu cabelo, me deem a irmã negra e ponham-me em cima de Vhagar, e eu direi a todos que sou Visenya Targaryen, a esposa do Conquistador. Seria bem fácil, mas isso me faria, de fato, ser ela? Não. No final do dia, eu ainda seria Visenya Velaryon, assim como Aegon continua a ser apenas um usurpador do trono que deveria pertencer a minha mãe.

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐃𝐑𝐀𝐆𝐎𝐍 - 𝘁𝗵𝗲 𝗵𝗼𝘂𝘀𝗲 𝗼𝗳 𝘁𝗵𝗲 𝗱𝗿𝗮𝗴𝗼𝗻Where stories live. Discover now