𝕿𝐇𝐄 𝐁𝐋𝐀𝐂𝐊 𝐐𝐔𝐄𝐄𝐍

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𝗧𝗵𝗲 𝗕𝗹𝗮𝗰𝗸 𝗤𝘂𝗲𝗲𝗻
𝖠 𝖱𝖺𝗂𝗇𝗁𝖺 𝖭𝖾𝗀𝗋𝖺

𓊝

𝑰'𝒎 𝒂 𝒔𝒖𝒓𝒗𝒊𝒗𝒆𝒓
𝑰'𝒎 𝒏𝒐𝒕 𝒈𝒐𝒏' 𝒈𝒊𝒗𝒆 𝒖𝒑
𝑰'𝒎 𝒏𝒐𝒕 𝒈𝒐𝒏' 𝒔𝒕𝒐𝒑
𝑰'𝒎 𝒈𝒐𝒏' 𝒘𝒐𝒓𝒌 𝒉𝒂𝒓𝒅𝒆𝒓

𝑰'𝒎 𝒂 𝒔𝒖𝒓𝒗𝒊𝒗𝒆𝒓 𝑰'𝒎 𝒏𝒐𝒕 𝒈𝒐𝒏' 𝒈𝒊𝒗𝒆 𝒖𝒑 𝑰'𝒎 𝒏𝒐𝒕 𝒈𝒐𝒏' 𝒔𝒕𝒐𝒑 𝑰'𝒎 𝒈𝒐𝒏' 𝒘𝒐𝒓𝒌 𝒉𝒂𝒓𝒅𝒆𝒓

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       Era difícil levantar, mas imprescindível.

       A Rainha foi devidamente vestida e penteada por suas criadas enquanto sua expressão continuava a mesma de muitos dias: vazia. Não havia gozo, ou tristeza, ou qualquer emoção. Estava oca. Em sua cabeça, a coroa de seu pai reluzia.

       Nada era pior do que a dor de perder um filho, Rhaenyra descobrira, e ela perdera três. Primeiro a pequena Alyssa, sua filha que nem teve a chance de ver o mundo, e depois Luke, seu pequeno menino, aquela coisinha mais linda e preciosa que parira no mesmo dia que Arrax eclodira. E como se não fosse suficiente, o assassino de seu filho tomara dela também sua única filha, sua preciosa Visenya, como refém. Tudo o que tinha fora tomado dela pelos verdes... seu trono, isto ela poderia perdoar, mas seus filhos?

       Eles seriam vingados com fogo e com sangue.

       Era fato que algo na rainha mudara no momento em que a vida de seu filho fora tirada a sangue frio, a preço de nada. Antes ela estava cautelosa, e era a única no conselho negro que não queria entornar no mundo a chuva de cinzas da guerra. Sua única preocupação era para com o cumprimento do dever que lhe fora incumbido por seu pai Viserys quando foi ungida herdeira do trono de ferro.

       De meu sangue virá o príncipe prometido. E dele será a Canção de Gelo e Fogo. Para que mundo dos homens sobrevivesse ao Grande Inverno destrutivo que viria, um Targaryen deverá estar assentado ao trono, um rei ou rainha forte o suficiente para unir o reino contra o frio e a escuridão. Esse fora o sonho de Aegon, o Conquistador, passado de geração em geração, de rei para herdeiro, um após o outro. Viserys passara aquele segredo para ela quando tinha apenas quinze dias de seu nome, e Rhaenyra se sentira obstinada quando escutara. Antes, a coroa lhe era apenas um luxo, um dever, mas se tornara seu destino.

       Mas quando soube de Luke, a rainha Rhaenyra desabou. Chorou tanto que seus berros ecoavam pelo castelo, tão altos quanto no dia em que deu a luz a Alyssa. Nada importava, além do ódio e da dor que sentia. Não se incomodava mais em destruir o mundo, em racha-lo ao meio. Não ligava mais para o grande inverno, pois ele já havia chegado em seu coração. Rhaenyra dera adeus a sua antiga face, ao passo que adentrava na crueldade do mundo.

       E não havia volta.

       Faziam-se dias que ela não atendia ao conselho de guerra. Esteve tão consternada pela morte de seu filho e o rapto de sua filha que não encontrava forças, e absteve-se da tarefa. Fora a Serpente Marinha, a princesa Rhaenys e Jace, seu bravo herdeiro, quem comandaram as reuniões. Mas naquele dia, ela fora convocada com urgência, e isso fez seu coração sangrento se apertar mais ainda, pois aquilo nunca significava boa coisa. A primeira vez que ocorreu, a morte de seu filho de foi anunciada e o rapto de sua filha também. Jace ainda estava longe, na missão pelo Norte, mas Joffrey fez um juramento terrível de vingança contra o príncipe Aemond e lorde Ruffus. Só a intervenção do Serpente Marinha e da princesa Rhaenys impediram que o garoto subisse em seu dragão na mesma hora. Quando o conselho preto se reuniu para pensar em como reagir, chegou um corvo de Harrenhal. "Olho por olho, filho por filho", escreveu o príncipe Daemon. "Lucerys será vingado". Aquelas palavras percutiam em sua mente com dor, incrédula com tamanha maldade que seu marido protagonizou. Cada um enfrentava seu luto de uma forma, ela tentava se consolar, e Daemon sempre fora mais sanguinário do que qualquer outro homem. E isso lhe levou a planejar algo terrível.

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐃𝐑𝐀𝐆𝐎𝐍 - 𝘁𝗵𝗲 𝗵𝗼𝘂𝘀𝗲 𝗼𝗳 𝘁𝗵𝗲 𝗱𝗿𝗮𝗴𝗼𝗻Where stories live. Discover now