𝕯𝐔𝐓𝐘 𝐈𝐒 𝐃𝐔𝐓𝐘

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       𝕹𝐀 𝐌𝐄𝐒𝐌𝐀 𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄 𝐄𝐌 𝐐𝐔𝐄 𝐅𝐈𝐂𝐀𝐑𝐀 𝐍𝐎𝐈𝐕𝐀 𝐃𝐄 𝐒𝐄𝐔 𝐏𝐈𝐎𝐑 𝐈𝐍𝐈𝐌𝐈𝐆𝐎, 𝐕𝐢𝐬𝐞𝐧𝐲𝐚 𝐕𝐞𝐥𝐚𝐫𝐲𝐨𝐧 𝐝𝐞𝐜𝐢𝐝𝐢𝐫𝐚 𝐥𝐮𝐭𝐚𝐫 𝐩𝐨𝐫 𝐬𝐢 𝐦𝐞𝐬𝐦𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐮́𝐥𝐭𝐢𝐦𝐚 𝐯𝐞𝐳

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𝕹𝐀 𝐌𝐄𝐒𝐌𝐀 𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄 𝐄𝐌 𝐐𝐔𝐄 𝐅𝐈𝐂𝐀𝐑𝐀 𝐍𝐎𝐈𝐕𝐀 𝐃𝐄 𝐒𝐄𝐔 𝐏𝐈𝐎𝐑 𝐈𝐍𝐈𝐌𝐈𝐆𝐎, 𝐕𝐢𝐬𝐞𝐧𝐲𝐚 𝐕𝐞𝐥𝐚𝐫𝐲𝐨𝐧 𝐝𝐞𝐜𝐢𝐝𝐢𝐫𝐚 𝐥𝐮𝐭𝐚𝐫 𝐩𝐨𝐫 𝐬𝐢 𝐦𝐞𝐬𝐦𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐮́𝐥𝐭𝐢𝐦𝐚 𝐯𝐞𝐳.

Após ouvir da boca de sua mãe que o noivado estava certo e irrevogável, não havia mais como protestar com esse lado da família. Estava feito e selado o contrato cujo seu nome vinha assinado como troféu para instaurar a paz entre as famílias, mesmo que isso significasse o furto de sua própria paz, se é que ela um dia já a teve. Do ponto de vista da decisão de sua mãe e provavelmente de Daemon, não havia mais volta, nem como contestar, pois até mesmo Anya já dera sua palavra que tentaria, e que mulher seria se na mesma noite a quebrasse? Era injusto, mas era a realidade que a cercava, graças aos esforços da rainha e de sua mãe.

Sua mãe. Anya não podia negar que sua raiva estava por envenena-la contra sua progenitora naquele momento, enevoando sua mente e impedindo-a de pensar por seu lado. Que fizera ela, além do que qualquer outra mãe faz, e além do que fizeram com ela mesma? Casamento, para a coroa, não era amor, tampouco sentimento, mas sim, puramente estratégias. Era o fardo que aqueles de sangue real tinham que carregar. Não via seus irmãos? Não optaram por se casar com suas primas, não, isso fora obra de Rhaenyra e Rhaenys unicamente, mas por graça do destino, já cultivavam entre si bons sentimentos. Em outras palavras, tiveram sorte, precisamente o que ela não conseguiu ter. Sorte, o mesmo que sua própria mãe não tivera ao casar-se com um homem que não tinha preferências por mulheres, apenas tarde da vida encontrando seu verdadeiro amor, o príncipe Daemon. Talvez a vida de príncipes e princesas se resumia a isso, uma moeda na mão dos deuses, que dependendo do lado que caísse, ditaria se teriam a sorte na vida amorosa ou o mais amargo azar.

E sua moeda caiu no lado errado.

Se dizer que não pensou em fugir, seria uma mentirosa. Rodou por seus aposentos milhares de vezes, imaginando mil maneiras de escapar de seu destino, talvez indo para terras distantes onde nem mesmo era conhecida, como Essos, talvez, mas que faria lá? Como sobreviveria? Provavelmente para garantir sua existência, teria que acabar tomando um homem como marido para que lhe provesse, e isso acabaria resultando na mesmíssima coisa. Não era fácil ser uma mulher neste mundo, e ela constatava aquilo a cada vez um de seus planos levava-a, uma hora ou outra, em direção a matrimônio.

Já era noite, embora não fosse tão tarde. Não havia nem mesmo retirado seu vestido ou trajado camisolas para dormir, pois era impossível fazer aquilo agora, sua mente estando a todo vapor como estava. Deveria haver algum jeito, algo que ela não estava pensando, algo tão óbvio que seu desespero não a deixou enxergar. Algo que mudaria o jogo. Até que, enfim, a sabedoria lhe iluminou.

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐃𝐑𝐀𝐆𝐎𝐍 - 𝘁𝗵𝗲 𝗵𝗼𝘂𝘀𝗲 𝗼𝗳 𝘁𝗵𝗲 𝗱𝗿𝗮𝗴𝗼𝗻Where stories live. Discover now